A
Guiné Equatorial anunciou o lançamento de uma ronda de licitação para a
exploração de 37 blocos onde se espera que haja petróleo ou gás, 32 dos quais
ao largo da costa do país.
"A
Ronda EG 2016 torna disponíveis todos os blocos que não estão actualmente a ser
operados ou em negociação directa", lê-se numa página na internet criada
para o efeito, que chama a atenção para a taxa de sucesso na descoberta em 42%
das explorações.
"A
taxa de sucesso nas descobertas - 42% é o dobro da média mundial", lê-se
na página, em que o Governo lembra que já foram feitas 114 descobertas no país
até agora, com 48 a resultarem em exploração comercial.
"O
Ministério das Minas, Indústria e Energia quer sedimentar a forte reputação de
sucesso na exploração e convidar as companhias de gás e petróleo com os
requisitos financeiros e a competência técnica para explorar os seus
blocos", refere o Governo, que lembra também os esforços do país para "desenvolver
a infraestrutura energética, incluindo o armazenamento", para "apoiar
e incentivar a exploração e produção adicional".
A
Guiné Equatorial, disse o ministro, citado na página, "é um destino
lucrativo para as companhias globais de petróleo e gás que exploram as nossas
águas, e estamos ansiosos para reunir com potenciais exploradores nos eventos
que vamos realizar a nível mundial em 2016".
A
delegação da Guiné Equatorial vai dar conta desta ronda de licitação em
Londres, Singapura, Istambul e em Houston, terminando o prazo para propostas no
dia 30 de Novembro.
Há
cerca de um mês, a Economist Intelligence Unit (EIU) considerou que a produção
de petróleo na Guiné Equatorial deve abrandar de 250 mil barris por dia em 2015
para 235 mil barris por dia este ano, dificultando a saída da recessão.
"Apesar
dos esforços para recuperar a produção nos poços actuais, a queda da produção
de poços mais antigos significa que a produção total deve cair para cerca de
235 mil barris de petróleo por dia este ano", afirmam os peritos da
unidade de análise económica da revista The Economist.
Na
análise prevê-se que "na ausência de grandes novas descobertas, a produção
de petróleo vai decair até ao final da década, uma vez que a produtividade dos
poços antigos continua a cair, eliminando quaisquer potenciais subidas dos
novos mas pequenos novos poços que vão entrar em produção".
Também
por isso, continua a EIU, "a despesa pública em grandes infraestruturas
deverá cair, apesar da construção em curso de uma nova capital no continente,
porque o espaço de manobra orçamental diminui-se em linha com a reduzida
receita fiscal proveniente do petróleo".
A
Guiné Equatorial, segundo as Perspectivas Económicas Mundiais, divulgadas pelo
Fundo Monetário Internacional a 12 de Abril, deverá ter a maior recessão no
espaço lusófono: 7,4%, a que se soma nova queda do Produto Interno Bruto (PIB)
de quase 2% em 2017.
A
Guiné Equatorial aderiu à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em
Julho de 2014.
Económico
com Lusa
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