segunda-feira, 16 de abril de 2018

O Pentágono treinou “rebeldes” da Al Qaeda na Síria na utilização de armas químicas


Michel Chossudovsky *

Os media ocidentais refutam as suas próprias mentiras. Eles não só confirmam que o Pentágono tem estado a treinar os terroristas na utilização de armas químicas como também reconhecem a existência de um não muito secreto “plano apoiado pelos EUA para lançar um ataque com armas químicas na Síria e culpar o regime de Assad”.

O Daily Mail de Londres, num artigo de 2013, confirmou a existência de um projeto anglo-americano endossado pela Casa Branca (com a assistência do Qatar) para efetuar um ataque com armas químicas na Síria e atribuir a culpa a Bashar Al Assad.
O artigo seguinte no Mail Online foi publicado e a seguir removido. Note-se o discurso contraditório: “Obama emitiu advertência ao presidente sírio Bashar al Assad”, “Casa Branca dá sinal verde a ataque com armas químicas”.

Esta reportagem no Mail Online publicada em Janeiro de 2013 foi removida a seguir.
Para mais pormenores clique aqui.

A CNN acusa Bashar Al Assad de matar seu próprio povo enquanto reconhece também que os “rebeldes” não só estão na posse de armas químicas como ainda que estes “terroristas moderados” filiados à Al Nusra são treinados na utilização de armas químicas por especialistas sob contrato com o Pentágono.

Numa lógica enviesada, o mandato do Pentágono era assegurar que os rebeldes alinhados com a Al Qaeda não adquiririam ou utilizariam ADM, ao realmente treiná-los na utilização de armas químicas (soa contraditório):

“O treino [em armas químicas], que está a realizar-se na Jordânia e na Turquia, envolve como monitorar e proteger stocks de matérias-primas e manusear sítios e materiais com armas, de acordo com as fontes. Alguns dos empreiteiros estão no terreno na Síria a trabalhar com os rebeldes para monitorar alguns dos sítios, segundo um dos responsáveis.

A nacionalidade dos treinadores não foi revelada, embora os responsáveis previnam contra a hipótese de serem todos americanos. (CNN , 09/Dezembro/2012).

A reportagem acima, da jornalista premiada Elise Labott, da CNN (relegada para o status de um blog da CNN), refuta numerosas acusações da CNN contra Bashar Al Assad.

E estes são os mesmos terroristas (treinados pelo Pentágono) que são os alegados alvos da campanha de bombardeamento anti-terrorista de Washington iniciada por Obama em Agosto de 2014:

“O esquema estabelecido pelo Pentágono em 2012 consistiu em equipar e treinar rebeldes Al Qaeda na utilização de armas químicas, com o apoio de empreiteiros militares contratados pelo Pentágono – e a seguir sustentar que o governo sírio era responsável por utilizar as ADM contra o povo sírio.

O que está a desdobrar-se é um cenário diabólico – que é uma parte integrante do planeamento militar – nomeadamente uma situação em que terroristas da oposição aconselhados pelos empreiteiros ocidentais da defesa estão realmente na posse de armas químicas.

Isto não é um exercício de treino rebelde em não-proliferação. Enquanto o presidente Obama declara que “você será responsabilizado” se “você” (referindo-se ao governo sírio) utilizar armas químicas, o que é contemplado como parte desta operação encoberta é a posse de armas químicas pelos terroristas patrocinados pelos EUA-NATO, nomeadamente “pelos nossos” operacionais filiados à Al Qaeda, incluindo a Frente Al Nusra, a qual constitui o mais eficaz grupo combatente financiado e treinado pelo ocidente, em grande parte integrado por mercenários estrangeiros. Numa distorção amarga, Jabhat al-Nusra, um “activo de inteligência” patrocinado pelos EUA, foi colocado recentemente na lista de organizações terroristas do Departamento de Estado.

O ocidente afirma que vem para resgatar o povo sírio, cujas vidas estão alegadamente ameaçadas por Bashar Al Assad. A verdade é que a aliança militar ocidental não só está a apoiar os terroristas, incluindo a Frente Al Nusra, como também a tornar disponíveis armas químicas para a sua “oposição” de forças rebeldes.

A fase seguinte deste cenário diabólico é que as armas químicas nas mãos de operacionais da Al Qaeda serão utilizadas contra civis, o que poderia potencialmente levar toda uma nação a um desastre humanitário.

A questão mais ampla é: quem é uma ameaça para o povo sírio? O governo sírio de Bashar al Assad ou a aliança militar EUA-NATO-Israel, que está a recrutar forças terroristas de “oposição”, as quais estão agora a ser treinadas na utilização de armas químicas” ( Michel Chossudovsky , 08/Maio/2013).

07/Abril/2017

O original encontra-se em globalresearch.ca

Este artigo encontra-se em resistir.info/

Distribuído por Editores RECOS

Degenerescência e perda de controle dos media ocidentais


Dedicado à "minha" revista, NEO

Andre Vltchek [*]

Não há nada mais triste e mais patético do que um notório mentiroso gritando, cuspindo perdigotos, insultando as pessoas normais para a esquerda e para a direita, enquanto aterroriza os que dizem a verdade.

Ultimamente, o Ocidente entrou claramente no delírio da alucinação frenética. Quanto mais receia perder o controlo sobre o cérebro de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo, mais agressivamente grita, tornando-se violento e comportando-se como um louco.

Já não esconde mais as suas intenções. E as intenções são claras: destruir todos os seus adversários, sejam eles a Rússia, China, Irão ou qualquer outro Estado patriótico e que pretenda ser independente. Para silenciar todos os meios de comunicação que dizem a verdade, não a verdade como é definida em Washington, Londres, Paris ou Berlim, mas a verdade como ela é sentida em Moscovo, Pequim, Caracas ou Teerão; a verdade que simplesmente serve o povo, não a falsa pseudo verdade fabricada a fim de defender a supremacia do Império do Ocidente.

Enormes fundos estão agora a ser alocados para o ataque mortal de propaganda, predominantemente originada em Londres e Washington. Milhões de libras e dólares foram alocados e gastos, oficial e abertamente, para se oporem às vozes do povo russo, chinês, árabe, iraniano e latino-americano; vozes que finalmente vão chegando "aos outros" – os desolados habitantes do "Sul global", os habitantes das colónias e neocolónias; os escravos modernos que vivem nos Estados dependentes.

A máscara está a cair e o rosto gangrenoso da propaganda Ocidental está a ser exposto. É horrível, assustador, mas pelo menos é o que é, para todos verem. Sem mais suspense, sem surpresas. De súbito, ficou tudo à vista. É assustador, mas verdadeiro. Este é o nosso mundo. Isto é o quão baixo a Humanidade mergulhou. Esta é a chamada ordem mundial, mais precisamente, neocolonialismo. 

