Pedro
Marques Lopes* – TSF, opinião
O
PS está dependente da gestão do tempo da Coligação. Pode ser já no Orçamento ou
mais tarde, será na altura em que melhor lhe convir que fará com que o PS o
derrube.
A
Coligação ganhou as eleições com uma maioria que não sendo absoluta é como se o
fosse. Politicamente, tem a faca e o queijo na mão.
A
Coligação pode propor, designadamente, o orçamento que quiser. Se o PS não o
viabilizar, a Coligação terá todo o incentivo para dramatizar a situação e
explicar que o PS não respeita as decisões dos portugueses: daí a termos
eleições antecipadas seria uma questão de meses, daí a termos uma maioria
absoluta real da Coligação iria um passo dum anão. O PS está dependente da
gestão do tempo da Coligação. Pode ser já no Orçamento ou mais tarde, será na
altura em que melhor lhe convir que fará com que o PS o derrube.
Os
socialistas estão entre esta espada da Coligação e a parede da sua esquerda. A
esquerda à esquerda do PS teve o melhor resultado de sempre e aumentará a
pressão sobre os socialistas. O primeiro teste será uma eventual apresentação
duma moção de rejeição, forçando o PS a tomar uma posição. O objetivo será
colar cada vez mais o PS à direita. Hoje como sempre, aliás.
A
contagem decrescente para as eleições antecipadas começa hoje e não vai ser
muito longa, a Coligação decidirá quando.
*Comentador
do Bloco Central TSF – Na foto Pedro Marques Lopes / Alfredo Cunha
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