domingo, 12 de março de 2017

DESTRANCAR O EMPREGO


Manuel Carvalho da Silva – Jornal de Notícias, opinião

Uma análise rigorosa às políticas públicas de emprego, a observação atenta sobre o estado frágil da estrutura produtiva e sobre as constantes pressões a que está sujeita a Administração Pública mostram-nos que existe um enorme bloqueio estrutural ao emprego, que urge destrancar. Entretanto, à boleia da discussão do designado Pilar europeu dos direitos sociais, outras trancas podem estar a ser fabricadas.

Amanhã será divulgado o conteúdo de um interessante trabalho intitulado "O labirinto das políticas de emprego", em particular as adotadas entre 2010 e 2015, da autoria de Pedro Hespanha e Jorge Caleiras* , que nos confirma ter havido toda uma proliferação de medidas muitas vezes repetidas, debaixo de designações diferentes, e desenhadas com configurações distantes das realidades regionais e locais. Mas as desarticulações e erros nas políticas públicas constituem apenas uma parte dos grandes problemas do emprego.

É possível e os portugueses e o país precisam de mais e melhor emprego. Esse desafio exige: i) políticas estratégicas de reforma e revitalização da estrutura produtiva nas suas diversas expressões; ii) aposta na requalificação e reforço da Administração Pública para prestação de serviços; iii) valorização profissional e salarial que travem a perda de população e permitam a utilização das qualificações dos portugueses, em particular dos jovens; iv) políticas públicas de emprego coerentes e ajustadas a estas prioridades, simplificadas no seu desenho e mecanismos de acesso.

GOLDMAN SACHS: PROSTITUTAS CONTRATADAS E... DURÃO BARROSO


Durão na Goldman Sachs: Recorde o poder oculto do banco que domina o mundo

Para muitos, a Goldman Sachs personifica o que há de pior – e mais imoral – no capitalismo e na maior praça financeira do mundo. A história do banco de investimento que contratou Durão Barroso alimenta teorias da conspiração, mete ganância e jogos de poder, dinheiro a rodos, escândalos e escrúpulos q.b., arrependidos, denunciadores, cassetes secretas e até prostitutas contratadas para sacar negócios. Recorde aqui o trabalho que foi capa da VISÃO

Esta história podia começar com um “Era uma vez o senhor Goldman que se juntou ao senhor Sachs para formarem uma empresa financeira que haveria de conquistar o mundo”. Mas é muito mais ilustrativo começar com uma enorme Vampyroteuthis Infernalis, ou lula-vampiro-do-inferno, “enrolada em torno da face da Humanidade e a sugar-lhe tudo o que cheire a dinheiro”. A metáfora da biologia marítima não é minha nem é nova – ficou imortalizada num extenso artigo de 2009 de Matt Taibbi, publicado na Rolling Stone, que haveria de dar um livro chamado Griftopdia, e desde então utilizada amiúde para explicar aos leigos a essência da Goldman Sachs (GS). Hoje que a empresa volta a estar nas bocas do mundo por contratar para chairman não-executivo e adviser o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, a imagem do bicho das profundezas que se alimenta de cadáveres em putrefação e excrementos ressurge na cabeça de muitos dos que seguem atentamente os mercados financeiros.

Não é de agora que a Goldman Sachs se tornou no alvo favorito dos críticos que se atiram a Wall Street. A história da Goldman é feita com os mesmíssimos ingredientes da maior praça financeira do mundo e centro do capitalismo global: inteligência, trabalho e ambição mas também imprudência e ganância, juntas num caldo de princípios éticos convenientemente deixados em “banho-maria”. Desde a sua fundação, em 1869, que a Goldman se tem visto envolta em escândalos financeiros de espécie vária, quase sempre no centro do furacão de bolhas especulativas e crashs estrondosos, e quase sempre com o mesmo desfecho: somar e seguir, maior e mais forte, depois de ajudar a evaporar milhões de euros dos bolsos dos investidores.