O Ocidente sabe como matar milhões e sabe como manipular as massas. A sua propaganda sempre foi tenaz (e repetida mil vezes, não de forma diferente da propaganda publicitária ou das campanhas de doutrinação fascista da 2ª Guerra Mundial) quando originada nos Estados Unidos, ou brilhantemente maquiavélica e letalmente eficaz quando proveniente do Reino Unido. Nunca esqueçamos: o Reino Unido tem assassinado e escravizado centenas de milhões de seres humanos inocentes, mais avançados no seu tempo, durante longos séculos e por todo o mundo. Devido ao seu talento na lavagem ao cérebro e manipulação das massas, a Grã-Bretanha tem escapado de incontáveis genocídios, saques e conseguido mesmo convencer o mundo que deveria ser respeitada e permitir-se manter tanto um mandato moral como um assento no Conselho de Segurança da ONU.

Os regimes do Ocidente sabem como mentir descaradamente, profissionalmente e acima de tudo, perpetuamente. Existem milhares de mentiras empilhando-se sobre cada um de nós, emitidas em linguagem com timbre perfeito de classe alta e "culta", mentiras sobre Salisbury, sobre Comunismo, Rússia, China, Irão, Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, Síria, Jugoslávia, Ruanda, África do Sul, Líbia, refugiados. Há mentiras sobre o passado, presente e até mesmo sobre o futuro.

Ninguém se ri, vendo tais bandidos imperialistas, como o Reino Unido e a França pregando, em todo o mundo e com cara de séria, sobre liberdade e direitos humanos. Não se riem ainda. Mas muitos, pouco a pouco, estão a ficar indignados.

As pessoas no Oriente Médio, África, Ásia e América Latina começam a perceber que têm sido enganadas e traídas; que a chamada ''informação" "culta" vinda do ocidente lhes mentiu, não passou de campanhas de doutrinação sem vergonha. Nos anos que trabalhei, em todos os continentes, fui reunindo histórias e depoimentos sobre os crimes do imperialismo e sobre o despertar do mundo, resumidos no meu livro de 840 páginas: Exposing Lies Of The Empire .

Milhões podem ver agora, pela primeira vez, que meios de comunicação como a BBC, DW, CNN, Voice of America, Radio Free Europe/Radio Liberty, têm estado a formatá-los impiedosa e minuciosamente, durante décadas. Reuters, AP, AFP e várias outras agências de imprensa ocidentais, têm trabalhado para criar uma narrativa uniformizada para todo o planeta, com os jornais locais em todo o mundo publicando o que é produzido de forma idêntica em Washington, Londres, Paris e outras capitais ocidentais. Descrições totalmente falsas sobre temas importantes como a União Soviética, Comunismo, China, mas também sobre liberdade e democracia, têm sido gravadas em milhares de milhões de cérebros humanos.

A principal razão para se irem abrindo os olhos de pessoas em todo o mundo ainda oprimidas pelo imperialismo ocidental, é o trabalho incansável de meios de comunicação como o New Eastern Outlook (NEO), sediado na Rússia, RT e Sputnik, como o CGTN sedeado na China, a Rádio Internacional da China e China Daily, TeleSur sediada na Venezuela, a libanesa Al-Mayadeen e a iraniana Iranian Press TV. Claro que existem muitos outros veículos de media anti-imperialistas orgulhosos e determinados em várias partes do mundo, mas os acima mencionados são os mais importantes veículos da contrapropaganda proveniente de países que lutaram pela sua liberdade e simplesmente se recusam a ser conquistados, colonizados, prostituírem-se e submeterem-se à lavagem cerebral do Ocidente.

Uma poderosa coligação de Estados anti-imperialistas, verdadeiramente independentes foi-se formando e solidificando. Está atualmente a inspirar milhares de milhões de humanos oprimidos por toda parte na Terra, dando-lhes esperança, prometendo um futuro melhor, otimista e mais justo. Colocar-se na vanguarda de muitas mudanças e expectativas positivas é ser da "nova comunicação social".

E o Ocidente assiste, horrorizado, desesperado e cada vez mais irado. Está disposto a destruir, matar e esmagar, apenas a fim de parar com essa onda de "otimismo perigoso" lutando pela liberdade e a verdadeira independência.

Agora são feitos ataques constantes contra os novos media do mundo que se quer livre. No Ocidente, a RT está sendo ameaçada de expulsão, o brilhante e cada vez mais popular New Eastern Outlook (NEO) ficou recentemente sob ataque cibernético pirata vindo, o mais provavelmente de hackers profissionais ocidentais. TeleSur é periodicamente distorcido por vergonhosas sanções desencadeadas contra a Venezuela, e do mesmo banditismo é alvo a iraniana Press TV.

Como se vê, o Ocidente pode ser responsável por milhares de milhões de vidas arruinadas em todo o mundo, mas mesmo assim não enfrenta sanções, nem ações punitivas. Enquanto países como a Rússia, Irão, China, Cuba, RPDC ou Venezuela têm de "enfrentar as consequências", principalmente sob a forma de embargos, sanções, propaganda, intimidação direta, mesmo assédio militar, simplesmente por se recusarem a aceitar a louca ditadura global do Ocidente e escolherem a sua própria forma de governo, de sistema político e económico.

O Ocidente simplesmente não parece ser capaz de tolerar dissidências. Exige obediência total e incondicional, uma submissão absoluta. Ele atua quer como fundamentalista religioso quer como bandido global. E para piorar as coisas, os seus cidadãos parecem estar tão programados ou indiferentes, ou ambos, que não são capazes de compreender o que seus países e a sua "cultura" estão a fazer para o resto do mundo. 

Quando entrevistado, muitas vezes me perguntam:   "Está o mundo a enfrentar o perigo real de uma 3ª guerra Mundial?"

Respondo sempre que "Sim". Porque parece que quer a América do Norte quer a Europa são incapazes de deixar de forçar o mundo à obediência e à escravidão virtual. Eles parecem não estar dispostos a aceitar qualquer acordo racional e democrático no nosso planeta. Será que eles sacrificariam uma, dezenas ou centenas de milhões de seres humanos, apenas para manterem o seu controlo sobre o universo? Definitivamente sim! Eles já o fizeram em várias ocasiões, sem pensar duas vezes, sem nenhum arrependimento e sem piedade.

A aposta dos fundamentalistas ocidentais é que o resto do mundo é tão mais decente e muito menos brutal que não toleraria outra guerra, outra carnificina, outro banho de sangue; que preferirá render-se, preferirá abandonar todos os seus sonhos de um futuro melhor, em vez de lutar e defender-se contra o que cada vez mais parece ser inevitável, um ataque militar ocidental. 

Tais cálculos e "esperanças" dos fanáticos ocidentais são falsos. Países que agora estão a ser confrontados e intimidados estão bem cientes do que esperar se desistirem e se renderam aos insanos desígnios imperialistas do Ocidente.

As pessoas sabem, lembram-se como é serem escravizados.

