Lisboa,
04 ago (Lusa) - Os concursos de apoio à produção audiovisual na Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (CPLP) arrancaram na segunda-feira, para
impulsionar a criação de cinema e televisão na comunidade lusófona, incluindo a
Guiné Equatorial, que aderiu em 2014.
O
programa CPLP Audiovisual envolverá estruturas de cinema e televisões públicas
de cada Estado-membro, em três áreas distintas, abertas a concurso: produção e
difusão televisiva de documentários (DOCTV CPLP), de obras de ficção (FICTV
CPLP) e intercâmbio de documentários (NOSSA LÍNGUA).
Portugal
irá investir cerca de um milhão de euros, tal como tinha anunciado a secretaria
de Estado da Cultura em outubro de 2014. O orçamento total do programa é de
cerca de três milhões de euros.
Os
concursos nacionais de seleção de projetos deste programa CPLP Audiovisual
aplicam-se à produção de documentários e telefilmes de ficção em Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe,
Timor-Leste e Guiné Equatorial, o mais recente membro da CPLP.
De
acordo com o Instituto do Cinema e Audiovisual, o prazo de apresentação de
propostas termina em outubro.
O
DOCTV CPLP prevê a coprodução de um documentário em cada um dos países da
Comunidade, de cerca de meia hora, para posterior exibição na respetiva
televisão pública, enquanto o FICTV CPLP incluirá a coprodução de um telefilme
de ficção, a partir da adaptação de uma obra literária nacional.
O
programa "NOSSA LÍNGUA" consistirá na criação de uma programação
semanal com documentários "sobre as realidades nacionais de cada
Estado-membro, nas respetivas televisões".
Em
maio, o coordenador da unidade técnica de execução do programa CPLP
Audiovisual, Mario Borgneth, tinha dito à agência Lusa que os projetos de
documentário e ficção serão produzidos em 2016 e ficarão em 2017 disponíveis
para exibição em todas as televisões públicas dos membros da comunidade.
Os
objetivos deste programa são, segundo o responsável, "promover, de forma
sistemática, um maior intercâmbio entre os segmentos de mercado audiovisuais
desses nove Estados membros e, por outro lado, também tendo em vista uma maior
sistematização, promover a produção audiovisual nos países de língua portuguesa
no mundo para o mercado internacional, porque todo este projeto surge sob o
conceito de economia da cultura".
SS/(ANC)
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