quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

QUANTO RECEBEM OS DA UE COM O “NEGÓCIO” BANIF–SANTANDER? É DE DESCONFIAR



O BCE e a Comissão Europeia impuseram a Portugal que vendesse o Banif ao Santander por um preço que está provado ter sido irrisório. O governo português, perante tanta pressão, vendeu. Vendeu? Não, ofereceu ao Santander o Banifi, os portugueses são quem paga a fatura que uns tais da União Europeia decidiram terem de pagar.

Negócio estranho, excessivamente apressado, provavelmente imposto por amigos do Santander que estão nos organismos da UE a “negociar” o que lhes dêem mais e maiores rendimentos pessoais. Terá sido assim? 

Se sim, quanto vão receber por comissão do negócio os tais da UE? É que é assim que transparece tudo o que vem ao conhecimento público sobre o “despachar” tão apressado do Banif para o Santander.

Claro que não se espere que os benefícios caiam nas contas bancárias dos sujeitos - se for o caso. Eles são muito honestos. Mas… talvez caiam num dos paraísos do capital. Não? Contem lá bem a história.

Negócio estranho. Por isso é sempre de desconfiar. E muito.

Redação PG / MM

Santander lucra 133 milhões de euros com a compra do Banif

O relatório de contas do banco atribui um valor positivo de 283 milhões de euros pelo Banif que, no mês passado, foi adquirido por 150 milhões

O Santander incluiu a compra do Banif nos resultados de 2015 como um "resultado não recorrente positivo" de 283 milhões de euros, apesar de ter pagado 150 milhões de euros pelo banco português.

No relatório que acompanham os resultados anuais do Santander - que lucrou 5,996 mil milhões de euros em 2015, mais 2,6% que no ano anterior - o Banif vem referido uma vez, no item "[efeitos] Não recorrentes positivos".

Ou seja, o Santander valoriza o Banif nas suas contas em 283 milhões, um valor acima dos 150 milhões que o banco espanhol pagou pela entidade portuguesa.

Na semana passada, no parlamento português, o deputado do PSD António Leitão Amaro pediu o apoio de todas as bancadas para a realização, a par da comissão de inquérito, de uma "auditoria externa e independente" ao processo que levou à venda do Banif ao Santander para apurar as responsabilidades de todos os intervenientes e governos "sem exceção".

Entre as dúvidas que apontou sobre o processo, o deputado social-democrata questionou se o que foi feito "foi mesmo para resolver o Banif ou foi para capitalizar o Santander", considerando que o Santander beneficiou de um "jackpot".

"Porquê este jackpot para o Santander, que apenas pagou 150 milhões de euros para receber um banco limpinho, com ativos de perto de dez mil milhões e mais uma garantia do Estado de 750 milhões, mas sem dar nenhuma garantia de futuro aos trabalhadores", questionou Leitão Amaro, referindo-se à venda do banco realizada em dezembro passado, já com o atual Governo PS.

Face à intervenção do deputado do PSD, PCP, PS e BE foram unânimes nas críticas ao anterior governo PSD/CDS-PP, que acusaram de ocultar dados relevantes sobre o processo durante três anos.

Num comunicado enviado ao regulador do mercado espanhol, a CNMV, o banco liderado por Ana Botín explica que, sem dotações provisionais, os lucros do Santander teriam crescido 13%, para 6,566 mil milhões.

Os 283 milhões de euros atribuídos à compra do Banif foram precisamente para estas dotações (tal como 835 milhões provenientes da reversão de passivos fiscais no Brasil).

TSF com Lusa

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