sábado, 23 de abril de 2016

Portugal. Queiroz Pereira, Ângelo Correia e família Champalimaud no Panama Papers



O Expresso e a TVI revelam que mais três personalidades portuguesas estão envolvidas no escândalo.

Há mais nomes e conhecidos do mundo empresarial e político nos Panama Papers. Pedro Queiroz Pereira, Ângelo Correia e Luís Champalimaud tiveram ligações a empresas sediadas em paraísos fiscais e criadas pela Mossack Fonseca.

Pedro Queiroz Pereira é um dos homens mais ricos de Portugal. Não dispensa o uso de jatos privados. Foi para pagar o aluguer desses aviões que o dono da SEMAPA e da Portucel recorreu aos serviços da Mossack Fonseca.

A investigação revela que o escritório de advogados criou, pelo menos, duas empresas para Queiroz Pereira. Uma delas é a Neeley Marketing aberta em 2006 no Panamá e nesse mesmo ano foi usada num leasing de aeronaves. A empresa tinha como beneficiário final o empresário português.

A segunda empresa criada e também sediada no Panamá foi constituída em 2005 e encerrada no final de 2015. 

O Expresso e a TVI, que fazem parte do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, responsáveis pela análise dos documentos que revelam estes paraísos fiscais noticiam que tentaram chegar à fala com o milionário mas não conseguiram.

O empresário e antigo ministro Ângelo Correia é um dos nomes que constam da base de dados da Mossack Fonseca, surgindo, durante um curto período, como administrador único de uma offshore incorporada nas Ilhas Virgens Britânicas, a Anchorage Group Assets Limited.

Ângelo Correia foi administrador daquela empresa entre 20 de dezembro de 2004 e 4 de agosto de 2005. A informação sobre a empresa é limitada. Já Ângelo Correia diz desconhecer a existência da offshore.

Pelo menos dois membros da família Champalimaud recorreram aos serviços de offshores criadas pela Mossack Fonseca. São eles, Luís de Melo Champalimaud, um dos filhos de António Champalimaud, e Sofia Champalimaud Charters Monteiro, neta do magnata. Ainda não foi possível apurar os negócios efetivamente realizados.

O empresário, Luís de Melo Champalimaud fez saber que nada sabe sobre o assunto em questão. 

Zahra Juvá – Notícias ao Minuto

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