O
BCE e a Comissão Europeia impuseram a Portugal que vendesse o Banif ao
Santander por um preço que está provado ter sido irrisório. O governo português,
perante tanta pressão, vendeu. Vendeu? Não, ofereceu ao Santander o Banifi, os
portugueses são quem paga a fatura que uns tais da União Europeia decidiram terem de pagar.
Negócio estranho, excessivamente apressado, provavelmente imposto
por amigos do Santander que estão nos organismos da UE a “negociar” o que lhes
dêem mais e maiores rendimentos pessoais. Terá sido assim?
Se sim, quanto vão receber por comissão do
negócio os tais da UE? É que é assim que transparece tudo o que vem ao
conhecimento público sobre o “despachar” tão apressado do Banif para o
Santander.
Claro
que não se espere que os benefícios caiam nas contas bancárias dos sujeitos - se for o caso. Eles
são muito honestos. Mas… talvez caiam num dos paraísos do capital. Não? Contem lá bem a história.
Negócio
estranho. Por isso é sempre de desconfiar. E muito.
Redação
PG / MM
Santander
lucra 133 milhões de euros com a compra do Banif
O
relatório de contas do banco atribui um valor positivo de 283 milhões de euros
pelo Banif que, no mês passado, foi adquirido por 150 milhões
O
Santander incluiu a compra do Banif nos resultados de 2015 como um
"resultado não recorrente positivo" de 283 milhões de euros, apesar
de ter pagado 150 milhões de euros pelo banco português.
No
relatório que acompanham os resultados anuais do Santander - que lucrou 5,996
mil milhões de euros em 2015, mais 2,6% que no ano anterior - o Banif vem
referido uma vez, no item "[efeitos] Não recorrentes positivos".
Ou
seja, o Santander valoriza o Banif nas suas contas em 283 milhões, um valor
acima dos 150 milhões que o banco espanhol pagou pela entidade portuguesa.
Na
semana passada, no parlamento português, o deputado do PSD António Leitão Amaro
pediu o apoio de todas as bancadas para a realização, a par da comissão de
inquérito, de uma "auditoria externa e independente" ao processo que
levou à venda do Banif ao Santander para apurar as responsabilidades de todos
os intervenientes e governos "sem exceção".
Entre
as dúvidas que apontou sobre o processo, o deputado social-democrata questionou
se o que foi feito "foi mesmo para resolver o Banif ou foi para
capitalizar o Santander", considerando que o Santander beneficiou de um
"jackpot".
"Porquê
este jackpot para o Santander, que apenas pagou 150 milhões de euros para
receber um banco limpinho, com ativos de perto de dez mil milhões e mais uma
garantia do Estado de 750 milhões, mas sem dar nenhuma garantia de futuro aos
trabalhadores", questionou Leitão Amaro, referindo-se à venda do banco
realizada em dezembro passado, já com o atual Governo PS.
Face
à intervenção do deputado do PSD, PCP, PS e BE foram unânimes nas críticas ao
anterior governo PSD/CDS-PP, que acusaram de ocultar dados relevantes sobre o
processo durante três anos.
Num
comunicado enviado ao regulador do mercado espanhol, a CNMV, o banco liderado
por Ana Botín explica que, sem dotações provisionais, os lucros do Santander
teriam crescido 13%, para 6,566 mil milhões.
Os
283 milhões de euros atribuídos à compra do Banif foram precisamente para estas
dotações (tal como 835 milhões provenientes da reversão de passivos fiscais no
Brasil).
TSF
com Lusa
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