A
taxa de poupança das famílias diminuiu para os 5% no ano terminado em junho,
abaixo dos 5,8% em que este indicador tinha ficado nos 12 meses concluídos no
trimestre anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De
acordo com as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, hoje
divulgadas pelo INE, a taxa de poupança das famílias equivalia a 5% do
rendimento disponível no final do segundo trimestre de 2015, um valor que
compara com uma taxa de poupança de 5,8% no final do trimestre anterior.
A
capacidade de financiamento das famílias diminuiu para os 2,1% do Produto
Interno Bruto (PIB) no ano acabado no segundo trimestre de 2015, ficando abaixo
dos 2,7% verificados no trimestre anterior.
Para
este resultado "contribuiu sobretudo a redução da poupança corrente",
que decorre do facto de a despesa de consumo final (+1%) ter crescido mais do
que o rendimento disponível (+0,1%).
Segundo
o INE, "o crescimento reduzido do rendimento disponível" das famílias
deve-se ao "efeito conjugado da diminuição dos rendimentos de propriedade
recebidos e do aumento das contribuições sociais pagas, que compensaram o
crescimento das remunerações recebidas".
No
setor das sociedades não financeiras, a capacidade de financiamento fixou-se
nos 0,5% do PIB no ano terminado no final de junho, menos 0,6 pontos
percentuais do que no trimestre anterior.
Este
desempenho "refletiu sobretudo a diminuição das transferências de capital
recebidas e o aumento das remunerações pagas", de acordo com o INE.
Já
o setor das sociedades financeiras apresentou, no ano terminado no segundo
trimestre, uma capacidade de financiamento de 5,1% do PIB, ligeiramente abaixo
dos 5,2% registados nos 12 meses concluídos no trimestre anterior.
Lusa,
em Dinheiro Vivo
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