Lisboa,
28 abr (Lusa) -- O ano eleitoral em Timor-Leste, com a realização de
presidenciais e legislativas, vai condicionar o crescimento da economia do
país, prevendo-se uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% para 4%,
indicou hoje o Banco Mundial.
"Espera-se
que a atividade económica venha a ser manifestamente afetada pela realização de
eleições presidenciais e parlamentares [legislativas] em 2017", escreve o
Banco Mundial na atualização de abril das previsões económicas para
Timor-Leste.
A
entidade antevê a transferência de "alguma atividade produtiva para os
esforços de campanha" e nota que o recém-preparado orçamento para este ano
"marca uma redução nas despesas previstas", uma vez que a
administração entrou no modo "gestão corrente" em ano eleitoral.
"O
resultado é uma queda do crescimento esperado do PIB para 4% em 2017, antes de
recuperar para 5% em 2018, o primeiro ano completo do orçamento do novo governo
e o retomar da atividade de investimento público e privado", salienta o
documento.
Na
sequência de uma expectável "conclusão suave" do processo eleitoral
de 2017, o Banco Mundial espera que o investimento direto estrangeiro em
Timor-Leste siga "uma tendência de subida modesta".
Para
a entidade, "um incremento substancial do investimento" requer
"esforços políticos significativos em áreas chave para os negócios",
entre as quais "infraestruturas de conectividade" e uma melhor
governação.
O
Banco Mundial prevê que o investimento direto estrangeiro em Timor-Leste este
ano ascenderá a 200 milhões de dólares (mais 30 milhões do que em 2016),
mantendo-se o mesmo valor em 2018.
Por
outro lado, o banco nota que os índices de pobreza de Timor-Leste continuam
altos. Apesar dos resultados "consideráveis" nesta área nos últimos
anos, o Banco Mundial diz que há um risco maior de "retrocesso" neste
campo.
Sobre
a produção petrolífera, o banco reitera que está em queda, o que "deixa um
grande défice fiscal e um fundo soberano cada vez mais depauperado".
A
produção petrolífera em Timor poderá ter caído até 50% em 2016.
NVI
// FPA
Sem comentários:
Enviar um comentário