segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ANGOLA “NÃO TEM DINHEIRO PARA DAR UMA RESPOSTA ADEQUADA À FEBRE-AMARELA”



“O ministério da Saúde não tem dinheiro para dar uma resposta adequada à febre-amarela”

O representante da OMS no país, Hernando Agudelo, lembra que a falta de recursos é um dos factores de disseminação de doenças.

Miguel Gomes (texto), Ampe Rogério (fotos).

Hernando Agudelo é o representante, em Angola, da Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2013. A sua voz foi praticamente desconhecida dos angolanos – até que Luanda começou a registar casos suspeitos (muitos deles mortais) de febre-amarela. Uma doença sem registo de ocorrências nos últimos 40 anos.

Nas últimas décadas, Hernando Agudelo desempenhou funções como médico em áreas como pediatria, ginecologia, educação para a saúde e assistência técnica internacional para a melhoria dos sistemas de saúde. Até à sua nomeação para Angola, trabalhou para as ONG’s Médicos sem Fronteiras e Save the Children e serviu o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) no Nepal, Cambodja, Madagascar, Timor Leste e Jamaica.

É médico cirurgião, nasceu em Cali (Colômbia), em Abril de 1957, e completou os seus estudos nas Universidades Libre da Colômbia, Universidade de Nantes, em França, e na London School of Hygienne and Tropical Medicine, no Reino Unido.

Para já, segundo Agudelo, estão confirmados cientificamente 10 casos de febre-amarela no país. O surto acontece depois de reiteradas críticas acerca do peso orçamental dos sectores da saúde e educação.

Ao mesmo tempo, acentua-se a crise económica e aumentam as dificuldades dos serviços públicos da capital cuidarem do lixo e do saneamento básico.

Rede Angola 


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