WIKILEAKS REVELA: A VIGILÂNCIA TORNOU-SE BANAL




Nossos celulares e TVs podem ser espionados regularmente. Programas de ciberguerra criados pela CIA são capturáveis por grupos de ódio. Assange denuncia; em poucos dias, a mídia esquece

Jefferson Morley - Outras Palavras - Tradução: Inês Castilho

A última bomba do Wikileaks, apelidada Vault 7, é relevante por várias razões. A coleção de 8.761 documentos e arquivos não se limita a mostrar aos cidadãos como a agência faz para espioná-los, capturando seus telefones móveis e aparelhos de TV, driblando dispositivos de antivirus e de criptografia. Ela também chama atenção para os inesperados perigos que a guerra cibernética da CIA representa par os cidadãos — inclusive norte-americanos.

Os documentos revelam a complexa organização e o amplo escopo dos esforços de hackeamento da agência — um primeiro passo crucial para fiscalizá-la e torná-la responsável por seus atos. O verdadeiro resultado é uma grande conquista para as pessoas que querem entender o funcionamento de agências governamentais secretas e uma grande vitória do Wikileaks.

UE. BREXIT ACELERA CRIAÇÃO DE UM QUARTEL-GENERAL EUROPEU


Sempre que Bruxelas se aventurava por uma maior integração militar chocava de frente com Londres. A saída britânica elimina um obstáculo, cria muitos outros, mas permitiu já à União Europeia dar o primeiro passo para criar um quartel-general europeu, ainda que camuflado e embrionário

Gisa Martinho - Visão

tro de comando” ou “quartel-general europeu” eram palavras interditas em Bruxelas até há uns meses. A ideia de uma maior integração militar dos 28 esbarrava ou no ‘veto’ de Londres ou na resistência dos estados em criar estruturas similares às da NATO. A saída britânica da União Europeia (UE) e a chegada à Casa Branca de um presidente que considera a Aliança Atlântica “obsoleta” alterou o sentido de urgência militar da UE ou, pelo menos, retirou muitas reservas. Assim nasceu, por unanimidade, o primeiro quartel-general europeu ou o seu embrião, para driblar sensibilidades: nova capacidade de coordenação (MPCC).

“É uma célula de planeamento operacional e de coordenação para missões militares não executivas, como as missões de treino que hoje existem na República Centroafricana, Somália e Mali”, explica à VISÃO Isabel Nunes, Chefe de Equipa Multidisciplinar do Centro de Estudos e Investigação do Instituto de Defesa Nacional. Até hoje não havia um comando central neste tipo de missões – sem uso da força –, ao qual é preciso recorrer em caso de défices ou imprevistos, como falta de pessoal.

Angola. ABEL CHIVUKUVUKU É A FAVOR DA NOVA POSTURA GOVERNATIVA


A CASA-CE tem de contribuir para o advento da mudança e providenciar aos angolanos uma nova postura governativa, defendeu, na sexta-feira, em Benguela, o presidente da coligação.

Abel Chivukuvuku intervinha na primeira reunião do Conselho Deliberativo Nacional da CASA-CE, apontou o patriotismo, a competência e a honestidade como base essencial dessa nova postura de governação. A nova agenda governativa da coligação, disse, tem por objecto a realização de Angola e a viabilização da vida dos angolanos.

O político entende que as premissas para a boa governação devem ser claras, simples e exequíveis, para se formar uma sociedade que promova a liberdade, ordem, legalidade, estabilidade, competência, o rigor e o combate à corrupção.

Chivukuvuku idealiza uma sociedade mais honesta e patriótica, que privilegia a juventude, dá atenção adequada à mulher e à família, em todos os domínios e em todas as circunstâncias, além de desenvolver um serviço público para facilitar a vida dos cidadãos, harmonizar o desenvolvimento e valorizar as potencialidades existentes em todo o território nacional.

