domingo, 24 de janeiro de 2016

Portugal. MARCELO VAI SER O PRÓXIMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA



Inês David Bastos*

Com cerca de 62% dos votos já contados, Marcelo Rebelo de Sousa vence à primeira volta.

Marcelo Rebelo de Sousa terá garantido hoje a Presidência da República, sucedendo a Cavaco Silva, conseguindo cerca de 57% dos votos, isto numa altura em que 62% dos votos já estão apurados. 

Esta era de resto a tendência revelada pelas sondagens à boca das urnas. A Universidade Católica foi a única a deixar em aberto a possibilidade de as eleições terem que ser decididas numa segunda volta. As sondagens da Intercampus e Eurosondagem garantiam às 20h que não vai haver segunda volta a 14 de Fevereiro. 

Durante os quinze dias de campanha eleitoral oficial, e até mesmo antes, as sondagens apontaram desde sempre para a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa logo à primeira volta, embora também sempre se tivesse alertado para a incerteza que é o factor abstenção.

Marcelo surgia à frente na corrida com uma percentagem que variava entre os 51% e os 54% mas as empresas de sondagens não medem a abstenção em Portugal e, uma vez que o voto não é obrigatório, como é o caso do Brasil, para os analistas é difícil antever qual a percentagem de eleitorado que diz que vai votar mas depois fica em casa no dia das eleições. Rui Oliveira e Costa, presidente da Eurosondagem, explica mesmo ao Económico que a abstenção é o "inimigo número um,dois e três dos candidatos" porque é o factor mais incerto e aquele que pode dar a volta a tudo o que é previsões.

Marcelo e a sua ‘entourage’ sempre tiveram consciência que a abstenção era o seu maior risco. Se o número de abstencionista à direita crescesse na ‘hora H’, o professor sabia que corria o risco de ter de defrontar uma segunda volta com a esquerda. E, nesse caso, cair na possibilidade de não conseguir à direita tantos votos quanto uma esquerda totalmente unida em torno de um candidato. Por isso, depois de ter incomodado uma boa fatia do eleitorado de direita ao fazer uma primeira semana de campanha virado para a esquerda, Marcelo guinou na última semana com um derradeiro apelo à mobilização do eleitorado de centro-direita: moderou o discurso, teve a seu lado os aparelhos partidários do PSD e CDS (na primeira semana distanciou-se de partidos) e viu Passos Coelho e Paulo Portas virem apelar ao voto na sua candidatura. Era a derradeira tentativa de mobilização da direita para travar o risco da abstenção.

Rui Oliveira e Costa explica ao Económico que basta a abstenção duplicar o que surge nas sondagens – para 35% - para trocar as contas à vitória numa primeira volta de Marcelo, obrigando-o a uma segunda volta. Isto se a abstenção se der sobretudo no eleitorado que tradicionalmente vota à direita. Marcelo esteve assim, desde sempre, dependente da abstenção. Ou conseguia mobilizar todo o eleitorado de direita e algum do centro ou a esquerda não conseguir mobilizar todo o seu eleitorado. Um dos fantasmas, aliás, que o BE,. PCP e PS acenaram repetidamente foi que a falta de mobilização à esquerda podia dar a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa.

*Económico

Portugal. Projeções televisivas apontam para taxa de abstenção entre os 48% e os 53%



A abstenção nas eleições presidenciais de hoje deverá ficar entre os 48% e os 53%, de acordo com as previsões avançadas às 19:00 por três estações televisivas (RTP, SIC e TVI).

DN/JRS/SF // SMA - Lusa

Cerca de metade dos eleitores não votaram

É só uma projeção mas não andará longe da exatidão. Aliás, os números são relativamente semelhantes  aos das eleições de Cavaco Silva em 2011.

Foi uma campanha muito pobre em ideias, em esclarecimentos, quase podemos dizer que foi uma campanha da balbúrdia e da mediocridade.

Abstenção, foi a solução encontrada para rejeitar estes políticos de pacotilha que enlameiam o espectro político de Portugal.

A democracia está a fenecer. RIP.

Redação / FS

Portugal. É HOJE QUE TEMOS NOVO PRESIDENTE?



