Maputo,
01 Set (AIM) A taxa de
analfabetismo em Moçambique situa-se na ordem dos 48 por cento, mas tendo como
base os dados de 2010 e que mostram uma redução de oito por cento, quando
comparados com os de 2000, que se situavam nos 56 por cento.
O facto foi avançado pelo ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, que falava em Maputo no lançamento da Semana Internacional de Alfabetização (01 a 08 de Setembro), acto dirigido pela esposa do Presidente moçambicano, Isaura Nyusi.
Segundo o governante, ainda não há precisão sobre a actual taxa de analfabetismo (de 2010 até hoje), todavia, o Instituto Nacional de Estatística (INE) está a efectuar o Inquérito aos Agregados Familiares, que irá permitir a actualização dos dados.
Esta redução já havia sido anunciada, em 2010, em Maputo, pelo então ministro da Educação, Zeferino Martins, na cerimónia de abertura da IV Oficina de Cooperação Sul-Sul, no domínio da Educação e Formação de Jovens e Adultos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A redução advém da conjugação de esforços entre o governo e parceiros provedores de Alfabetização e Educação de Adultos, bem como das estratégias de alfabetização que o governo tem vindo a implementar, privilegiando o estabelecimento de parcerias com confissões religiosas, Organizações Não-Governamentais e demais instituições.
Esta diminuição deveu-se igualmente às Estratégias de Alfabetização de Adultos, implementadas há 15 anos pelo governo, que permitiram o desenvolvimento de um novo currículo, incluindo a institucionalização da alfabetização em línguas nacionais.
Não obstante estes resultados, Ferrão afirma que a Alfabetização e Educação de Adultos ainda constituem preocupação de dimensão nacional. Aliás, acrescentou que evidências estatísticas mostram igualmente que o analfabetismo é mais acentuado na zona rural, em relação à urbana. As mulheres denotam maiores défices de leitura, escrita e cálculo, quando comparadas com os homens.
A análise da fonte estatística, que temos vindo a referenciar, permite constatar ainda que à medida que avançámos do sul para o norte do país, as taxas de analfabetismo tendem a crescer, atingindo valores extremos nas províncias [nortenhas] de Niassa e Cabo Delgado, disse o ministro.
Não obstante a isto, o desafio do governo, nos próximos anos, é a elevação das competências de leitura, escrita e cálculo em adultos, jovens e crianças, cientes de que a Educação de Adultos e o ensino primário desempenham um papel-chave no avanço para o alcance da educação para todos.
Num contexto em que as tecnologias de informação e comunicação têm vindo a ganhar expressão, o governo vê-se desafiado a ser mais criativo na oferta de plataformas atractivas para aprendizagem de adultos e jovens, reduzindo, por essa via, os índices de absentismo e abandono, que se verificam nos cursos regulares de alfabetização.
Por seu turno, Isaura Nyusi disse que, apesar de se reconhecerem os avanços alcançados, não se pode descansar enquanto houver pessoas adultas não alfabetizadas, principalmente para a mulher e rapariga, hoje as mais desfavorecidas.
Para ela, a tarefa de alfabetizar o universo em falta requer, de todas as forças vivas, um espírito de solidariedade e voluntariedade.
É por isso que, nós, como Gabinete de trabalho, nos predispusemos a apoiar os esforços do Governo, em particular, do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, pondo em marcha um Movimento de Advocacia, Sensibilização e Mobilização de apoios para Alfabetização de Adultos, em parceria com a UNESCO em Moçambique, comprometeu-se.
UNESCO é a sigla que designa a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
Este ano, a data é celebrada sob lema Alfabetização para Sociedade Sustentável, o que a faz crer que, com o povo alfabetizado, o país estará melhor preparado e em condições de desenvolver o bem-estar social.
A Primeira-dama aproveitou a oportunidade e apelou a cada profissional de educação, estudantes do ensino secundário, superior, da formação de professores e parceiros de cooperação, para uma reflexão profunda sobre os problemas de analfabetismo em Moçambique, na busca de melhores estratégias que permitam acelerar a sua erradicação.
O governo moçambicano já tinha anunciado a determinação de reduzir os 48 por cento para 30 por cento, até 2015, no quadro dos esforços consagrados nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Para o efeito, o executivo assumiu, em 2010, o compromisso de alfabetizar, pelo menos, um milhão de pessoas, por ano, segundo o preconizado no Plano Estratégico da Educação 2006/11, que se traduz no aumento do acesso aos programas de alfabetização, melhoria qualitativa e relevância dos programas e no reforço das capacidades dos Institutos de Formação de Educadores de Adultos (IFEAs).