A Rússia sob Yeltsin, entrou em colapso, foi saqueada pelas empresas ocidentais, sendo cuspida no rosto por parte dos governos europeus e norte-americanos; a sua expectativa de vida caiu para níveis da África Subsaariana.

A China sobreviveu a uma inimaginável agonia no "período de humilhação"', sendo posta em ruínas, pilhada e dividida por franceses, britânicos e invasores dos Estados Unidos.

Ao Irão foi roubado o seu governo legítimo e socialista, tendo de viver sob um maníaco sádico, um fantoche ocidental, o Xá.

Toda a América Latina, com suas veias abertas, a cultura arruinada, a religião ocidental metida à força nas suas gargantas; com literalmente todos os governos socialistas e comunistas democraticamente eleitos e seus líderes derrubados, diretamente assassinados ou pelo menos postos fora do poder pela manipulação de Washington e seus lacaios.

A Coreia do Norte, sobrevivente de um brutal genocídio contra seus civis, cometido pelos EUA e seus aliados na chamada Guerra da Coreia.

O Vietname e o Laos violados e humilhados pelos franceses e depois bombardeados até á idade da pedra pelos EUA e aliados.

África do Sul... Timor-Leste... Camboja...

Há corpos de seres humanos, decompondo-se como horríveis destroços deixados após os mortíferos abraços "libertadores" ocidentais. Líbia e Iraque, Afeganistão e Honduras, Indonésia e República Democrática do Congo, para citar apenas alguns. Estes servem de aviso para os que ainda têm algumas ilusões acerca da "boa vontade" ocidental e espírito de justiça!

Síria... Oh Síria! Vejam o que o Ocidente fez a um país orgulhoso e belo que se recusou a cair de joelhos e lamber os pés de Washington e Londres. Mas também, vejam como podem ser fortes e determinados aqueles que verdadeiramente amam o seu país. Contra todas as probabilidades, a Síria levantou-se, lutou contra terroristas apoiados do estrangeiro e ganhou, apoiada pela grande coligação internacionalista! O Ocidente pensou que estava a criar mais outro cenário líbio, mas em vez disso, encontrou um punho de ferro, nervos de aço, outro Estalinegrado. O fascismo foi identificado, confrontado e foi parado. A um custo enorme, mas parou!

Todo o Médio Oriente está a observar.

O mundo inteiro está a assistir.

As pessoas agora vêem e vão lembrar-se. Elas começam a lembrar-se claramente do que lhes aconteceu. Começam a entender e são encorajados. Compreendem claramente que a escravidão não é a única maneira de viver suas vidas. 

A coligação anti-ocidental ou mais precisamente anti-imperialista agora é sólida como o aço. Porque é uma grande coligação de vítimas, de quem sabe o que é a violação e o que é o saque e o que é a completa destruição. Eles sabem precisamente o que é administrado pelos autoproclamados campeões da liberdade e da democracia – o fundamentalismo económico e cultural do Ocidente.

Esta coligação de nações independentes e orgulhosas está aqui para se proteger, para se protegerem uns aos outros, bem como ao resto do mundo.

Nunca se vai render, nunca vai recuar. Porque as pessoas falaram e eles estão enviando mensagens claras aos seus líderes: "Nunca mais! Não se rendam. Não se rendam às intimidações ocidentais. Lutaremos se formos atacados. E nos manteremos orgulhosamente de pé, aconteça o que acontecer, não importa que força brutal tenhamos de enfrentar. Nunca de joelhos, camaradas! Nunca mais cairemos de joelhos perante aqueles que espalham o terror!"

Os media desses países maravilhosos que resistem ao terror imperialista do Ocidente espalham inúmeras mensagens otimistas e corajosas.

E a oligarquia ocidental assiste e treme sujando as suas calças.

Sabe que o final do seu reinado brutal sobre o mundo se aproxima. Sabe que os dias de impunidade estão a terminar. Sabe que o mundo em breve julgará o Ocidente pelos séculos de crimes que tem cometido contra a Humanidade.

Ele sabe que a guerra da informação será vencida por "nós", não por "eles".

O campo de batalha está sendo definido. Com algumas brilhantes exceções os ocidentais e seus meios de comunicação estão a cerrar fileiras colando-se aos seus patrões. Tal como vários outros escritores, fui sumariamente expulso do Counterpunch, uma das publicações norte-americanas cada vez mais anticomunista, anti-russa, anti-síria e anti-chinesa. Do seu ponto de vista, eu estava a escrever para várias publicações "erradas". Estou realmente orgulhoso por deixarem de me publicar. Estou bem onde estou: enfrento-os, como estou a enfrentar outros media de grande circulação ocidentais.

A extensão do controlo ideológico ocidental sobre mundo é degenerada, verdadeiramente perversa. Os seus media e canais "cultos" estão totalmente ao serviço do regime.

Mas o mundo está acordando e confrontando este mortífero fundamentalismo cultural e político.

Uma grande batalha ideológica está em curso. Estes são tempos emocionantes e brilhantes. Nada poderia ser pior que a escravidão. Cadeias estão sendo quebradas. De agora em diante, não haverá nenhuma impunidade para aqueles que têm torturado o mundo durante séculos.

As suas mentiras, bem como suas armas, irão ser confrontadas e travadas! 

10/Abril/2018

Do mesmo autor: 
  Voices of the Syrian People , 14/Abr/2018

[*] Filósofo, romancista, cineasta e jornalista de investigação. É o criador de Vltchek's World in Word and Images , autor do romance Aurora e outros livros . Escreve especialmente para a revista on-lineNew Eastern Outlook 

O original encontra-se em journal-neo.org/... e em www.informationclearinghouse.info/49189.htm

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

Timor-Leste/Eleições | Comícios, críticas pessoais e debates sobre o passado marcam campanha


Díli, 16 abr (Lusa) - Comícios multitudinários, muitas referências à história de Timor-Leste e troca de críticas pessoais e partidárias marcaram a primeira semana de campanha das principais forças políticas candidatas às eleições legislativas antecipadas timorenses de 12 de maio.

A semana ficou ainda marcada pelo tema dos grupos de artes marciais em Timor-Leste, pela divulgação dos programas partidários e por supostas mudanças de filiação de militantes de um para outro partido ou coligação.

O primeiro quarto da campanha foi passado fora da capital timorense, com ações de pequena dimensão em Díli e comícios com milhares de pessoas em vários pontos do país.

Num cenário de crescente polarização política, que marcou os últimos meses em Timor-Leste, a campanha, que começou a 10 de abril, tem sido dominada pelas duas maiores forças políticas: a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que lidera a coligação do Governo, e a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), formada pelos três partidos da oposição.

O Partido Libertação Popular (PLP), de Taur Matan Ruak, assentou grande parte da sua campanha de 2017 em ataques a Xanana Gusmão e ao seu partido, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), com quem se juntou agora na AMP.
A Fretilin e o PD, por seu lado, lideram o atual Governo minoritário.

