domingo, 7 de maio de 2017

MACRON E LE PEN, A SOPA QUE NÃO QUERIAM COMER MAS QUE ESCOLHERAM E… COMEM




Mário Motta, Lisboa

Macron venceu Marine Le Pen por uma diferença de quase 30%. Podemos dizer que um híbrido venceu a extrema-direita. Melhor ainda: podemos dizer que um banqueiro (a que agora chamam ex-banqueiro) venceu as fascista Le Pen. Já antes o dissemos aqui no PG, entre um e outro venha o diabo e escolha.

No Expresso podemos ler que “O ex-banqueiro e ex-ministro, que será o novo Presidente francês, chegou ao átrio do Museu do Louvre ao som do “Hino da Alegria”, composto por Ludwig Van Beethoven e adotado pela União Europeia. No seu discurso, declarou: a Europa e o mundo esperam que “tragamos uma nova esperança de um mundo mais seguro, de liberdades defendidas, de mais justiça, de mais ecologia”.

No AbrilAbril já a prosa é outra, curta e grossa: “Ganhou o candidato da alta-finança”. E é a verdade.

Banqueiro uma vez, banqueiro para toda a vida”, diz o povo em adágio popular. Tanto de banqueiros como de ladrões ou de vigaristas. Diz isso mesmo de quase tudo que desagrade e fira os interesses das populações.

SOCIOPATAS E ASSASSINOS COM O MUNDO NAS MÃOS


Dirigentes sociopatas e assassinos com o destino do mundo nas mãos estão livres e à solta, protegidos, acarinhados até como salvadores dentro da bolha mediática. Se não forem os cidadãos livres, inconformados e informados a dar o alerta quem o fará por eles?

José Goulão | AbrilAbril | opinião

O frequentador, ainda que ocasional, da bolha mediática que envolve o mundo de hoje vive sob anestesia daqueles que serão, com elevado grau de probabilidade, os derradeiros tempos da situação planetária tal como a temos conhecido. Entretido com as peripécias engendradas para instaurar a censura férrea na internet a pretexto das fake news (notícias falsas) nas redes sociais – uma campanha conduzida pelos grandes operadores mediáticos, que assim pretendem reservar para si o monopólio das fake news – o desprevenido cidadão passa ao largo da multiplicação de manobras letais conduzidas por mentes assassinas que ascenderam ao governo mundial.

É verdade que conhecemos ao pormenor as intenções do agora benquisto presidente dos Estados Unidos para castigar o atrevimento do seu congénere da Coreia do Norte, que pretende ter bombas atómicas tal como Israel, por exemplo, com a diferença de que não esconde as suas intenções.

No entanto, quem se der por informado através do conteúdo dos telejornais, das publicações sensacionalistas ou de referência, tanto faz, fica a ignorar as duas outras facetas do mesmo problema: que a ameaça de Donald Trump e dos senhores da guerra que agora ocupam por completo a sua corte se dirige verdadeiramente contra a China; e que, como um espelho de feira da sua metade Norte, ampliando e distorcendo os defeitos, a Coreia do Sul é uma colónia norte-americana infestada de armas nucleares e funcionando em ditadura maquilhada de modo a parecer uma democracia neoliberal.

EMMANUEL MACRON É O NOVO PRESIDENTE DE FRANÇA




Milhares de franceses votaram ao longo deste domingo. O resultados das Presidenciais francesas é seguido ao minuto na TSF

- Primeiras projeções apontaram para uma vitória de Macron com 66,1% dos votos. Le Pen com 33,9%

- Futuro presidente francês diz que "se virou uma página na nossa longa história. Uma página que permite refundar a esperança e a confiança".

- Líder da Frente Nacional dá os parabéns a Macron

- Lideres europeus já saúdam Macron pela sua vitória

- Número recorde de votos brancos e nulos. Os institutos que divulgaram hoje as primeiras projeções de resultados da segunda volta preveem um número recorde de votos brancos e nulos. O instituto Ipsos estima que 8,8% dos votos, correspondentes a 4,19 milhões, foram brancos ou nulos. Segundo o mesmo estudo, a abstenção ter-se-á elevado a 25,3%, a mais alta numa segunda volta das presidenciais francesas desde 1969.