(AIM) Anacleto Mercedes (ALM)/DT
O facto foi avançado pelo ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, que falava em Maputo no lançamento da Semana Internacional de Alfabetização (01 a 08 de Setembro), acto dirigido pela esposa do Presidente moçambicano, Isaura Nyusi.
Segundo o governante, ainda não há precisão sobre a actual taxa de analfabetismo (de 2010 até hoje), todavia, o Instituto Nacional de Estatística (INE) está a efectuar o Inquérito aos Agregados Familiares, que irá permitir a actualização dos dados.
Esta redução já havia sido anunciada, em 2010, em Maputo, pelo então ministro da Educação, Zeferino Martins, na cerimónia de abertura da IV Oficina de Cooperação Sul-Sul, no domínio da Educação e Formação de Jovens e Adultos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A redução advém da conjugação de esforços entre o governo e parceiros provedores de Alfabetização e Educação de Adultos, bem como das estratégias de alfabetização que o governo tem vindo a implementar, privilegiando o estabelecimento de parcerias com confissões religiosas, Organizações Não-Governamentais e demais instituições.
Esta diminuição deveu-se igualmente às Estratégias de Alfabetização de Adultos, implementadas há 15 anos pelo governo, que permitiram o desenvolvimento de um novo currículo, incluindo a institucionalização da alfabetização em línguas nacionais.
Não obstante estes resultados, Ferrão afirma que a Alfabetização e Educação de Adultos ainda constituem preocupação de dimensão nacional. Aliás, acrescentou que evidências estatísticas mostram igualmente que o analfabetismo é mais acentuado na zona rural, em relação à urbana. As mulheres denotam maiores défices de leitura, escrita e cálculo, quando comparadas com os homens.
A análise da fonte estatística, que temos vindo a referenciar, permite constatar ainda que à medida que avançámos do sul para o norte do país, as taxas de analfabetismo tendem a crescer, atingindo valores extremos nas províncias [nortenhas] de Niassa e Cabo Delgado, disse o ministro.
Não obstante a isto, o desafio do governo, nos próximos anos, é a elevação das competências de leitura, escrita e cálculo em adultos, jovens e crianças, cientes de que a Educação de Adultos e o ensino primário desempenham um papel-chave no avanço para o alcance da educação para todos.
Num contexto em que as tecnologias de informação e comunicação têm vindo a ganhar expressão, o governo vê-se desafiado a ser mais criativo na oferta de plataformas atractivas para aprendizagem de adultos e jovens, reduzindo, por essa via, os índices de absentismo e abandono, que se verificam nos cursos regulares de alfabetização.
Por seu turno, Isaura Nyusi disse que, apesar de se reconhecerem os avanços alcançados, não se pode descansar enquanto houver pessoas adultas não alfabetizadas, principalmente para a mulher e rapariga, hoje as mais desfavorecidas.
Para ela, a tarefa de alfabetizar o universo em falta requer, de todas as forças vivas, um espírito de solidariedade e voluntariedade.
É por isso que, nós, como Gabinete de trabalho, nos predispusemos a apoiar os esforços do Governo, em particular, do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, pondo em marcha um Movimento de Advocacia, Sensibilização e Mobilização de apoios para Alfabetização de Adultos, em parceria com a UNESCO em Moçambique, comprometeu-se.
UNESCO é a sigla que designa a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
Este ano, a data é celebrada sob lema Alfabetização para Sociedade Sustentável, o que a faz crer que, com o povo alfabetizado, o país estará melhor preparado e em condições de desenvolver o bem-estar social.
A Primeira-dama aproveitou a oportunidade e apelou a cada profissional de educação, estudantes do ensino secundário, superior, da formação de professores e parceiros de cooperação, para uma reflexão profunda sobre os problemas de analfabetismo em Moçambique, na busca de melhores estratégias que permitam acelerar a sua erradicação.
O governo moçambicano já tinha anunciado a determinação de reduzir os 48 por cento para 30 por cento, até 2015, no quadro dos esforços consagrados nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Para o efeito, o executivo assumiu, em 2010, o compromisso de alfabetizar, pelo menos, um milhão de pessoas, por ano, segundo o preconizado no Plano Estratégico da Educação 2006/11, que se traduz no aumento do acesso aos programas de alfabetização, melhoria qualitativa e relevância dos programas e no reforço das capacidades dos Institutos de Formação de Educadores de Adultos (IFEAs).
(AIM) Anacleto Mercedes (ALM)/DT
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