Vitória à primeira volta ou dia 14 de fevereiro o país volta às urnas, para decidir entre apenas dois candidatos? A resposta vamos conhecê-la esta noite. A TSF acompanha a noite eleitoral em direto na antena, e "minuto a minuto" aqui no site. (TSF)

Nunca tantos tinham conseguido chegar a um boletim de voto para umas eleições presidenciais. A corrida a 10 é coisa inédita no país que vai eleger o sétimo Presidente desde o 25 de Abril, o vigésimo desde a implantação da República.

Há 9 milhões e 700 mil eleitores inscritos, em cadernos eleitorais ainda muito pouco confiáveis, entre eleitores que já morreram, e outros, muitos, que emigraram, o INE estima que existam apenas 7 milhões e 800 mil portugueses com mais de 18 anos no país.

Às oito em ponto, a TSF revela a projeção da Intercampus para a TVI e a TSF. Havemos de saber se esta eleição Presidencial fica resolvida esta noite, ou se vamos ter uma segunda volta.

Em estúdio, para ler todos os pormenores desta noite eleitoral, vamos ter a dupla de comentadores do Bloco Central TSF, Pedro Adão e Silva e Pedro Marques Lopes. E ainda o diretor da TSF, Paulo Baldaia, e o diretor do Observador, David Dinis.


TSF – Foto: António Cotrim/Lusa

Portugal. GORONSAN, SENHORES!



Afonso Camões – Jornal de Notícias, opinião

Lá por eu vir aqui falar de medicamentos, não pensem já que é piada fácil para algum dos candidatos em quem vamos votar hoje. Na casa do meu avô, abria-se a portinhola do canto e lá havia sempre o frasquinho do bicarbonato de sódio. Dissolvia-se uma colher do pó em copo de água e era a mezinha certa para a ressaca da véspera.

A indústria farmacêutica, useira e vezeira na escolha de palavras difíceis para nos complicar a vida, inventou outra droga que, diz a bula, mistura cafeína, glucuronamida e ácido ascórbico. Trocado por miúdos, a moderna pastilha dissolvente junta magicamente um estimulante e dois ácidos: um tem efeito desintoxicante e o outro é um tónico, a famosa vitamina C. Ou seja, tudo quanto estamos a precisar, para reagir à ressaca.

Ressaca? As que quisermos. Os anos de austeridade, dirão uns. Os anos de Cavaco, dirão outros. A festança de véspera, dirão quase todos. E ainda lhe acrescentamos o enjoo e o fastio da campanha eleitoral que nos convoca para a votação de hoje.

Aos 10 candidatos devemos creditar a coragem ou o desassombro de se terem chegado à frente, dispostos a atravessarem-se por nós ou por si próprios, que também os há. Mas não podemos perdoar-lhes, e nem a nós, o desperdício de oportunidade para se darem a conhecer melhor, e para o confronto de ideias sobre Portugal e o nosso destino comum. O debate foi vazio. Alguns dos candidatos mereciam mais. E os portugueses também.

Muitos, aliás, votam hoje na esperança de uma segunda volta desintoxicante. Mas o efeito tóxico vem de trás e de longe. Escrevi aqui há dias que, com a ajuda do presidente que se despede, o condomínio privado em que se transformou a política portuguesa, dominada pela oligarquia partidária, tem feito de tudo para desvalorizar estas eleições. Não lhes dá jeito um presidente forte, árbitro justo e imparcial e, sobretudo, engenheiro dos compromissos que nos façam sair deste longo inverno de cidadania.

É por isso que volto à farmácia, para vos recomendar o mais comum dos genéricos em democracia: Vamos votar! E que ao fazê-lo estejamos a escolher um rosto à nossa medida, a representação simbólica da chefia do Estado que somos nós, a figura na qual nos revemos e na qual delegamos a projeção de Portugal e dos portugueses no Mundo.

Num tempo de tantas incertezas e de tão profundas incógnitas, por cá e tudo à volta, é nesse rosto que projetamos o efeito placebo que nos estimule e resgate a esperança. O rosto de alguém que compreenda, e a quem possamos lembrar, que mesmo no mais alto dos tronos estaremos sempre sentados sobre o nosso rabo. Levantemos, pois, cada um o seu. E vamos votar.

