domingo, 22 de julho de 2018

Portugal | Diga Salgado com voz doce e 1249 mil milhões amargamente


Salgado não foi nem é doce, é Salgado. Pronto. No comes e bebes também é assim. A diferença é que aquele Salgado causa-nos um amargo de boca desesperante porque é insuportável. De volta e meia lá voltamos a experimentar o amargo que Salgado sempre nos causa. Ainda nestes dois últimos dias, ou assim por aí, voltámos a esse terror do amargo do Salgado. Reparem neste breve parágrafo sobre os "cozinhados" de Salgado e seus "ajudantes", sobre o banco e as "operações" da vigarice e do gamanço: “No final, o desvio de fundos penalizou o banco em €1249 mil milhões.”

O paragrafo faz parte integrante do artigo do Expresso que devem ir ler - mesmo que se fartem de vomitar - com o título catita e próprio dos maraus tipo Salgado: “Acusação do Banco de Portugal. Investigação revela esquema de desvio de dinheiro de Salgado”. Faz espécie só agora o Banco de Portugal concluir esses tais desvios e tal. Faz espécie Cavaco dar por bom, seguro, confiável o Espírito Santo (Banco) quando já se sabia que estava nas lonas, faz espécie esta cambada de políticos e lambe-botas aprendizes da vigarice que andaram a lamber as botas ao vígaro-mor e aos das suas ilhargas sempre declarando que não sabiam de nada ou até que estava tudo bem e tal... Estamos ainda a ver o peso das ações dos ladrões a aumentar e já lá vão alguns anos desde a declaração da "descoberta da crise na banca". Estamos a ver como estes sarnosos da sociedade nos roubam e passam uma vida a intrujar os que na realidade são a sustentação da produção, do trabalho, do país. Clamorosamente explorados, é evidente.

Muito se pode pôr aqui na escrita. Até com mais rigor. Mas isso daria pano para mangas. Além de corrermos o risco de metermos os pés pelas mãos porque as "operações" são de alto gabarito, complicadas para os vulgares cidadãos vitimas incessante daqueles grandes criminosos de colarinho branco - os que sabemos, os que ainda não sabemos e os que jamais saberemos.

Passamos a transcrever um pouquinho da prosa do Expresso e depois vão lá se assim ditar o aperitivo servido já a seguir. Isto depois de lembrar que os ladrões, os vigaristas e toda essa súcia de malfeitores anda por aí à solta, a viver em grande, com todo o fausto, sem que a tal dita justiça lhes toque num único cabelo que seja. Porque será? Ora, porque não é justiça nenhuma. É uma treta. Uma armadilha que só caça 'perrapados', o povinho, a plebe que sustenta tudo e ainda mais os "reis".

Boa semana que aí vem. Salvé, escravos! (PG)

Do Expresso:

Acusação do Banco de Portugal. Investigação revela esquema de desvio de dinheiro de Salgado

100 milhões para nova sede Novo Banco vende edifício da avenida da Liberdade. KPMG Auditora e cinco quadros de topo acusados pelo supervisor

Entre 2009 e 2014, Ricardo Salgado e Amílcar Morais Pires, então presidente e administrador financeiro do BES, respetivamente, montaram um esquema através da sociedade suíça Eurofin que permitiu tirar quase €3 mil milhões do banco. O objetivo era financiar investimentos da família e de amigos, ocultar ativos tóxicos e participações estratégicas, manipular a cotação das ações do BES e fazer pagamentos ao ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo. Luís Filipe Vieira, Nuno Vasconcellos e Patrick Monteiro de Barros terão sido alguns dos beneficiários. No final, o desvio de fundos penalizou o banco em €1249 mil milhões.


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