Ana Alexandra Gonçalves* | opinião
Há comportamentos abjectos que
ainda se tornam mais abjectos quando adoptados na política. Durão Barroso vem
dando fortes contributos, sobretudo agora que "trabalha" para a
inefável Goldman Sachs. Apesar do prometido, lá vemos Durão Barroso,
ex-Presidente da Comissão Europeia, deambular pelos corredores dessa mesma
comissão para fazer lobby.
Nunca é demais recordar que
Barroso deu garantias de que não faria lobby junto de Bruxelas. De resto essa
promessa serviu precisamente de moeda de troca aquando da investigação que
acabou arquivada.
Como se vê, Barroso é um homem de
palavra. Qual ética, qual quê? Afinal que utilização dá um ser rastejante à
ética? Nem saberia o que fazer com ela.
Juncker, actual Presidente da
Comissão, veio dizer que Barroso não é um gangster. Também neste particular não
existem surpresas. Para a Comissão Europeia, como para as restantes
instituições, a economia deixou de subjugar à política e esta deixou de se
subjugar à ética. Barroso quase que se integra na perfeição numa UE rendida aos
interesses económicos. Quase. Não consegue essa integração plena porque os seus
comportamentos são demasiado abjectos até para a própria UE, cujos cidadãos não
aceitam de ânimo leve criaturas como Durão Barroso. Se fosse nos EUA... a
história poderia muito bem ser outra.
*Ana Alexandra Gonçalves |
Triunfo da Razão
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