Já a terceira força política, o Partido Democrático (PD), com menos orçamento, tem feito uma campanha em menor escala, com comícios em vários pontos do país, e com clara menor presença nas redes sociais.

Ao longo de toda a semana, as duas maiores forças políticas, as principais candidatas à vitória a 12 de maio, trocaram críticas, tanto nos comícios como nas redes sociais, com dirigentes e militantes a atacarem diretamente os líderes políticos.

De um lado estão Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak, ex-líderes do braço armado da resistência timorense e números um e dois da AMP, e do outro Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin e José Ramos-Horta, ambos destacados líderes do braço diplomático da resistência timorense.

Durante os últimos meses, o debate político em Timor-Leste tem sido marcado por tentativas de 'contabilizar' quem lutou mais pela resistência à ocupação indonésia, tendência que se consolidou na campanha.

Ainda que os partidos tenham dado a conhecer o seu programa - com a Fretilin e o PD, parceiros no Governo, a assentar a sua campanha no programa do executivo - os ataques pessoais, as referências ao passado e a troca de acusações dominaram o debate.

Um dos assuntos que causou mais polémica foi o relacionamento dos partidos com grupos de artes marciais, em particular depois da divulgação de imagens de Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak a serem 'jurados' no grupo Korka, considerado um dos que apoia o partido KHUNTO, que com o CNRT e o PLP foram a AMP.

Nos mesmos dias foram divulgadas imagens de Mari Alkatiri num encontro com elementos de outros grupos de artes marciais, nomeadamente a PSHT.

O tema da corrupção e do nepotismo marcou também o debate, com troca de acusações entre os principais partidos e a AMP a divulgar uma lista de empresários alegadamente próximos da Fretilin que beneficiaram de contratos nos anteriores Governos liderados pelo CNRT.

Um dos nomes mais mencionados esta semana foi o de Abílio Araújo, um dos fundadores da Fretilin que no ano passado apoiou a campanha do Partido Libertação Popular (PLP) e que, desta feita, se colocou ao lado da Fretilin, descontente com a coligação da oposição.

Outro dos nomes com muitas menções na semana foi o de Lúcia Lobato, ex-ministra da Justiça de um dos Governos de Xanana Gusmão e que foi condenada em 2012 por participação económica em negócio, que declarou o seu apoio à Fretilin.

Ainda mais do que no ano passado, as redes sociais voltam a tornar-se um megafone importante para as campanhas, com os principais partidos e coligações a divulgarem dezenas de vídeos, fotos e artigos de todos os pormenores da campanha.

A máquina eleitoral continua esta semana fora da capital timorense.

ASP // FPA

Timor-Leste/Eleições | Observadores destacam tranquilidade em campanha competitiva


Díli, 16 abr (Lusa) - A campanha para as eleições legislativas antecipadas de 12 de maio em Timor-Leste está a decorrer tranquilamente com as forças políticas a apostarem em comícios em que o 'currículo revolucionário' dos líderes é enfatizado, segundo observadores de um organismo norte-americano.

Esta é uma das conclusões da equipa de observadores do International Republican Institute e da USAid que está em Timor-Leste a acompanhar as eleições legislativas e que se tem deslocado pelo país a acompanhar alguns dos atos de campanha.

O IRI é uma das poucas instituições internacionais com observadores ao longo de toda a campanha, com outras instituições limitadas pelo facto de a votação não ter sido prevista e, como tal, não ter sido orçamentada.

Esse é o caso da União Europeia, por exemplo, que teve uma equipa significativa de observadores nas eleições do ano passado mas que, este ano, será representada apenas por dois elementos.

Numa análise da primeira semana, a que a Lusa teve acesso, a equipa do IRI, refere que o ambiente dos primeiros dias da campanha tem sido de "tranquilidade e ordem" com "muita competitividade" entre as forças políticas.

Os observadores notam que os comícios são o principal método de campanha, somando-se ainda encontros comunitários de menor dimensão e ações porta-a-porta em vários pontos do país.

"As mensagens dos partidos enfatizam as suas credenciais revolucionárias do período da ocupação [indonésia] ainda que, comparativamente a eleições anteriores, sejam mais focadas em políticas públicas e as respetivas plataformas", referem os observadores.

As principais autoridades eleitorais, Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), estão "vigilantes" e beneficiam da experiência dos seus funcionários, ganha nas eleições do ano passado.
As forças de segurança mostram-se "confiantes de que o ambiente da campanha continuará a ser pacífico e seguro", referem ainda os observadores.

Recorde-se que este é o quarto processo eleitoral em Timor-Leste em 18 meses, depois de eleições locais no final de 2016, eleições presidenciais em março de 2018 e legislativas em julho do ano passado.

A análise dos observadores baseia-se na participação de nove eventos partidários, oito encontros com responsáveis políticos, 14 com responsáveis eleitorais, sete com as forças de segurança e quatro com a sociedade civil.

As eleições foram convocadas pelo Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, que decidiu dissolver o parlamento para desbloquear o impasse político que o país vivia, depois de o Governo minoritário ver chumbado o seu programa e Orçamento retificativo.

Quatro partidos e quatro coligações - o menor número de sempre - candidatam-se às eleições em que participam um número recorde de eleitores: cerca de 787 mil, mais 23 mil que em 2017.

A campanha, que começou a 10 de abril, decorre até 09 de maio antes de dois dias de reflexão e da votação, que decorre entre as 07:00 e as 15:00 de 12 maio.

A nível nacional, vão ser instaladas um total de 1.151 estações de voto divididas por 876 centros de votação, a que se somam nove no estrangeiro, na Austrália, Coreia do Sul, Portugal e Reino Unido.

Do voto sairão os 65 deputados da 5ª legislatura de Timor-Leste, país que viu restaurada a sua independência a 20 de maio de 2002 e que, desde aí, já teve sete governos.

ASP // VM

A missão cumprida está cada vez mais comprida


Ferreira Fernandes | Diário de Notícias | opinião

Há 15 anos, completados em março, começou a invasão do Iraque. Esta acabou a 1 de maio - pouco mais de 40 de dias. Se isso não é uma guerra-relâmpago não sei o que é uma guerra-relâmpago... O presidente George W. Bush anunciou, então, com palavras quase tão curtas como a campanha: "Missão cumprida." Terá sido? Poderia parecer que sim, porque fizeram escola: "Missão cumprida", disse agora o presidente Donald Trump sobre o bombardeamento da Síria. Mas às vezes uma frase é uma frase, e só isso. A guerra do Iraque, como sabemos, ainda não acabou. Não acabou quando foi anunciado o seu fim, em 2003, nem acabou ainda hoje. E transformou-se numa pandemia, como prova a necessidade de se bombardear a Síria. Nas guerras daquela região, as missões cumpridas são piores do que os anúncios prematuros das mortes - não só são sempre mais do que levemente exageradas como costumam produzir intermináveis filhotes com infindáveis e falsas ilusões de que um dia acabaram. Sendo assim, sendo guerras declaradas para acabar um mal e esse mal acabar por expandir-se, fica a pergunta: porquê estas guerras? E não serve como justificação o bombardeamento da Síria ter estreado um novo míssil, o JASSM-ER. Não traduzo a sigla, porque não vale a pena memorizar o nome: ele segue-se a um outro míssil menos eficaz e precede um mais eficaz. Admito, o bombardeamento serviu para testar o JASSM-ER. Mas para que serviu o teste do JASSM-ER, já que não serviu para acabar com o mal? Sim, sim, já ouvi que é mais um passo para o míssil seguinte, um míssil mais eficaz. Mas como mais eficaz, se eles até agora só fizeram missões com anúncios falsos de cumprimento? Gostava de obter uma resposta porque também sei que há guerras necessárias.

