segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Portugal. COMEÇOU A CONTAGEM DECRESCENTE PARA AS ELEIÇÕES ANTECIPADAS



Pedro Marques Lopes* – TSF, opinião

O PS está dependente da gestão do tempo da Coligação. Pode ser já no Orçamento ou mais tarde, será na altura em que melhor lhe convir que fará com que o PS o derrube.

A Coligação ganhou as eleições com uma maioria que não sendo absoluta é como se o fosse. Politicamente, tem a faca e o queijo na mão.

A Coligação pode propor, designadamente, o orçamento que quiser. Se o PS não o viabilizar, a Coligação terá todo o incentivo para dramatizar a situação e explicar que o PS não respeita as decisões dos portugueses: daí a termos eleições antecipadas seria uma questão de meses, daí a termos uma maioria absoluta real da Coligação iria um passo dum anão. O PS está dependente da gestão do tempo da Coligação. Pode ser já no Orçamento ou mais tarde, será na altura em que melhor lhe convir que fará com que o PS o derrube.

Os socialistas estão entre esta espada da Coligação e a parede da sua esquerda. A esquerda à esquerda do PS teve o melhor resultado de sempre e aumentará a pressão sobre os socialistas. O primeiro teste será uma eventual apresentação duma moção de rejeição, forçando o PS a tomar uma posição. O objetivo será colar cada vez mais o PS à direita. Hoje como sempre, aliás.

A contagem decrescente para as eleições antecipadas começa hoje e não vai ser muito longa, a Coligação decidirá quando.

*Comentador do Bloco Central TSF – Na foto Pedro Marques Lopes /  Alfredo Cunha

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