*Anselmo Crespo | TSF | com alterações de forma por PG


PORTUGUESES NOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZIS TÊM LÁPIDE EM MAUTHAUSEN




Muitas centenas de portugueses e lusodescentes foram capturados e estiveram em campos de concentração nazis, muitos foram vítimas de trabalho escravo. Talvez se conte pela maioria dos portugueses de agora a ignorância de tal facto. Ignorância que a partir de agora já não se justifica, depois da publicação e fecunda divulgação da investigação de um grupo liderado por Fernando Rosas. Afinal, o nazi Hitler, nem ao “seu bom aluno” português, Salazar, lhe poupava os “súbditos”. Campos de Concentração e trabalho forçado com eles! (PG)

Governo lembra pela primeira vez os portugueses vítimas do III Reich

A neutralidade de Portugal na II Guerra não impediu que muitos portugueses ficassem presos na sua rede. Porém, nunca um Governo português lhes tinha prestado homenagem. Até este domingo, quando em Mauthausen for descerrada uma placa no contexto da cerimónia anual do campo de concentração. A iniciativa é de um grupo de investigação liderado por Fernando Rosas.

ela primeira vez, as vítimas nacionais do regime nazi vão ser homenageadas por um Governo português. Será este domingo, em Mauthausen, no contexto da cerimónia anual evocativa da libertação do campo, e terá honras de Estado. E uma placa a falar dos caídos será descerrada no Muro das Lamentações, a dizer: “Aos portugueses de todas as origens e credos que foram vítimas da barbárie nazi.”

Não é por mero acidente que logo agora, 72 anos após finda a guerra, se dá existência a estas vítimas. Tal surge da iniciativa de um grupo de investigação liderado por Fernando Rosas que, desde 2014, está envolvido num projeto chamado “Trabalhadores forçados portugueses no III Reich”. Apoiado pela Fundação Memória, Responsabilidade e Futuro — organismo alemão criado em 2001 para indemnizar os antigos trabalhadores forçados e que hoje se dedica a financiar programas internacionais sobre direitos humanos — e pelo Goethe Institut, o projeto tem a participação de historiadores como Cláudia Ninhos, Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cristina Clímaco e António Muñoz, que consultaram arquivos em Portugal, Espanha, França e Alemanha e concluíram que várias centenas de portugueses contribuíram por meio do trabalho escravo com a máquina de guerra alemã.

Portugal | MENSAGENS DE MAIO


Manuel Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Com impulsos vindos de abril surge-nos, neste início de maio, um significativo conjunto de mensagens e ações que nos trazem alguma esperança. É certo que também se observa casos de persistência na manutenção de medidas de exceção adotadas em nome da crise, e que a perspetiva de futuro da Direita encalhou nos anos negros de 2011 a 2014.

O movimento sindical, muito em particular a CGTP-IN e os seus sindicatos, têm desenvolvido um trabalho de formulação de propostas e de ação reivindicativa com resultados importantes: no Acordo Coletivo de Trabalho entre a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Vestuário de Calçado; nos call center; no setor da vigilância; na ANA Aeroporto; na Transtejo/Soflusa; nos Correios; na hotelaria, nas grandes superfícies e em outros setores e empresas do privado, mas também na Administração Pública, inclusive nos setores da educação e da saúde.

Não estamos perante um cenário reivindicativo generalizado e muito menos perante uma conflitualidade que justifique a politicamente patética afirmação de Assunção Cristas, feita para "comemorar" o 1.º de Maio, quando clamou contra a "diabolização dos empresários". Mas vai emergindo uma postura de não acomodação por parte dos trabalhadores que é muito saudável.

Nos discursos sindicais do 1.º de Maio, estiveram presentes temas prementes para os trabalhadores e para uma estratégia de desenvolvimento do país: a luta pelo emprego e contra a precariedade; a exigência de melhor distribuição da riqueza, combate às desigualdades e valorização dos salários; a necessidade de efetivação da negociação coletiva. Reclamou-se do Governo, com objetividade, uma calendarização de compromissos com vista ao cumprimento das promessas por ele feitas e das justas expectativas criadas.

PORTUGAL À ESPERA DO PAPA FRANCISCO


Neste domingo o Jornal de Notícias vem repleto de interesse e José Miguel Gaspar alerta-nos através da newsletter que não falha a chegar. É o que vamos partilhar consigo. Aqui está a peça e o convite a ler o JN.

Todos à espera do Papa

Os nossos casamentos estão a falhar e já somos o povo europeu que mais se divorcia. Mas continuamos a ser muito católicos - ainda que cada vez menos praticantes. Nas vésperas da chegada do Papa a Portugal, o JN atualiza o retrato do catolicismo. Mas há mais notícias.

A menos de uma semana da chegada do Papa Francisco a Fátima - o Sumo Pontífice passará a sexta-feira 12 no Santuário - o JN fez as contas do país católico que somos e traça-lhe um retrato atualizado. Novidades à cabeça: estamos mais católicos, mas menos conservadores, e também menos praticantes na hora de entrar na igreja. Somos neste altura, entre todos os países da Europa, os que mais se divorciam (sete em cada dez casamentos acabam em divórcio) e também aqueles que têm mais filhos (mais de 50%) fora do casamento. Leia tudo na edição de hoje em papel do JN, num trabalho apurado da jornalista Rosa Ramos.

Num dossiê de cinco páginas, vamos ainda com os peregrinos pela estrada fora, a pé e pela pena do repórter Cristiano Pereira, em direção a Fátima, e colocamos em confronto duas perspetivas sobre as aparições de 1917: o teólogo Anselmo Borges e o monsenhor Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário, debatem o significado justo desse milagre.