*Diretor do JN

Portugal. Eleições presidenciais. PARECE QUE A ABSTENÇÃO VAI NOVAMENTE GANHAR




Até já se sabe quem vai ser o presidente eleito...

Não deixa de ser triste reconhecer que não vão registar-se grandes mudanças nos números de abstencionistas nestas eleições presidenciais. De manhã e até depois do meio-dia a perspetiva era bem mais risonha e parecia adivinhar-se um volte-face na afluência às secções de voto. O maior prazer era que o que agora aqui estamos a escrever fosse desmentido de forma categórica por números inequívocos do aumento de cidadãos eleitores que expressaram o seu voto, mas parece que não.

A três horas do fecho das urnas pouco mais de 37% de eleitores tinham votado, é provável que esse número possa chegar aos 50%... mas duvidamos muito.

E assim acontece à democracia em Portugal. O descrédito que os maus políticos lhe injetaram é a razão mais evidente de tão elevado número de eleitores não cumprirem o seu dever, votar. Os roubos, a corrupção, a incompetência, as mentiras, a falta de transparência de muitos dos políticos em exercício desde há anos vão dando a machadada final na democracia conquistada em Abril de 74 para dar lugar à implantação de uma palhaçada pejurativa a que chamam democracia.

Até já se sabe quem vai ser eleito presidente da República… apesar de ser a abstenção quem ganha em números.

Redação PG / FS

Portugal. Paulo Portas pode ter violado a lei eleitoral. Declarações foram banidas da imprensa




Em causa o que o ex-vice-primeiro-ministro disse aos jornalistas depois de ter exercido o seu direito de voto

“Muitos cidadãos” queixaram-se à Comissão Nacional de Eleições (CNE) de parte das declarações que Paulo Portas fez hoje aos jornalistas depois de ter exercido o seu direito de voto.

As declarações, que não podemos reproduzir devido à ordem dada pela CNE, foram consideradas “suscetíveis de configurar o apelo, ainda que incerto, ao voto numa das candidaturas”.

A explicação foi dada por João Almeida, porta-voz da CNE, em declarações ao Notícias ao Minuto.

“Acabámos de deliberar e indicar aos órgãos de comunicação social que devem cessar a retransmissão da parte final dessas declarações. Entendemos que eram suscetíveis – o que não quer dizer que sejam mesmo – de serem entendidas dessa forma”, explicou o responsável.

Ainda de acordo com João Almeida, a CNE recebeu “muitas queixas de cidadãos” relativamente às palavras proferidas por Paulo Portas em dia de eleições e, por isso, este órgão “tomou medidas cautelares”, proibindo a comunicação social de continuar a reproduzir o que o centrista disse logo pela manhã.

“Se um qualquer cidadão que apelasse publicamente ao voto numa candidatura no dia de eleição estava a praticar atos que são proibidos por lei”, indicou, rematando com um aviso: “É proibido fazer propaganda política na véspera e no dia das eleições”.

Agora, cabe à CNE avaliar as declarações feitas pelo ex-vice-primeiro-ministro para apurar se Paulo Portas infringiu ou não a lei fazendo propaganda eleitoral no dia do sufrágio.
O que diz a lei?

O número 1 do artigo 129º da Lei Eleitoral dita que “aquele que que no dia da eleição ou no anterior fizer propaganda eleitoral por qualquer meio será punido com prisão até seis meses e multa de 500$00 a 5.000$00.”

Já no número 2 do mesmo artigo lê-se que “aquele que no dia da eleição fizer propaganda nas assembleias de voto ou nas suas imediações até 500 m será punido com prisão até seis meses e multa de 1.000$00 a 10.000$00”.

Patrícia Martins Carvalho – Notícias ao Minuto

Portugal. "Os 10% mais ricos ganham 11 vezes mais do que os 10% mais pobres"




Para o diretor do Observatório das Desigualdades o panorama português não é positivo

Em Portugal os níveis de desigualdades de rendimentos são “mais elevados do que na maioria dos portugueses” o que, na ótica do diretor do Observatório das Desigualdades “é muito preocupante”.

