Mais
de 50 mil polícias e 'gendarmes' (polícia militarizada), apoiados por militares
destacados no âmbito da operação antiterrorista 'Sentinelle', foram mobilizados
para a segunda volta das eleições presidenciais francesas que decorrem no
domingo sob "máximas condições de segurança".
É
a primeira vez que uma eleição presidencial em França decorre sob um regime de
estado de emergência, decretado após os atentados de 13 de novembro de 2015
reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Os
atentados perpetrados por extremistas islâmicos fizeram 239 mortos em França
desde 2015.
Segundo
informou hoje o Ministério do Interior francês, a mobilização, que também vai
envolver as polícias municipais de cada localidade, será semelhante ao
contingente destacado na primeira volta das presidenciais, realizada a 23 de
abril, e que decorreu sem qualquer incidente digno de registo.
No
entanto, o ataque perpetrado por um presumível extremista islâmico a 20 de
abril nos Campos Elísios em Paris, no qual morreu um polícia, e a detenção na
sexta-feira de um homem alegadamente radicalizado que pretendia realizar um
ataque contra uma base militar na região da Normandia (norte) mantêm as forças
de segurança francesas em estado de alerta máximo.
Na
capital francesa, as 896 assembleias de votos vão estar protegidas, desde a
abertura ao encerramento, por agentes municipais e elementos de empresas de
segurança privada, explicou um elemento do executivo municipal de Paris, Bruno
Julliard, em declarações a um canal de televisão.
Ainda
em Paris, vão estar 12 mil polícias e militares, dos quais 5.000 vão estar
totalmente direcionados para a segurança dos locais de votação e para garantir
a ordem pública.
Uma
das preocupações das forças de segurança serão as celebrações após a divulgação
dos resultados eleitorais.
Também
serão destacadas equipas para os locais escolhidos pelos candidatos que
disputam a segunda volta presidencial: o liberal pró-europeu Emmanuel Macron e
o rosto da extrema-direita francesa Marine Le Pen.
O
movimento 'En Marche!' de Macron denunciou hoje que um dos seus núcleos em Lyon
(leste) foi atacado sexta-feira à noite por militantes de extrema-direita, que
lançaram bombas de fumo para o interior das instalações.
Lusa
| Notícias ao Minuto
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