Luanda sem electricidade obriga a filas para combustível e a arranjar velhos geradores


As autoridades justificam os constantes cortes de energia pela retenção de água para o enchimento da albufeira da barragem de Laúca.

A corrida em Luanda ao abastecimento de combustíveis para geradores, face aos cortes diários de várias horas na electricidade na rede pública, está a gerar filas intermináveis e a obrigar a arranjar os aparelhos de produção doméstica mais antigos.

Com bidões de cinco a vinte litros, a população de Luanda concorre em pé de igualdade com as viaturas nas bombas de combustíveis, suportando filas de até quase uma hora para conseguirem gasóleo e gasolina para abastecer geradores, conforma a Lusa constatou na capital angolana nos últimos dias.

“No meu caso compro apenas cinco litros, embora não chega para abastecer por completo o gerador. Diariamente estou a gastar 1.000 kwanzas. São cortes diários, ontem não tivemos sequer energia. Agora é assim todos os dias, daí que espere estas horas nas bombas, para suportar esta enchente”, desabafou à Lusa João André, ao fim de vários minutos na fila para comprar gasolina.

PAULO CATARRO SEMEOU E A RECOMPENSA AÍ ESTÁ


Para sua majestade o rei de Angola, José Eduardo dos Santos, “jornalista” bom, e que quer continuar vivo, é aquele que não viu nada, nada ouviu e que faz tudo para agradar ao regime de quem, aliás, recebe benesses. O mais recente paradigma desta tese chama-se Paulo Catarro.

Orlando Castro*

Paulo Catarro deixou a RTP ao fim de 27 anos ao serviço da estação pública portuguesa. A sua decisão, disse, foi “muito ponderada”. Foi correspondente da RTP em Angola desde 2009. Pouco tempo depois converteu-se profissionalmente ao MPLA, foi-lhe retirada a coluna vertebral e atestada a conta bancária. Hoje é assessor da maior empresa do regime, a Sonangol.

Recordo o que escrevi em 25 de Setembro de 2011. Nesse dia afirmei que o correspondente da televisão pública portuguesa (RTP) em Angola, Paulo Catarro, não colocou no ar as imagens mais expressivas (do ponto de vista jornalístico) da manifestação de hoje na capital do reino de José Eduardo dos Santos.

GOVERNO DE CABINDA NO EXÍLIO E FLEC ENVIAM MENSAGEM AOS POLÍTCOS PORTUGUESES


MENSAGEM DO GOVERNO DE CABINDA NO EXÍLIO E DA FRENTE DE LIBERTAÇÃO DO ESTADO DE CABINDA (FLEC), AOS POLÍTICOS PORTUGUESES

         PORTUGAL HÁ MUITO ERA UMA PROVÍNCIA ESPANHOLA!

Se Angola vai de Cabinda ao Cunene, como defende alguns políticos portugueses, e como diz o antigo presidente da República Portuguesa Anibal Cavaco Silva, no dia 20 de julho de 2010, em Luanda, esquecendo o Tratado de Simulambuco, o compromisso que incluiu constitucionalmente Cabinda na Nação Portuguesa de forma autónoma, e esquecendo as responsabilidades históricas de Portugal, não há duvidas para nós, os cidadãos do protectorado Português de Cabinda, de que Portugal há muito, era uma província Espanhola, (a Iberia tão desejada por José Saramago). 

CABINDA NÃO FAZ PARTE DE ANGOLA. CABINDA É UM PROTECTORADO DE PORTUGAL!
                        
