A Coreia do Norte continua
desmantelando o polígono de Sohae, a partir do qual eram lançados os mísseis
balísticos intercontinentais, mas não toca nas instalações nucleares, escreve o
South China Morning Post.
Segundo relata o grupo 38North, que monitoriza a
atividade nuclear da Coreia do Norte, no campo de lançamento de Sohae a estrutura de aço do
estande de testes vertical foi desmantelada e os tanques para combustíveis e
oxidantes foram retirados. As paredes da plataforma de lançamento estão sendo
gradualmente desmontadas.
Na Universidade de Yonse de Seul,
na Coreia do Sul, observam que as instalações relacionadas aos mísseis
balísticos intercontinentais estão entre as primeiras ameaças aos EUA, já
que estes podem potencialmente transportar uma ogiva nuclear até o território
norte-americano. Neste contexto, o desmantelamento de Sohae é um passo
importante que pode significar a desistência de Pyongyang de desenvolver essa
tecnologia.
Ao mesmo tempo, os especialistas
salientam que a Coreia do Norte pode manter seu arsenal nuclear para que a
posição do país tenha mais peso durante as negociações com os EUA. Em
particular, isso é evidenciado pelas fotografias do Centro de Pesquisa
Científica Nuclear de Yongbyon captadas em junho. Nota-se que
um novo prédio pequeno foi construído no local e que foi modificado o circuito
de resfriamento secundário para o reator elétrico de plutônio com potência de 5
megawatts.
No final de julho foi informado
que a Coreia do Norte havia começado a desmantelar o polígono de Sohae. Em
maio, Pyongyang anunciou o fechamento do polígono nuclear de Punggye-ri. Ao
mesmo tempo, a inteligência dos EUA declarou que o local permanece utilizável.
Na reunião de cúpula em 12 de
junho, o líder norte-coreano Kim Jong-un comunicou ao presidente dos EUA,
Donald Trump, sobre os planos para desnuclearizar completamente a península
coreana.
Sputnik | Foto: Ilya Pitalev
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