terça-feira, 3 de julho de 2018

MADEM - G15 | Novo partido político na Guiné-Bissau?

À atenção da malta reunida em Congresso constituinte do “Movimento para a Alternância Democrática – Grupo 15 (MADEM – G 15)”

Abdulai Keita* | opinião

O “MADEM – G15”, pelo tudo que o autor deste texto tem vindo a registar desde a aparição deste desígnio na nossa praça pública no dia 09 de Junho deste corrente ano de 2018, ainda não ficou claro do que é que se trata. De uma agremiação política, cujos líderes se tornam profissionais políticos (portanto, um Partido político com todos os pontos e vírgulas); ou de uma agremiação política, cujos líderes não visam, senão influenciar o poder político implantado, sem contudo pretenderem participar diretamente no seu exercício (neste caso, organizações sociopolíticas, culturais, religiosas etc…).

Espero que, sobretudo, os estatutos, ou ainda (eventualmente) o programa, resoluções ou moção estratégica daquele que será eleito como o futuro líder deste ainda não claramente definido conjunto de gente, que sairão deste Congresso, tragam agora elementos precisos de esclarecimento neste ponto à opinião pública nacional e internacional.

Mas seja como for, Partido ou simples Associação e/ou Organização sociopolítica etc., a entidade resultante deste reunido Congresso constituinte será sempre manchada de ter-se resultado de um ato político de traição. Mais precisamente, ato político de indisciplina, do desrespeito das normas estatutárias partidárias e de traição; e não de dissidência política normal. Ato posto ao mundo com todas as engenharias neste sentido, tempos antes e, tendo-se apresentado ao mundo bissau-guineense no dia 23 de Dezembro de 2015 nos recintos da ANP.

O autor do presente texto está já neste momento com muita ansiedade e bem preparado de vir suster esta tese, se oportunidade houver, com todo o rigor das artes da Sociologia política (área dos estudos de relações de poder no quadro do exercício democrático nos regimes da Democracia Parlamentar Representativa e de Estado de Direito) – um caso observado na Guiné-Bissau para o tal efeito.

Do resto, e agora aqui fala o autor do presente texto, vestido da capa de um intelectual engajado e militante de convicção de longa data do PAIGC. Um, tendo sido atacado com mais de cinco centenas dos seus camaradas, com gás lacrimogénio, pela primeira vez na sua vida, na falhada tentativa da invasão da Sede Nacional deste Partido, em Bissau, nos dias 29 a noite, 30 o dia inteiro e 31 de manhã, de Janeiro último. Invasão perpetrada a mando da gente do conluiado dos destacados elementos desta malta agora reunida em Congresso constituinte. Executada nestes referidos dias, tempo antes da abertura solene do findo IX Congresso desta formação, por umas ditas “forças de ordem”. Com o propósito de sabotar a realização deste. O IX Congresso, que todavia e não obstante, realizar-se ia depois com grande sucesso, entre os dias 31.01 e 06.02.2018.

O autor fala agora aqui nesta sua indicada qualidade, para transmitir aos reunidos neste Congresso constituinte do dito “MADEM – G 15” estas palavras de três “ÔMI GARANDIS” bissau-guineenses, bem conhecedores do PAIGC (um está ainda de vida); da coragem, abnegação e combatividade deste Partido. Palavras exprimidas assim:

“Pa tudo kin ku randja projeto di bin kombati, derrota, ô mesmu, kaba ku PAIGC… Y tem ku sibi três kussas:

PAIGC y  «Rassa-Banana». Si bu kortal, y lanta mas.
PAIGC y  «Rassa-Tcheben». Si bu kai riba di el, bu mufuna. Si y kai riba di bô, bu mufuna.
PAIGC kansadu panta. Pabia, si bu pantal, bu forsa di pantal pul y pintcha fora… Si y rabida y pantau, bu ta kume kil fora.

Kin ku ka sibi, ô y diskissi tudu ês, pa y ba punta Spínola, ô restu di si rapassis di Guiné ki stá inda di vida (Galvão kila stá dja na inferno). Ô, djintis di PRID (kilis ki sobra inda na kil ladu) “.

Uns bons dias ou umas boas horas de trabalho ainda, a todos, no vosso Congresso.

Obrigado.

Pelo bem da nossa Guiné-Bissau do POVO BOM.
Que reine o bom senso.  
Amizade.
A. Keita.

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