Alexandra
Gonçalves *
Não
será bem a última, mas podia ser. Passos Coelho já não um líder desesperado, é
um líder derrotado, que tudo faz para esconder a sua derrota, agarrando-se à
questão da Caixa Geral de Depósitos, procurando acusar o Governo de ter
cometido erros, esquecendo-se, naturalmente, da acção do seu próprio Executivo.
Pelo meio encetou tentativas de reconhecimento da existência de aspectos
positivos que se prendem com a actual governação, procurando fazer esquecer as
ânsias pelo Diabo, mas sem que conseguisse evitar um horrível cheiro a
falsidade.
Sem
uma ideia que não passe pela austeridade em doses cavalares, perdido num tempo
em que essa austeridade, pelo menos nas doses que ele próprio apregoa, não
colhe nem entre os portugueses, nem sequer pelas instituições europeias, pelo
menos com a intensidade do passado, o antigo primeiro-ministro resiste.
Passos
Coelho demonstrou, uma vez mais, que não tem nada para oferecer, como na
verdade nunca teve. Confrontado com a prestação positiva do actual Executivo de
António Costa, o ainda líder do PSD vê o seu pobre discurso inexoravelmente
ultrapassado pela realidade.