Leandro Vasconcelos, Maputo
Matar,
atacar, ameaçar jornalistas é o que vimos mais por toda a imprensa global. Por
ano, mundialmente, são muitos os jornalistas que sofrem na pele pelo facto de
exercerem a profissão. Em Moçambique também assim acontece. No caso específico
de Nampula a polícia municipal é avessa a jornalistas, mais concretamente, no
que se segue em notícia, ao jornalista de @Verdade.
A denúncia é pública, mas
parece que nem o comando-geral nem a justiça atuam para repôr a legalidade, a liberdade de informar. Nem mesmo quando o chefe daquela polícia ameaça
disparar a matar o jornalista do jornal em causa, que somente estava a
exercer a sua profissão. Se o chefe da polícia de Nampula é assim, tão
mal-formado profissionalmente e enquanto individuo, o que não sobrará de má
formação aos seus subordinados… Pior não devem ser, mas melhores também não. É
que eles devem mirar-se no mau exemplo daquele comandante de polícia com alergia a
jornalistas, à ihformação e à verdade. Quem resolve? Quem acode? O Comandante Geral da PRM? Quem? (LV/PG)
Vendedores
informais detidos em Nampula; Comandante da Policia Municipal ameaça disparar
contra jornalista do @Verdade
Luís Rodrigues
- @Verdade
Três
vendedores informais, acusados de incitação à violência quando se dirigiram às
instalações do edifício do Conselho Municipal de Nampula para obter
esclarecimentos em torno da destruição das suas bancas, foram detidos de forma
violenta pelas polícias Municipal e de Protecção, na manhã de quinta-feira
(17). Durante as escaramuças o jornalista do @Verdade foi ameaçado de morte
pelo comandante da Polícia Municipal e perdeu parte do seu equipamento de
trabalho. Esta é a segunda vez, em menos de três messes, que a Polícia
Municipal daquela cidade impede o nosso jornalista de realizar o seu trabalho.
Um
grupo daqueles comerciantes envolveu-se em escaramuças com os agentes da Lei e
Ordem e camarários na cidade de Nampula depois de, de forma organizada, não ter
conseguido dialogar com o presidente do município, Mahamudo Amurane. O encontro
visava esclarecer as razões que levaram à sua retirada coerciva das ruas da
urbe para um mercado cujas obras ainda estão em curso e não oferece condições
para o exercício da sua actividade.
Com
vários dísticos empunhados, os vendedores marcharam até ao edifício da
edilidade mas, quando se preparavam para entrar na sala de, reuniões para
discutir o assunto que lhes levava àquele local, foram travados pela Polícia
Camarária, que, volvidos alguns minutos, foi reforçada pela Polícia da
República de Moçambique (PRM) fortemente armada e que se fez ao local
supostamente para restabelecer a ordem.
Poucos
comerciantes escaparam aos maus-tratos perpetrados pelas duas forças policiais
e o grosso fugiu em debandada devido à perseguição violenta dos agentes da Lei
e Ordem. Mahamudo Amurane foi chamado de emergência para dialogar com os
vendedores e apaziguar os ânimos.
No
sua curta interacção com os visados, o edil deixou claro que a venda de
produtos na via publica e/ou ao longo dos passeios tem os dias contados; porém,
reconheceu que o novo mercado em construção, no bairro de Muhala-Expansão,
ainda não está em condições para ser usado. Orçada em cerca de um milhão e
quinhentos mil meticais, a referida infra-estrutura com a qual se pretende
descongestionar a cidade não dispõe de casas de banho nem está coberta, e
tão-pouco tem energia eléctrica.
Diante
desta situação, os comerciantes informais consideraram que houve precipitação
por parte da edilidade ao destruir as suas bancas sem que o novo mercado tenha
sido concluído.
Amisse
Ali e e Alide Sumalige, alguns dos vendedores em causa, disseram que
depois da tomada de posse Amurane prometeu que a venda seria efectuado
livremente nas ruas da cidade de Nampula. O edil reconheceu ter dito tal facto,
mas numa altura em que o comércio informal estava desorganizado e pretendia,
supostamente, liberalizar a actividade.
Comandante
da Policia Municipal ameaça atirar contra jornalista do @Verdade
Durante
as escaramuças entre os vendedores informais e as autoridades policiais, o
nosso jornalista foi ameaçado de morte pelo comandante da Polícia Municipal e
perdeu parte do seu equipamento de trabalho em virtude de ele ter fotografado o
momento da desavença entre as partes.
O
comandante em alusão deu ordens para os seus subalternos arrancarem,
violentamente, o equipamento alegadamente porque o repórter estava a agir fora
das normas éticas da sua profissão. Aliás, pese embora o ofendido estivesse
devidamente identificado com um crachá, o funcionário do município de Nampula
alegou que não havia credencial emitida pela edilidade a autorizar a cobertura
dos acontecimentos no local. Segundo o agente da Polícia Camarária, o documento
em posse do nosso repórter não servia como identificação para o exercício da
actividade jornalística.
Na
altura em que a vítima contactou o comandante para ter o seu material de
trabalho de volta, este disse que não queria ser incomodado porque estava a
cumprir com a sua missão de garantir a ordem. Enquanto decorria o diálogo, o
visado apontava uma arma do tipo pistola contra o repórter. Esta é a segunda
vez, em menos de três messes, que a Polícia Municipal daquela cidade maltrata o
nosso trabalhador por ordens do respectivo comandante.
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