À atenção da malta reunida em
Congresso constituinte do “Movimento para a Alternância Democrática – Grupo 15
(MADEM – G 15)”
Abdulai Keita* | opinião
O “MADEM – G15”, pelo tudo que o
autor deste texto tem vindo a registar desde a aparição deste desígnio na nossa
praça pública no dia 09 de Junho deste corrente ano de 2018, ainda não ficou
claro do que é que se trata. De uma agremiação política, cujos líderes se
tornam profissionais políticos (portanto, um Partido político com todos os
pontos e vírgulas); ou de uma agremiação política, cujos líderes não visam,
senão influenciar o poder político implantado, sem contudo pretenderem
participar diretamente no seu exercício (neste caso, organizações
sociopolíticas, culturais, religiosas etc…).
Espero que, sobretudo, os
estatutos, ou ainda (eventualmente) o programa, resoluções ou moção estratégica
daquele que será eleito como o futuro líder deste ainda não claramente definido
conjunto de gente, que sairão deste Congresso, tragam agora elementos precisos
de esclarecimento neste ponto à opinião pública nacional e internacional.
Mas seja como for, Partido ou
simples Associação e/ou Organização sociopolítica etc., a entidade resultante
deste reunido Congresso constituinte será sempre manchada de ter-se resultado
de um ato político de traição. Mais precisamente, ato político de indisciplina,
do desrespeito das normas estatutárias partidárias e de traição; e não de
dissidência política normal. Ato posto ao mundo com todas as engenharias neste
sentido, tempos antes e, tendo-se apresentado ao mundo bissau-guineense no dia
23 de Dezembro de 2015 nos recintos da ANP.
O autor do presente texto está já
neste momento com muita ansiedade e bem preparado de vir suster esta tese, se
oportunidade houver, com todo o rigor das artes da Sociologia política (área
dos estudos de relações de poder no quadro do exercício democrático nos regimes
da Democracia Parlamentar Representativa e de Estado de Direito) – um caso
observado na Guiné-Bissau para o tal efeito.
Do resto, e agora aqui fala o
autor do presente texto, vestido da capa de um intelectual engajado e militante
de convicção de longa data do PAIGC. Um, tendo sido atacado com mais de cinco
centenas dos seus camaradas, com gás lacrimogénio, pela primeira vez na sua
vida, na falhada tentativa da invasão da Sede Nacional deste Partido, em
Bissau, nos dias 29 a noite, 30 o dia inteiro e 31 de manhã, de Janeiro último.
Invasão perpetrada a mando da gente do conluiado dos destacados elementos desta
malta agora reunida em Congresso constituinte. Executada nestes referidos dias,
tempo antes da abertura solene do findo IX Congresso desta formação, por umas
ditas “forças de ordem”. Com o propósito de sabotar a realização deste. O IX
Congresso, que todavia e não obstante, realizar-se ia depois com grande
sucesso, entre os dias 31.01 e 06.02.2018.
O autor fala agora aqui nesta sua
indicada qualidade, para transmitir aos reunidos neste Congresso constituinte
do dito “MADEM – G 15” estas palavras de três “ÔMI GARANDIS” bissau-guineenses,
bem conhecedores do PAIGC (um está ainda de vida); da coragem, abnegação e
combatividade deste Partido. Palavras exprimidas assim:
“Pa tudo kin ku randja projeto di
bin kombati, derrota, ô mesmu, kaba ku PAIGC… Y tem ku sibi três kussas:
PAIGC y «Rassa-Banana». Si
bu kortal, y lanta mas.
PAIGC y «Rassa-Tcheben». Si
bu kai riba di el, bu mufuna. Si y kai riba di bô, bu mufuna.
PAIGC kansadu panta. Pabia, si bu
pantal, bu forsa di pantal pul y pintcha fora… Si y rabida y pantau, bu ta kume
kil fora.
Kin ku ka sibi, ô y diskissi tudu
ês, pa y ba punta Spínola, ô restu di si rapassis di Guiné ki stá inda di vida
(Galvão kila stá dja na inferno). Ô, djintis di PRID (kilis ki sobra inda na
kil ladu) “.
Uns bons dias ou umas boas horas
de trabalho ainda, a todos, no vosso Congresso.
Obrigado.
Pelo bem da nossa Guiné-Bissau do
POVO BOM.
Que reine o bom senso.
Amizade.
A. Keita.
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