O
ex-Presidente brasileiro Lula da Silva disse hoje que "não deve nem
teme" e falou num "show mediático" a propósito de ter sido
obrigado a depor hoje no âmbito da Operação Lava Jato.
"Se
o juiz Moro ou o Ministério Público quisesse me ouvir era só mandar um ofício
que eu ia como sempre fui prestar esclarecimento, porque não devo e não
temo", referiu.
Num
discurso na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo depois de ter
prestado declarações à Polícia Federal do Brasil no Aeroporto de Congonhas, na
cidade paulista, Lula da Silva disse que se sentiu "prisioneiro hoje de
manhã", depois de ter sido levado de casa para depor.
O
ex-Presidente disse sentir-se "ultrajado", "ofendido" e
"nitidamente magoado", considerando que "merecia um pouco mais
de respeito neste país" e não poupando criticas também a alguns meios de
comunicação social.
"O
que aconteceu hoje era o que precisava de acontecer para o PT (Partido dos
Trabalhadores, de que foi secretário-geral) levantar a cabeça", referiu,
em tom de comício, acrescentando que ninguém quer que Dilma Rousseff, a atual
Presidente do país, eleita pelo seu partido, "governe".
Lula
foi ouvido hoje no âmbito da investigação pela Operação Lava Jato, que
investiga a suposta obtenção de favores, doações e o pagamento de serviços de
palestras que somam 7,2 milhões de euros (30 milhões de reais), alegadamente
pagos por seis empresas ligadas ao escândalo de corrupção na petrolífera
Petrobras entre 2011 e 2014.
ANYN
// PJA - Lusa
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