(De acordo com o Tratado de Simulambuco de 1 de fevereiro 1885)

Sua Excelência, Francisco Bilendo Junior, chefe da diplomacia  do  Governo de Cabinda no exílio, liderada pelo Comandante António Luís Lopes, lança um apelo ao Governo Português, para desempenhar um papel na pacificação de Cabinda, em que Portugal também tem responsabilidades históricas. O Governo Português deve mostrar coragem politica não só ao reconhecer o direito do povo de Cabinda à autodeterminação, como também proclame a verdade, dê o seu testemunho e ajude a Comunidade Internacional a encarar essa verdade, aplicando o direito que as regula. Por outro lado, com os contactos privilegiados que Portugal tem com o Governo Angolano e com o Governo de Cabinda no exílio, pode-se encontrar uma forma de fazer com que o diálogo entre angolanos e os cidadãos do protectorado português de Cabinda surta efeitos.

VIVA O PROTECTORADO PORTUGUÊS DE CABINDA

Benelux, aos 10 de Março de 2017 

Sua Excelência, Francisco Bilendo Junior,

Chefe da diplomacia, e Représentante da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (Flec) no Benelux

DE PORTUGAL SEM CUNHÃO PERANTE JES ATÉ À CORRUPTODEPENDÊNCIA – por Fernando Vumby


ORDINARIAMENTE FALANDO, PORTUGAL NÃO TEM CUNHÃO PARA EMITIR UMA MANDATO DE CAPTURA CONTRA NENHUM GOVERNANTE PRÓXIMO DE JES!

Fernando Vumby, opinião

E não sei o porquê de tanta conversa se este processo contra Manuel Vicente e outros vai mesmo acabar arquivado como habitualmente?

JOGO SUJO OU POLÍTICA SUJA?

Estou farto de ouvir este tipo de acusações contra governantes angolanos comprovadamente corruptos e mesmo assim no fim seus processos acabam sendo arquivados mais para salvar interesses pessoais, do que propriamente de países, pois se perguntassem ao povo angolano e ao povo português ambos diriam que gostariam de ver estes corruptos julgados e condenados.

Isto já se tornou numa vergonha sem fim, no meio político angolano e português que tende a nivelar todos por baixo, no momento em que são ensaiados os primeiros passos para a próxima fraude eleitoral que Portugal até nem vai deixar de ser o primeiro país a reconhecer mais um governo nascido de uma batota.

Essa acusação que tenho quase a certeza vai acabar mesmo por cair num saco vazio e escuro, dá sinais de que está aberto o jogo sujo da política suja praticado desde sempre por governantes angolanos que mais uma vez acredito vão acabar por influencia a justiça portuguesa para deixar tudo em águas de bacalhau e como vai ficar.

A Justiça portuguesa deveria ser mais rigorosa contra os corruptos angolanos, pois só através de ações praticas Portugal deixa de ter a má fama em ser a lavandaria de quase tudo que se rouba em Angola e estaria em melhores condições para propor novas e boas ideias ás futuras gerações angolanas.

Brasil. ORDEM OU DESORDEM? ONDE ESTAMOS? PARA ONDE VAMOS?


ESCOLHAS QUE NÃO PODEMOS EVITAR

Com o governo Temer em deliquescência e a coalizão golpista em farrapos, a questão posta pela conjuntura a todos os atores é a da sucessão presidencial.

Sebastião Velasco e Cruz - Carta Maior

O texto abaixo foi discutido na primeira palestra das Jornadas 2017, realizada no Auditório Carta Maior, e que você pode conferir no podcast AQUI.

Do que se trata?

Para começo de conversa, um esclarecimento sobre o título propositadamente equívoco deste pequeno ensaio. 

Com efeito, ordem e desordem são substantivos abstratos. Para dar conteúdo concreto à reflexão sobre eles precisamos adjetiva-los.

Ordem ou desordem? A que dimensão da realidade a pergunta se refere? Ordem de quê? Ordem em que domínio? Nesse ou naquele país? Nessa ou naquela cidade? Ou na mente desse ou daquele dentre nós?

Valendo-se talvez de indícios prévios sobre o autor deste texto, o leitor poderia dar um palpite.

-- Ordem internacional, naturalmente. 

Ele não estaria errado. Mas nem por isso teria matado o problema.

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