Em entrevista ao Jornal de Notícias, António Firmino da Costa explica que tais níveis de desigualdade contribuem para a existência de mais “problemas sociais e de saúde, pior qualidade de vida, piores desempenhos escolares, relações interpessoais menos corporativas e maiores taxas de pobreza”.

“Os 10% mais ricos em Portugal têm rendimentos 11 vezes superiores aos 10% mais pobres”, indicou.

Questionado pelo Jornal de Notícias sobre uma solução para estes problemas, o responsável explicou que para combater estes desequilíbrios é preciso haver uma “taxação mais equilibrada de rendimentos de trabalho e de capital”.

Mas não só. É preciso que haja também uma “definição de rácios máximos entre remunerações de sabe e de topo” e que se faça uma aposta no tipo de emprego que “reduza a precariedade e garanta maior equilíbrio negocial entre trabalhadores e empresas”.

Patrícia Martins Carvalho – Notícias ao Minuto

Portugal. Presidenciais 2016. ALGUNS CANDIDATOS JÁ VOTARAM, OUTROS SÓ À TARDE




13:22  Afluência às urnas já ultrapassou as de 2011

A afluência às urnas situava-se, até às 12 horas, nos 15,82%, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.Nas últimas presidenciais, a 23 de janeiro de 2011, e à mesma hora, a afluência às urnas foi de 13,39%.

13:04  Marcelo votou em Celorico de Basto

Marcelo votou em Celorico de Basto, onde disse estar "serenamente confiante".

12:26  Jorge Sequeira confiante

O candidato presidencial Jorge Sequeira votou na escola Clara de Resende, no Porto. "Espero que seja um dia de cidadania plena, de democraticidade. É incrível esta invenção da Humanidade que uma pessoa, só com uma caneta, [pode] fazer uma cruzinha e mudar o mundo. Isso deixa-me radiante", afirmou.

12:15  Henrique Neto "otimista

O candidato presidencial Henrique Neto disse estar "otimista" numa elevada afluência às urnas e considerou que um bom resultado já seria a maioria dos portugueses votarem. "É muito importante que os portugueses votem hoje porque é uma forma de se responsabilizarem por aquilo que acontecer no país nos próximos meses e anos", sustentou.

11:54  Maria de Belém votou em Colares

A candidata Maria de Belém Roseira votou em Colares, Sintra: "Espero que haja uma grande participação neste ato eleitoral que é muito importante, como são todos, porque uma grande participação é sinal de boa democracia", afirmou à saída do Cineteatro José Gomes da Silva.

11:39  Nóvoa lembra que estas eleições

Sampaio da Nóvoa votou em Oeiras e fez um apelo à participação. "É muito importante que se diminua a abstenção, que as pessoas percebam que estas eleições presidenciais são muito importantes, que contam muito, e se mobilizem para vir votar", afirmou.

11:29  Edgar Silva fala em esperança

"Em relação a este dia, que seja marcado por uma grande participação popular neste ato eleitoral, porque está em causa para todas as portuguesas e todos os portugueses decidir o rumo que queremos seja de esperança", disse Edgar Silva depois de exercer o seu direito de voto.

*Informação recolhida em Jornal de Notícias

Portugal. HOJE É DIA DE IR VOTAR. PORTUGUESES ESCOLHEM SUCESSOR DE CAVACO




Mais de 9,7 milhões de eleitores são hoje chamados a escolher o novo Presidente da República, que irá substituir Cavaco Silva, sendo dez os candidatos, o que constitui um recorde de nomes no boletim de voto.

Se um dos candidatos obtiver mais de 50 por cento dos votos será eleito já hoje chefe de Estado, mas caso contrário haverá uma segunda volta, a 14 de fevereiro, com os dois concorrentes mais votados.

Os dez candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Henrique Neto, António Sampaio da Nóvoa, Cândido Ferreira, Edgar Silva, Jorge Sequeira, Vitorino Silva (Tino de Rans), Marisa Matias, Maria de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Morais.

Para o sufrágio de hoje estão inscritos um total de 9.741.792 eleitores, 85.318 mais do que em 2011.

