Correio
do Brasil, com ABr – de Brasília
O
desmatamento na Amazônia Legal diminuiu 15% entre agosto de 2013 e julho de
2014 em relação aos 12 meses anteriores, embora mais de 5 mil Km² de florestas
nativas tenham sido derrubados. Os dados são do Projeto de Monitoramento da
Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), e foram divulgados véspera, em Brasília, em entrevista à
imprensa dos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e do
Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
De
acordo com a taxa consolidada pelo Inpe, a área desmatada no período 2013/2014,
foi de 5.012 quilômetros quadrados (km²), comparados aos 5.891 km² desmatados
em 2012/2013. O ministro Aldo Rebelo disse que entre 2004 e 2014, a taxa anual
de desmatamento da Amazônia Legal caiu de 27.772 km² para 5.015 km², uma
redução de 82%.
–
É uma demonstração, uma ostentação de êxito da política ambiental do país que
deve ser, mais que registrada, celebrada – diz Rebelo.
Os
Estados que mais frearam a destruição da floresta em relação ao período
anterior foram o Maranhão (36%), Tocantins (32%) e Rondônia (27%). Os estados
que mais desmataram no último período foram o Acre (40%), o Amapá (35%) e
Roraima (29%). Amazônia Legal é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas,
Maranhão, de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, Roraima e do Tocantins.
Para
chegar à taxa consolidada, o instituto mapeou 214 imagens do satélite de
observação terrestre Landsat 8. O Prodes computa como desmatamento áreas
maiores que 6,25 hectares com corte raso de floresta primária, ou seja, quando
há remoção completa da cobertura florestal.
A
ministra Izabella Teixeira explicou que o monitoramento do Prodes ainda não
diferencia o desmatamento ilegal e legal, autorizado em propriedades rurais de
acordo com regras do Cadastro Ambiental Rural, previsto no Código Florestal.
Por falta de informações dos estados responsáveis pelo Cadastro, o governo
federal não consegue sobrepor as áreas desmatadas com as áreas que têm
autorização dos estados para o corte de vegetação nativa.
Segundo
a ministra, o ministério acaba de firmar um acordo com o governo do Acre para
que o estado seja o primeiro a disponibilizar para o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) os dados do estado.
–
Vai ser o primeiro Estado que vai integrar a informação do que estão
autorizando retirar. Em dez dias, até duas semanas, o Ibama deve receber as
informações. Vamos cruzar esses dados e entender na dinâmica do território o
que é legal e o que é ilegal ou sem autorização – disse.
Teixeira
destaca, ainda, que uma das justificativas para o aumento da área desmatada no
estado são as políticas públicas para assentamentos rurais.
Após
a divulgação dos dados do Prodes, a presidenta Dilma Rousseff usou a rede social
para dizer que o Brasil vai chegar ao desmatamento ilegal zero na Amazônia
Legal. Por meio do Twitter, ela comentou aredução
de 15% no desmatamento entre 2013 e 2014, comemorando o fato de a taxa
ter sido a segunda menor da série histórica.
“Para
um país continental como o Brasil, uma meta de redução é muito importante, e
chegaremos ao desmatamento ilegal zero na Amazônia Legal. Este é mais um passo
no nosso compromisso de preservação do meio ambiente e de reflorestamento de
áreas degradadas’, escreveu a presidenta.
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