A PROPÓSITO DA POBREZA


Jorge Rocha | opinião

Há muito que passo ao lado de qualquer peditório para a instituição da «tia» Jonet e ajo da mesma forma para qualquer iniciativa com propósitos assistencialistas. Recuso-me a colaborar com quem brinca à caridadezinha, mas defendo ativamente políticas sociais, que combatam a pobreza, cabendo ao Estado o papel de melhor distribuir a riqueza, limitando a distribuição demasiado injusta dos rendimentos.

Mas a pobreza não está, enquanto fenómeno sociológico, dissociado da sua raiz política. Por isso concordo no essencial com o artigo de Jorge Cordeiro no «Diário de Notícias» em que esse membro do Comité Central do PCP defende que “continuar a falar de pobreza à margem da exploração, ou seja, da apropriação da mais-valia produzida pelo trabalhador, é um exercício de cegueira política que só servirá aos que reproduzindo o empobrecimento vão subindo uns lugares na lista dos mais ricos da revista Forbes”.

Começando por invocar um estudo agora publicado sob a égide do Parlamento Britânico em que se conclui que em 2030, 1% da população terá nas mãos 2/3 da riqueza mundial, ele defende que não basta olhar para a pobreza como corolário dos baixos salários, das pensões de reforma que não dão para viver ou do desemprego. Nem apenas  para a desigual distribuição de rendimento, a injustiça fiscal ou as opções de política macroeconómica. A razão primeira para a existência de a grande maioria de pobres e a minguada quantidade de ricos explica-se no que se sabe desde que Marx o teorizou: no domínio da propriedade, nas relações de produção e da exploração do trabalho.

E, se o filósofo alemão causa muita azia a piedosas criaturas, que batem com a mão no peito e afiançam os encantos da social-democracia ou da democracia-cristã (os neoliberais são mais canhestros a defenderem os seus amanhãs cantantes), o artigo em causa cita Rousseau  ("O primeiro que, tendo cercado um terreno, se atreveu a dizer isto é meu!, e encontrou gente suficientemente simples para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil") ou Almeida Garrett ("Aos economistas políticos, aos moralistas pergunto se já calcularam o número de indivíduos que é preciso condenar à miséria (...) para produzir um rico") para demonstrar o quão isso é evidente desde o século XVIII.

Conclui Jorge Cordeiro que “por mais que o recusem, a questão [da pobreza] está na crescente desigualdade da repartição da riqueza criada entre capital e trabalho.”

*jorge rocha  | Ventos Semeados

PORTUGAL | Sondagem. Costa, PS e Governo continuam a liderar, mas perdem pontos


Popularidade de Costa e desempenho dos socialistas estão a cair na avaliação dos portugueses, conclui sondagem da Aximage. Maioria absoluta está mais difícil, mas ainda não pelo impacto de Rui Rio.

As expetativas dos portugueses em relação ao Governo estão mais baixas, as intenções de voto no PS caíram e a popularidade do primeiro-ministro também já conheceu melhores dias. Estas são três das principais conclusões da sondagem da Aximage para o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, segundo a qual os socialistas estão mais distantes de uma maioria absoluta do que há um ano.

A sondagem revela que 38% dos inquiridos têm intenção de votar no PS, uma preferência que parece estar a diminuir: eram 39,2% em março, 40,6% em fevereiro e 42% há precisamente um ano. Isto significa que os socialistas, mesmo reunindo os votos suficientes para ganhar eleições, continuariam a precisar do apoio de outros partidos para garantir uma maioria parlamentar.

Nesta avaliação, o CDS de Assunção Cristas tem a maior subida nas intenções de voto, passando de 5,4 para 7%. Ainda assim, continua em quinto lugar numa lista em que a CDU (PCP e PEV) sobe ligeiramente (de 7,4 para 7,7%), mas não o suficiente para ultrapassar o Bloco de Esquerda, que se mantém com 10% das intenções de voto.

O desempenho do governo também não mereceu melhoria de nota. Se, há um ano, metade dos inquiridos pela Aximage considerava que o executivo de António Costa estava a governar acima das expetativas, hoje são apenas 44% (há um mês eram 48%). Uma queda alinhada com as próprias notas dadas à governação: a percentagem de desapontados com o desempenho do governo aumentou de 8,6% em abril do ano passado para 11,2% este mês. Com base nestes indicadores, a Aximage estima um índice de expetativas de 56 pontos, abaixo dos 62 pontos calculados no ano anterior, quebrando assim uma tendência de recuperação iniciada em janeiro deste ano.

No campo individual, António Costa também baixa a nota: passa de 15,6 pontos em junho do ano passado (a nota mais alta) para 13,7 em abril deste ano. Isto depois de uma descida na segunda metade de junho — que se pode explicar pelo efeito dos incêndios de verão — e de uma ligeira recuperação já no arranque deste ano. Mesmo perdendo alguns pontos no favoritismo dos portugueses, António Costa não perde espaço para o líder do PSD: Rui Rio também perde pontos no barómetro de confiança dos eleitores, somando apenas 26,4%.

Observador | Foto: Mário Cruz/Lusa

A FOSSA DE TRUMP, MACRON E MAY E OS NEOLIBERAIS PSEUDO SOCIALISTAS


Bom dia. Boa semana. Boas festas aos animais que por perto passarem. Subscreva o Expresso Curto e escusa de estar à nossa espera. Ena, isto é muita presunção da nossa parte, não é? Pois. Mas fazemo-lo por gentileza. Principalmente para os que querem o Curto mas dispensam as nossas considerações e opiniões a abrir no PG. Pois. Dito.