As mesas de voto estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00 em todo o país, mas, devido à diferença horária, as urnas nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Portugal Continental e da Madeira.

Dos dez aspirantes a chefe de Estado, apenas Maria de Belém, Henrique Neto e António Sampaio da Nóvoa votam na região da grande Lisboa.

O candidato Marcelo Rebelo de Sousa exerce o seu direito de voto em Celorico de Basto (Braga), Vitorino Silva em Penafiel (Porto), Edgar Silva no Funchal, Marisa Matias em Coimbra e Cândido Ferreira em Leiria, enquanto Paulo de Morais e Jorge Sequeira votam no Porto.

Em 2011, Cavaco Silva foi reconduzido no cargo de chefe de Estado na primeira volta, com um resultado de 53,14%.

Dos restantes candidatos, Manuel Alegre conseguiu 19,67% dos votos, Fernando Nobre 14,04%, Francisco Lopes 7,05%, José Coelho 4,52% e Defensor de Moura 1,58%.

Nas últimas eleições, a abstenção também subiu para valores recorde, situando-se nos 53,56%.

A menor abstenção verificou-se na reeleição de Ramalho Eanes, em 1980 (15,61 por cento).

No pós-25 de Abril foram eleitos por sufrágio universal e direto Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva, e todos foram reeleitos.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje em Portugal Continental céu pouco nublado e temperaturas máximas amenas, não estando prevista precipitação em todo o território.

Para o arquipélago da Madeira, a instituição prevê períodos de muita nebulosidade, podendo ocorrer períodos de chuva fraca e aguaceiros fracos e poucos frequentes.

Já para os Açores, o IPMA prevê céu com períodos de muito nublado e vento moderado.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. Dois milhões de pobres a trabalhar três meses não ultrapassam Américo Amorim




As desigualdades entre pobres e ricos foram acentuadas durante a crise económica

Em Portugal, são necessários três meses do rendimento de dois milhões de pobres, ou seja pessoas que recebem 422 euros mensais, para acumular a fortuna de Américo Amorim, avaliada em 2,5 milhões de euros.

De acordo com o Jornal de Notícias, os 5% de portugueses mais ricos do país têm um rendimento 20 vezes superior aos 5% mais pobres, o que representa claramente a desigualdade de grassa existente no país.

Na opinião de António Firmino da Costa, diretor do Observatório das Desigualdades, as medidas aplicadas pelo atual Governo socialista são medidas “efetivas de redução da pobreza e, até certo ponto, de redução das desigualdades”, algo que foi prejudicado no tempo de crise, acredita Carlos Farinha Rodrigues, professor do ISEG.

“O recuo das políticas, no auge da crise económica quando elas mais se revelavam necessárias, constituiu inequivocamente um fator de empobrecimento, de fragilização da coesão social e do agravamento da distância que separa os rendimentos da população mais pobre da parte cimeira da distribuição dos rendimentos”, garante o especialista.

Com o intuito de reduzir as desigualdades, o Governo de António Costa pretende criar o Complemento Salarial Anual, um apoio para os que vivem com um rendimento menor do que 422 euros, ou seja, abaixo do limiar de pobreza.

Expresso noticiou que se trata de uma nova prestação social presente no documento Grandes Opções do Plano 2016-2019 e que será atribuída às pessoas que, apesar de trabalharem, não conseguem sair dos rendimentos considerados abaixo do limiar de pobreza.

Mais ainda, sabe-se que este apoio deverá ser feito através de crédito fiscal e, para além dos rendimentos, terá em conta o tamanho e composição do agregado familiar.

Recorde-se que recentemente a Oxfam revelou estimativas a nível mundial sobre a desigualdade. Os números impressionam: as 67 pessoas mais ricas do mundo têm a mesma riqueza do que a metade mais pobre do mundo.

Inês André de Figueiredo – Notícias ao Minuto

Portugal. EDP NÃO QUER PAGAR TARIFA SOCIAL E APONTA PARA CONSUMIDORES




A justiça irá analisar os processos colocados pela EDP

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa irá começar a julgar os processos colocados pela EDP devido ao despacho assinado pelo ex-secretário de Estado da Energia sobre a tarifa social de eletricidade.

