O
Movimento Democrático de Moçambique(MDM), terceira maior força política no
país, considerou hoje uma intimidação à liberdade de imprensa o assassínio do
jornalista moçambicano Paulo Machava, baleado nas primeiras horas do dia no
centro de Maputo.
"Mais
uma vez, os mandantes destes crimes enganaram-se, pensado que podem silenciar o
país e o mundo, calar a verdade, intimidar a Liberdade de imprensa e a
democracia assassinando vidas", escreve o MDM, num comunicado publicado na
sua página da rede social Facebook.
Paulo
Machava foi morto a tiro nas primeiras horas do dia, quando fazia a sua
habitual corrida matinal, ao longo da avenida Agostinho Neto, uma das mais
frequentadas de Maputo, por volta das 06:00 (05:00 em Lisboa).
No
seu comunicado, o partido liderado por Daviz Simango, também presidente do
município da Beira, segunda maior cidade do país, condena o assassínio do
jornalista moçambicano, acrescentando que tem a esperança de ver os culpados
responsabilizados pelo crime.
"O
MDM solidariza-se com a família enlutada, classe jornalística e o povo
moçambicano pela perda de um embondeiro dos media e consolidador da
democracia", declara ainda o partido.
O
jornalista, que iniciou a sua carreira nos anos 80, tendo passado pelos
semanários Savana e Zambeze, ocupava atualmente as funções de editor no jornal
eletrónico Diário de Notícias, além de prestar serviços de assessoria na
residencial Kaya Kwanga, palco de vários eventos na capital moçambicana.
Paulo
Machava ficou também conhecido por ter dirigido o "Onda Matinal", um
programa de casos criminais que passava na emissora pública Rádio Moçambique.
O
corpo do jornalista só foi retirado do local uma hora depois, com a chegada das
autoridades policiais.
No
início da tarde, a Polícia da República de Moçambique anunciou ter desencadeado
diligências para o esclarecimento do assassínio, acrescentando que já foi
destacada uma equipa para apurar as causas e circunstâncias do homicídio.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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