O antigo líder catalão foi
libertado esta sexta-feira, mas ainda pode ser extraditado pelo crime de
corrupção. "É uma vergonha para a Europa ter presos políticos",
afirmou.
Carles Puigdemont deixou a prisão
de Neumünster esta manhã, depois de pagar uma caução de 75 mil euros. O antigo
líder catalão vai aguardar em liberdade a decisão sobre o pedido de extradição.
Fica obrigado a apresentar-se semanalmente e não pode abandonar o país.
"É uma vergonha para a
Europa ter presos políticos", disse o ex-presidente catalão à saída da
prisão onde esteve detido, apelando à libertação dos companheiros que se
encontram presos.
Na declaração aos jornalistas que
não teve direito a perguntas, Puigdemont fez questão de referir que não está em
causa uma "luta interna" espanhola, tendo em conta que todos os
cidadãos europeus estão envolvidos.
"A época do diálogo chegou e
até agora só tem havido uma resposta repressiva. Está na hora de fazer política,
não há desculpas", ressalvou, referindo que é necessário encontrar uma
"solução pacífica para a Catalunha".
Puigdemont estava preso desde 24
de março. Foi detido pela polícia alemã depois de ter entrado na Alemanha pela
fronteira dinamarquesa.
Na quinta-feira, o tribunal de
Schleswig-Holstein decidiu colocar o ex-líder catalão, Carles Puigdemont, em
liberdade, mediante pagamento de fiança. A Justiça alemã descartou ainda a
hipótese de extraditar Puigdemont pelo crime de rebelião, mas pode ainda
extraditá-lo pelo crime de corrupção, outra das acusações da justiça espanhola.
TSF | Foto: Salvatore Di
Nolfi/EPA
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