“O
ministério da Saúde não tem dinheiro para dar uma resposta adequada à
febre-amarela”
O
representante da OMS no país, Hernando Agudelo, lembra que a falta de recursos
é um dos factores de disseminação de doenças.
Miguel
Gomes (texto), Ampe Rogério (fotos).
Hernando
Agudelo é o representante, em Angola, da Organização Mundial de Saúde (OMS)
desde 2013. A sua voz foi praticamente desconhecida dos angolanos – até que
Luanda começou a registar casos suspeitos (muitos deles mortais) de
febre-amarela. Uma doença sem registo de ocorrências nos últimos 40 anos.
Nas
últimas décadas, Hernando Agudelo desempenhou funções como médico em áreas como
pediatria, ginecologia, educação para a saúde e assistência técnica
internacional para a melhoria dos sistemas de saúde. Até à sua nomeação para
Angola, trabalhou para as ONG’s Médicos sem Fronteiras e Save the Children e
serviu o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) no Nepal, Cambodja,
Madagascar, Timor Leste e Jamaica.
É
médico cirurgião, nasceu em Cali (Colômbia), em Abril de 1957, e completou os
seus estudos nas Universidades Libre da Colômbia, Universidade de Nantes, em
França, e na London School of Hygienne and Tropical Medicine, no Reino Unido.
Para
já, segundo Agudelo, estão confirmados cientificamente 10 casos de
febre-amarela no país. O surto acontece depois de reiteradas críticas acerca do
peso orçamental dos sectores da saúde e educação.
Ao
mesmo tempo, acentua-se a crise económica e aumentam as dificuldades dos
serviços públicos da capital cuidarem do lixo e do saneamento básico.
Rede Angola
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