Vamos a vias de facto e de ameaças das mesmas. Filipe Santos Costa, do Expresso, é quem assina o Curto de hoje. Aborda o Trump, o Macron e a May. Essa gaja saiu uma mentirosa de primeira apanha. E como sabem, na primeira apanha, é tudo em grande. Até nas mentiras, não só na fruta, legumes e etc. que a terra nos dá… com trabalho agrícola. Esses mesmos, os três da vida-airada, Trump, Macron e May devem ser mesmo gémeos falsos. Têm tantas parecenças que até enjoa e dá para vomitar. Bem, o Curto abre com eles, com a Síria e o resto. Trampa do Trump com arrogância em excesso, não qb. Trampa daquele imberbe Macron, um jeitoso que só se safa ao pôr-se em bicos dos pés no palco da política e das potencias ocidentais… Como os norte-americanos, ao elegerem Trump, também os franceses fizeram uma boa trampa ao eleger tal pequenote, Macron, carente de propaganda e da matéria estanque para a nulidade de que padece a sua personalidade e mediocridade. E a rugosa Theresa May? Oh, dessa pouco há a dizer, para além de que segue a linha igual e preferida dos dois medíocres citados atrás. Gémea desses avantesmas. May não podia deixar de alinhar na fossa a transbordar de trampa que o Trump vem abastecendo sem complexo e até com displicência. Esperemos que a trampa seja tanta que os afogue. Só a eles, não vá o ocidente fazer o que não deve e ligar as ventoinhas que espalharão aquela trampa por todo o planeta, o nuclear. É que a Rússia também tem um interruptor desses. E a China, e… Basta de tramp(a). Adiante, que se faz tarde.

Em Portugal a moda das mentiras e dos mentirosos (Pinóquios) na política e nos governos também já é sobejamente conhecida e usada contra os portugueses. É uma guerra caseira em que ingénua ou estupidamente os eleitores votam nos que mais lhes mentem. Que isso é masoquismo, dizem os entendidos. Quer parecer que sim. Aliás, há um ditado usado em Portugal que condiz: “quanto mais me bates mais gosto de ti”. Pois.

O primeiro-ministro António Costa Centeno (um em dois) está a fugir a compromissos de um acordo que lhe deu a possibilidade de ser governo e até um nome que seria depreciativo quando criado por esse grande e douto inventor (parece que condecorado pela CIA) nas letras, Vasco Pulido Valente, mas que assumiu tom apreciativo e carinhoso pelos portugueses. O acordo que os partidos de esquerda fizeram com o PS foi de base parlamentar para uma maioria que possibilitasse governar à esquerda e não governar à direita.

Objetivamente o que se vê e sente todos os dias é o PS Pinóqio a governar ao centro e à direita. Governar à direita é deixar os portugueses separados por um fosso enorme entre a pobreza extrema e os menos pobres e classe média. Fosso ainda maior entre esses importantes setores da sociedade e os muito ricos. Aliás, são exatamanete esses que têm o capital para comprar os partidos políticos CDS, PSD e PS (com supostos donativos) que posteriormente os compensam em sede de governo e parlamento com leis e diplomas que abastardam a democracia e empobrecem os portugueses e o país em benefício desses grandes do capital selvagem. O PS é o que está a fazer. Há sempre verbas a doar à banca e aos banqueiros (mentem quando dizem que não é doar) mas muito pouco ou nada há para os que trabalham e produzem em bens e serviços, ou os que levaram uma vida a trabalhar e quando chegam a velhos têm reformas de miséria, muitas vezes nem isso. E diz-se o PS socialista… Mente, tal qual os gémeos Trump da trampa. O que faz dele outro que tal mas de índole caseira, nacional.

A prosa vai longa e haveria tanto para esmiuçar. Mas basta de treta e de trampa. São quase horas de almoço e tal pivete pode ser muito incomodativo a esta hora. Almoce bem, se conseguir. Difícil e caro, não é? Pois, mas quer almoce ou não almoce vai ter de dar o litro aos patrões que se choram que ganham muito pouco ou quase nada, que apresentam prejuízos de coleção, mas que só em manutenção e encher as piscinas de uma ou duas casas que possuem não se importam de gastar aquilo que para os empregados seria um opíparo ordenado. Fora o resto.

Além disso há Rui Rio, outro Pinóquio. Agora até diz que aumentava os funcionários públicos. Agora. E se fosse governo? Bando de Pinóquios...

Vamos. Vá para o Curto já a seguir. Não dói nada. Até amanhã, se ainda formos vivos. Boa vida e bom local de trabalho. É que entre os patrões também há os que são responsáveis, humanos e boas pessoas. Que sabem dar valor aos empregados. Pois. (MM | PG)

Bom dia este é o seu Expresso Curto

Já nem os apoiantes de Trump o percebem

Filipe Santos Costa | Expresso

Bom dia.

"Quero trazer as nossas tropas de volta a casa", dizia, há menos de duas semanas, Donald Trump, sobre os militares norte-americanos destacados na Síria. A guerra estava ganha, dizia ele, tinham derrotado o Estado Islâmico, dizia ele, "está na hora" dos EUA se preocuparem mais com questões internas e menos com serem os polícias do mundo. Já se sabe que o que ele diz não se escreve, e que o que ele pensa é pouco pensado. Nem duas semanas passadas, tudo mudou: na sexta-feira, os EUA comandaram um ataque contra a Síria (com a colaboração da França e do Reino Unido), na sequência de acusações de ataques químicos do regime de Bashar al-Assad contra civis.

Trump foi rápido a declarar "missão cumprida", mas mais parece uma "missão comprida", como escreve o Ferreira Fernandes. A prova? Emmanuel Macron veio anunciar que, afinal, os norte-americanos já não vão sair da Síria. "Nós convencêmo-lo de que era necessário ficar, permanecer de maneira duradoura", garantiu o presidente francês, revelando as conversas que manteve com Trump.

Nikki Haley, a embaixadora de Trump nas Nações Unidas, passou o dia de ontem a tentar fugir às perguntas para que parece não ter ainda resposta (os EUA saem ou ficam na Síria? Vão retaliar sempre que Assad voltar a usar armas químicas contra os sírios?), mas já anunciou os próximos dois passos: antes de mais, os Estados Unidos vão avançar com novas sanções à Rússia, para punir o seu apoio ao regime sírio. Um dos alvos das sanções serão companhias russas que tenham contribuído para o arsenal químico de Damasco. (Por falar em Rússia, Putin já veio avisarque "se estas ações, cometidas em violação das regras da ONU, continuarem, será inevitável o caos nas relações internacionais”.)

O outro passo anunciado por Nikki Haley acontece já esta segunda-feira: depois da Rússia ter falhado uma condenação do ataque aliado na ONU, EUA, França e Reino Unido vão apresentar uma proposta de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas que determine a obrigação da Síria eliminar todo o seu arsenal químico, bem como uma investigação mais aprofundada ao uso desse armamento por parte das tropas de Assad, que permita saber quem foram os responsáveis do ataques em Douma.

Pode ler aqui um bom ponto da situação sobre as indecisões e incoerências de Washington em todo este processo, referindo também o braço de ferro que se desenrola nos bastidores entre Trump e os responsáveis do Pentágono.

