Díli,
08 ago (Lusa) - O corpo de Mauk Moruk, líder do Conselho da Revolução Maubere
(CRM), morto hoje em confrontos com forças de segurança timorenses, foi
helitransportado para Díli, sob medidas de vigilância, com reforço policial.
Mauk
Moruk foi morto numa troca de tiros entre elementos do CRM e efetivos policiais
e das forças armadas timorenses, tendo fonte policial dito à Lusa que há
informações "não totalmente confirmadas" sobre uma terceira vítima
mortal.
"Os
confrontos ocorreram cerca das 17:00 [09:00 de Lisboa] a sul de Baucau. Posso
confirmar que Mauk Moruk e o seu braço direito (Sunardy) foram abatidos",
disse à agência Lusa fonte sénior da Polícia Nacional de Timor-Leste.
"Os
corpos foram helitransportados para Díli", disse à Lusa confirmou a chegada
do helicóptero a Díli cerca das 19:35 locais (11:35 em Lisboa).
Segundo
explicou a mesma fonte, as forças policiais decidiram aumentar preventivamente
as patrulhas em Díli e em alguns distritos, nomeadamente em Baucau,
"apesar de não haver qualquer ameaça concreta" ou "risco
adicional".
A
troca de tiros de hoje ocorreu próximo a uma zona onde na quarta-feira já tinha
havido confrontos entre apoiantes do Mauk Moruk, um dos quais morreu, e
efetivos das forças armadas e da polícia, dos quais dois ficaram feridos.
Fonte
do executivo disse à Lusa que a vítima mortal de 4ª feira é irmão de Sunardy,
uma das vítimas de hoje e que o próprio Mauk Moruk terá ficado ferido na perna.
"Não
conseguiu escapar, subiu a montanha e ficou cercado. As forças tiveram sempre ordem
de não o matar porque o objetivo da operação não era esse. Mas ele tinha mais
armas do que se pensava", afirmou a fonte.
Desconhece-se
o detalhe exato das circunstâncias em que as mortes ocorreram.
Mauk
Moruk estava a ser perseguido pela polícia e pelas forças armadas de
Timor-Leste desde março e, nas últimas semanas, a polémica em torno da
operação, de nome código Hanita, tinha aumentado, tanto pelo seu custo, como
pela falta de êxito até ao momento.
Agio
Pereira, ministro de Estado e porta-voz do Governo, disse à Lusa que "a
operação conjunta concluiu uma das suas principais fases", lamentando que
"o objeto da operação tenha sido abatido por força de circunstâncias
operacionais no terreno, absolutamente fora do seu controlo".
Questionado
sobre receios de potenciais incidentes na sequência da morte de Mauk Moruk, o
porta-voz do executivo timorense disse que o Governo "continua a cumprir a
sua responsabilidade principal de garantir toda a segurança e harmonia na
comunidade".
Está
"absolutamente certo de que isto será alcançado, sem dificuldades de
grande escala".
ASP
// PJA
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