Tendo em conta a visão da EDP, a empresa pretende que a justiça considere ilegal que as centrais elétricas de longo prazo sejam chamadas a financiar a taxa em causa. Segundo o jornal Público, a EDP alega que a taxa social teve um custo de 247 mil euros em 2011 e de 384 mil euros em 2012.

A empresa acredita que o ato “é inconstitucional, ilegal, lesivo dos direitos e interesses legalmente protegidos” e, caso o tribunal aceite a justificação da EDP, a empresa poderá recuperar tudo o que foi gasto.

“Não está em causa a decisão de o Governo introduzir uma tarifa social, mas tão-só a solução encontrada para financiar essa tarifa”, explica a EDP.

Por outro lado, o Estado entende que o pagamento desta taxa por parte da EDP “pode ser entendido como uma compensação pelos benefícios e vantagens que a empresa tem com os custos que se repercutem “em todos os consumidores”.

Assim, a Procuradoria-Geral da República conclui que os custos de financiamento da taxa não devem entrar para os cálculos dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) “para que não possam ser repercutidos nos consumidores”, algo pretendido pela EDP.

Notícias ao Minuto

Portugal. CONFIANÇA AINDA “TREMIDA” MAS JÁ VOLTAM HÁBITOS CONSUMISTAS




O Gabinete de Apoio ao Sobre-Endividado, da Deco, já fez um apelo à poupança

Apesar das semanas de crise política e das dúvidas que ainda persistem em relação ao futuro, a economia portuguesa já sentiu alguns sinais que apontam para a subida dos níveis de consumo. O espírito natalício levou ao aumento docrédito ao consumo. Mas há mais fatores a ter em conta.

De acordo com dados recentes do Banco de Portugal, os portugueses receberam mais 500 milhões de euros em créditos ao consumo durante o mês de novembro de 2015, um aumento de 4% face ao mês de outubro. Na comparação com novembro de 2014, o crescimento foi de 32,7%.

A isto, acrescente-se os números da SIBS, revelados pelo Diário de Notícias, que mostram que entre 23 de novembro de 2015 e 3 de janeiro deste ano houve 110,2 milhões de euros, mais 10,9% em relação ao ano anterior.

Citada pelo mesmo jornal, Natália Nunes, do Gabinete de Apoio ao Sobre-Endividado, da Deco, admite mesmo que “é surpreendente que as famílias estejam a regressar aos hábitos de consumo de pré-crise”.

Curiosamente, as estimativas para janeiro da Comissão Europeia, divulgadas na última semana, sobre a confiança dos consumidores portugueses, mostravam um recuou de 0,6% neste indicador na zona euro.

Esta tendência já havia sido sentida em Portugal. O último trimestre de 2015 foi de descida neste indicador para os portugueses, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

Pedro Filipe Pina – Notícias ao Minuto

Portugal. ELEIÇÕES SEM INCIDENTES APESAR DE BOICOTE



João Almeida, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições confirma o boicote na freguesia do Muro, mas faz um balanço positivo das primeiras horas de votação.

As mesas de voto para as eleições presidenciais abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.

Nos Açores, as mesas de voto abrem e encerram uma hora depois em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

Mais de 9,7 milhões de eleitores são hoje chamados a escolher o novo Presidente da República, que irá substituir Cavaco Silva, sendo dez os candidatos, o que constitui um recorde de nomes no boletim de voto.

Se um dos candidatos obtiver mais de 50 por cento dos votos será eleito já hoje chefe de Estado, mas caso contrário haverá uma segunda volta, a 14 de fevereiro, com os dois concorrentes mais votados.

Os dez candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Henrique Neto, António Sampaio da Nóvoa, Cândido Ferreira, Edgar Silva, Jorge Sequeira, Vitorino Silva (conhecido por Tino de Rans), Marisa Matias, Maria de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Morais.

Para o sufrágio de hoje estão inscritos um total de 9.741.792 eleitores, 85.318 mais do que em 2011.

TSF com Lusa – Foto: Arquivo DN/ Global Imagens

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