E há outro dano colateral deste ataque. A direita isolacionista norte-americana, que elegeu Trump porque este prometia "America first", não gostou desta guinada da Casa Branca. E esses apoiantes não tardaram a criticar os ziguezagues do presidente. Vale a pena ler este texto da Vox sobre a reação dos media conservadores à "traição" de Trump. Com pouco mais de um ano em funções, o presidente ainda não construiu "o muro", e continua a comportar-se como "polícia do mundo" - e não foi para isso que a direita o elegeu.

Por cá, o Governo compreende e apoia a operação militar. E conta com o apoio da oposição, e a oposição dos seus apoiantes.

OUTRAS NOTÍCIAS

Rui Rio comentou ontem o Programa de Estabilidade apresentado por Mário Centeno na sexta-feira. E não foi para o elogiar. Apesar de concordar com a trajetória do défice (o ponto que mais separa Centeno do PCP e do BE), o líder do PSD considera que o objetivo de 0,7% é criticável por falta de ambição - e estende essa crítica a todo o documento. Rio garante que, ao contrário do que o Governo apregoa, "não há qualquer milagre económico", o que há é falta de ambição no crescimento, falta de ambição na redução do défice, e falta de vontade para aumentar os salários da função pública. A defesa da atualização salarial dos funcionários públicos foi a maior novidade do discurso do líder social-democrata. Segundo o i, esta novidade surpreendeu o CDS e os "passistas" do PSD.

Por outro lado, Rio voltou a um tema caro a Pedro Passos Coelho - a exigência de informação sobre quem são os grandes devedores da Caixa Geral de Depósitos -, carregando bastante nas críticas. E, de repente, o discurso de Rio sobre a banca parecia ultrapassar pela esquerda o PCP e o BE.

Rio falou no final do congresso da JSD, que tem nova liderança. A importância relativa desta notícia mede-se facilmente: sabe quem era o líder anterior? Pois… As juventudes partidárias há muito deixaram de ter a relevância de outros tempos. Em todo o caso, os novos tempos na JSD escrevem-se no feminino — Margarida Balseiro Lopes, deputada eleita por Leiria, é a primeira mulher a dirigir a organização. E não apoiou Rui Rio nas últimas diretas.

Ainda sobre o Programa de Estabilidade: segundo o Público,Centeno quer bater o recorde europeu de redução da dívida.

Depois da manchete do Expresso sobre deputados das ilhas que recebem o reembolso de viagens que não pagam, Carlos César, um dos deputados apanhados neste esquema, fez um "esclarecimento". Mas não esclarece o que importa: fala muito sobre o subsídio que recebe legalmente da Assembleia da República para se deslocar aos Açores, mas nada diz sobre o facto de, depois, pedir ao Estado o reembolso de viagens que nunca pagou do seu bolso, aproveitando-se do subsídio de mobilidade de que beneficiam os cidadãos das ilhas. A resposta de César tem, porém, a vantagem de confirmar o que o Expresso escreveu - o presidente do PS nem tenta desmentir que recebe mesmo duas vezes pela mesma viagem. "Este Parlamento envergonha-nos", escreve Alexandre Homem Cristo.

Deve ficar hoje fechado, em linhas gerais, o acordo entre o Governo e o PSD sobre descentralização. E o acordo sobre os fundos europeus também está por dias, apontando para a reivindicação de 25 mil milhões de euros em Bruxelas, disse ontem Marques Mendes na SIC.

Marcelo Rebelo de Sousa inicia hoje uma visita de três dias a Madrid. E o DN publica uma entrevista a Mariano Rajoy.

O Porto venceu ontem o Benfica, na Luz, com um golo de Herrera ao minuto 90. Com esta vitória, os portistas voltaram ao primeiro lugar na Liga e só dependem de si para interromper a sequência de quatro campeonatos nacionais conquistados pelo Benfica.

Numa altura em que se sucedem as notícias sobre cancelamentos de voos da TAP, o Negócios revela que a companhia aérea teve um lucro histórico de 100 milhões de euros.

Se é cliente da Galp, tenha atenção à notícia sobre atrasos nas faturas de luz e gás.

O Público de hoje tem uma bela reportagem sobre o fim da era Castro em Cuba. Da Rita Siza e do Adriano Miranda.

Manuel Luís Goucha casou. Beyonce arrasou.

AS MANCHETES DE HOJE

Público: "Autoeuropa acelera produção dos T-Roc e faz sair 29 carros por hora"

Diário de Notícias: "Aumento de vagas nas creches de Lisboa só se notará em 2020"

Jornal de Notícias: "Entrega de armas atinge recorde"

i: "Quando foi aprovada a lei dos maus-tratos, houve mais gente a abandonar animais"

Negócios: "TAP com lucro histórico de 100 milhões"

Correio da Manhã: "Predador do Facebook despe 22 rapazes"

O QUE VOU LER

A série mais viciante da atualidade não é "La Casa de Papel", nem passa no Netflix. É norte-americana e está disponível diariamente nos canais de notícias, nos jornais e nas redes sociais. Chama-se ‘A Loucura do Presidente Trump’ e, embora tenha tons de comédia negra, tudo indica que se tornará uma tragédia.

O mais recente episódio desta novela da vida real será posto à venda amanhã: as memórias de James B. Comey, o homem que chefiava o FBI até Donald Trump o demitir em maio do ano passado. Comey, que os relatos independentes descrevem como um cavalheiro e um servidor da coisa pública, era o homem errado no lugar errado: foi ele quem, a onze dias das eleições presidenciais de 2016, revelou que tinha sido reaberta a investigação federal aos e-mails de Hillary Clinton, dando com isso um renovado fôlego à narrativa de Trump sobre a “crooked Hillary”, e, muito provavelmente, inclinando de vez o resultado para o lado dos republicanos. É verdade que, em cima das eleições, Comey declarou que tinha voltado a encerrar a investigação, ilibando Clinton, mas o mal já estava feito.

Durante algum tempo Comey foi o homem mais odiado pelo Partido Democrata, mas tornou-se o alvo preferencial de Trump mal este tomou posse e tentou que o diretor do FBI lhe fizesse uns jeitinhos, como deixar em paz o novo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Michael T. Flynn (que acabou por ser afastado por ser a ponta solta que permitiu puxar o novelo do envolvimento russo na manipulação das eleições de 2016— e essa é toda uma novela paralela, de contornos ainda por compreender, que daria um excelente spin-off da trama principal).

O homem que tramou Hillary e foi demitido antes que pudesse tramar Donald escreveu as suas memórias. Já tenho na minha estante um cantinho para “A Higher Loyalty”, ao lado de “What Happened”, de Hillary Clinton, e do ultra-polémico “Fire and Fury”, de Michael Wolff.

O que já foi antecipado sobre o livro foi suficiente para o catapultar para o top de vendas mesmo antes de chegar às livrarias, e para desencadear o fogo e a fúria de Trump. O presidente dos EUA atacou, como de costume, no Twitter, chamando tudo a Comey, de incompetente, fraco e desonesto até “slime ball”, uma magnífica expressão, quase intraduzível, que se aplica a gente repulsiva, mentirosa e mal formada, mas que também carrega o sentido literal (e muito gráfico) de “bola de lodo”, ou de “gosma”. E tudo isto, ainda antes da entrevista que Comey deu na noite passada à ABC, em que reitera que Trump é "moralmente incapaz" e que poderá ser chantageado pela Rússia.

