O
que é que os políticos nunca dizem mas deviam dizer? Em “Dito por não dito”, e
agora que estamos na última semana de campanha eleitoral, o Expresso coloca a
questão a personalidades de vários sectores da sociedade portuguesa - e ainda
outras duas perguntas: o que é os políticos deviam saber e não sabem e o que é
que deviam fazer e não fazem? Esta terça-feira há respostas de Agir, um dos
novos impulsionadores da música portuguesa de expressão urbana.
Tem nome
artístico de partido político e acredita que as pessoas deviam lutar e
reivindicar mais por aquilo em que acreditam e não ser "apenas um povo que
só aponta o dedo e diz que isto está mal, mas que se deixa ficar". No
fundo, Agir (o músico) acha que os portugueses são pouco interventivos e que
deviam fazer mais política não partidária.
Aos
27 anos, Bernardo Costa, filho do músico Paulo de Carvalho e da atriz Helena
Isabel, vê o mundo através dos olhos do empreendedor que é, e isso parece
dar-lhe o à vontade para discutir, olhos nos olhos, sobre o país e o seu mundo
- o cultural.
"A
cultura é uma das primeiras coisas onde se corta, quando não se tem o que
comer. E isso é normal. Não é normal é deixarmos de ter um Ministério da
cultura, mas isso mostra a importância que o tema tem, ou não tem, para quem
nos governa", diz. Mas acrescenta que "os portugueses não têm uma
grande noção de cultura e isso vem de trás". "Ninguém paga por
música, ninguém quer pagar 10 ou 20 euros para ir a um concerto."
DITO
POR NÃO DITO - ANDRÉ DE
ATAYDE - JOÃO ROBERTO -
Expresso
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