Na nossa revista de domingo Notícias Magazine continuamos a saudar o Papa e viajamos até aos bastidores da sua visita a Fátima. No suplemento TAG, dedicado aos mais novos, explicamos o que significa a visita de Francisco ao nosso país. Hoje é também dia do JN Urbano, o nosso novo suplemento dos domingos - espreite e veja o que está a acontecer na sua cidade.

No JN online, notícia em grande destaque é a rutura política entre o atual presidente da Câmara, Rui Moreira, e o Partido Socialista, que colocou fim ao seu "projeto comum". Resultado imediato: o PS já não apoia Moreira nas próximas eleições e já lançou Manuel Pizarro como candidato autónomo. Fique aqui a par das últimas novidades.

O top das notícias mais procuradas continua a ser ocupado, em 1.º, pelas confissões de Judite de Sousa sobre a trágica morte do seu filho, desaparecido há quase três anos .

E porque ainda é fim de semana, e além disso Dia da Mãe, espreite as nossas sugestões de lazer para ocupar este domingo. Tem aqui um roteiro de atividades no Porto e em Lisboa.

José Miguel Gaspar | Jornal de Notícias

HOJE É O DIA D DAS ELEIÇÕES EM FRANÇA. MACRON OU LE PEN?




Macron e Le Pen já votaram, com eles também já votaram cerca de 30% dos eleitores franceses. Estes são os nímeros até ao meio-dia em França. A abstenção por esta hora é mais elevada que na segunda volta das eleições de 2012. A Europa está em suspense, não é só a França. A extrema-direita de Le Pen manifesta capacidades de vencer este pleito eleitoral e entregar o pleno direito de Marine ocupar o Eliseu. Os esperançados em afastar Marine Le Pen apostam em Macron e até se esquecem que é ele o Cavalo de Tróia da banca e do grande capital global. Seja eleito um ou outro a vida não vai ser fácil para a Europa dos vastos milhões de populações que andam há anos infindos a verem sonegados os seus direitos, liberdades e garantias plasmados nas constituições dos seus países. Le Pen afirmou em entrevista que a União Europeia é a causa desta ditadura, com Merkel como chefe e os restantes seus esbirros. Não está assim tão longe da verdade quanto possam argumentar os seus opositores. A democracia na UE definha a passos largos. Não será com a eleição de Macron que veremos o retrocesso das políticas antidemocráticas que vigoram neste pedaço europeu. Antes pelo contrário. Hoje é o Dia D em França, dizem. Entre Macron e Le Pen que venha o diabo e escolha. Enquanto Le Pen é direta, Macron fará pela surra o que os europeus não querem. Macron será mais um dos do diretório da chefe Merkel nesta ditadura mal encapotada que vigora nos países europeus.

CT | PG

O dia da verdade em França: Macron ou Le Pen? Um deles será Presidente

As últimas sondagens atribuem a vitória com mais de 60 % dos votos a Emmanuel Macron. No entanto, é cedo para dar a derrota de Marine Le Pen como garantida. A votação na Frente Nacional será decisiva para o futuro de França.

O dia decisivo chegou, finalmente, para o povo francês. Após vários meses de uma intensa campanha política, de muitos escândalos, troca de acusações e de uma primeira volta cheia de surpresas, os eleitores franceses vão ter de optar entre Emmanuel Macron, que na primeira volta obteve 24,01% dos votos, e Marine Len, que garantiu 21,30% das preferências do eleitorado francês. Os dois finalistas chegaram a esta segunda volta das presidenciais depois de terem deixado para trás os candidatos dos partidos tradicionais que têm governado França nos últimos 60 anos.

Este confronto entre dois candidatos fora do sistema partidário tradicional, inédito na V República francesa, partiu o país ao meio. O antigo primeiro-ministro François Fillon, d´Os Republicanos, ficou-se pelos 20,01% na primeira ronda e o socialista Benôit Hamon apenas conseguiu uns irrelevantes 6%, engolido pela esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon, que obteve um histórico terceiro lugar, com 19,58%. É neste cenário, impensável há um ano, que os franceses escolhem hoje o seu próximo ou próxima Presidente.

Se as sondagens estiverem corretas – e é importante realçar que acertaram na primeira volta – Emmanuel Macron (com cerca de 60% das intenções de voto) será o próximo Presidente francês. No entanto, para o candidato independente, que tem alargado a vantagem para a sua adversária nestes últimos dias, não está apenas em causa conseguir vencer Le Pen e chegar ao Eliseu. Vários analistas têm apontado que uma vitória de Macron abaixo dos 60% será também uma vitória para a extrema-direita, uma vez que tal significaria que o seu discurso estaria interiorizado e normalizado na sociedade francesa, colocando o partido como o líder da oposição. Nesse sentido, poderá ser uma questão de tempo até a Frente Nacional chegar ao poder.

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