Para além do relato factual dos encontros com Trump e outras interações com a Casa Branca (que o New York Times classifica como detalhado, bem sustentado e credível), o ex-diretor do FBI faz um retrato esmagador do homem mais poderoso do mundo. Trump não só é alguém “sem ética, desligado da verdade e dos valores institucionais”, como atua à semelhança de um padrinho da máfia. Comey sabe do que fala, pois teve de lidar com genuínos mafiosos quando foi procurador federal. “O círculo silencioso de consentimento. O chefe a controlar tudo. Os juramentos de lealdade. A visão do mundo nós-contra-eles. A mentira sobre todas as coisas, grandes e pequenas, ao serviço de um qualquer código de lealdade que põe a organização acima da moralidade e acima da verdade” (tradução minha).

“Estamos a viver tempos perigosos no nosso país, com um ambiente político em que os factos básicos são contestados, as verdades fundamentais são questionadas, a mentira está normalizada e os comportamentos sem ética são ignorados, perdoados ou recompensados”, escreve Comey. E, com isto, mais do que a radiografia de um país ou de uma administração, James Comey parece escrever sobre o estado do mundo. Sim, vivemos tempos perigosos.

Fico por aqui. Tenha uma excelente semana.

COSTIPOCRISIA| Furo de Aljezur, uma vergonha. PS baixa uns “furos” em sondagem


GOVERNO COSTA CHAFURDA NO PETRÓLEO DE ALJEZUR

Não há petróleo no Beato mas parece que há na costa alentejana. Como a vergonha só é para quem a tem e os governos neoliberais de Portugal são completamente isentos de vergonha não têm nem sabem o que é isso. Incluindo, sobretudo, o governo vigente, falsamente socialista, o chefiado por António Costa.

A hipocrisia dos que, mentindo, se dizem defensores do ambiente é notória e medonha. Então, António Costa e o seu governo dizem-se preocupados com as alterações climáticas mas fazem finca-pé a subsidiar a exploração de combustíveis fósseis, patrocinando a sua exploração, como no exemplo do furo de Aljezur? Que socialistas? Que defensores do ambiente?

Olhando com olhos de ver ficamos a saber que o governo PS não quer sair do seu reduto neoliberal, enganando os portugueses que nele votaram assim como os partidos que fizeram um acordo de apoio parlamentar para assegurarem uma maioria e chegarem ao governo. Mentirosos, é o que demonstram ser em diversos setores. Beneplácitos para com a banca e os banqueiros, ou para com os grandes empresários e multinacionais. Algozes, dizendo-se socialistas, para com muitas das prementes carências dos mais carenciados e dos trabalhadores, dos funcionários públicos e muitos outros de várias profissões ou ditos indiferenciados. Negando a saúde, a educação e o bem-estar de milhões de portugueses. Perante os cenários não podemos ser complacentes. Independentemente de alguma coisa (infima) ter aliviado das agruras dos portugueses. Mas pode fazer mais e melhor.

Não se podendo considerar tão neoliberal e glutão, muitas vezes injusto e ladrão, como o governo anterior, chefiado por Passos Coelho, PSD/CDS, o governo do PS, chefiado por Costa, não anda tão longe do neoliberalismo quanto isso. Por variadas formas podemos presenciar essas suas tendências e ações neoliberais. O caso do furo para exploração futura de petróleo em Aljezur é flagrante, as carradas de hipocrisia são evidentes. Disso nos dá conta a notícia que se segue. Não é por acaso que este governo PS, o PS, Costa, estão a baixar consideravelmente nos índices de apreciação e de resultados de futura eleição. Quer dizer: o PS, baixa uns “furos” na sua posição em sondagem, apesar de ainda se manter acima do PSD, mas o PSD está a subir. Isso mesmo traremos ao Página Global proximamente. (MM | PG)

Furo de petróleo em Aljezur com prémio europeu de pior subsídio a combustíveis fósseis

A atribuição da licença para pesquisa de petróleo ao largo de Aljezur, no Algarve, foi considerada o pior subsídio a combustíveis fósseis na Europa. "Prémio" atribuído pela Rede Europeia para a Ação Climática.

Entre os oito países selecionados para votação final à escala europeia, "em primeiro lugar, com a medalha de ouro, ficou Portugal", com o furo de prospeção de petróleo na zona de Aljezur, disse à agência Lusa o presidente da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, Francisco Ferreira.

É a segunda vez que a Rede Europeia para a Ação Climática (CAN Europa), que junta 140 organizações de mais de 30 países e a que pertence a Zero, promoveu o prémio europeu para os piores subsídios aos combustíveis fósseis (European Fossil Fuel Subsidies Awards 2018).

"Considerou-se que a atribuição da licença correspondente ao título de utilização privativa do espaço marítimo" ao largo de Aljezur, "configurava claramente uma situação de estímulo ao uso de combustíveis fósseis no futuro" pelo Governo português, explicou Francisco Ferreira.

Trata-se da licença ao consórcio Galp/Eni para realizar uma sondagem de pesquisa ao largo de Aljezur e eventualmente prosseguir com a exploração de petróleo.

As organizações ambientalistas identificaram situações em cada um dos países que podiam ser candidatas à edição de 2018 do prémio europeu e, na fase final, ficaram França, Espanha Itália, Noruega, Áustria, Bulgária e Polónia, além de Portugal, seguindo-se uma votação 'online'.

O pódio é ainda ocupado pela Polónia, classificada em segundo lugar pelo incentivo a centrais de carvão obsoletas, e por Espanha, em terceiro lugar, por subsidiar a utilização de carvão nas ilhas Baleares, "bloqueando o desenvolvimento da produção de eletricidade a partir da energia solar", segundo informação da Zero.

A atribuição deste primeiro prémio a Portugal "vai ter uma enorme visibilidade à escala europeia e vai ser dramático do ponto de vista dos decisores políticos, nomeadamente em Bruxelas, e muito embaraçoso para o nosso país", salientou o presidente da Zero.

Por um lado, justificou, Portugal "é visto como estando na frente do combate às alterações climáticas, um dos países mais ambiciosos no que respeita à eficiência energética, às renováveis, a bater recordes nessa matéria e a receber elogios internacionais".
Por outro lado, "é o país que recebe uma medalha de ouro evocando o investimento que vai começar a ser feito em combustíveis fósseis, completamente contrário àquilo que tem sido a imagem de marca de Portugal, nomeadamente ao procurar ser neutro em carbono em 2050", criticou o especialista em alterações climáticas.

"Esta 'distinção' traz o reconhecimento de que o Governo tem ignorado a opinião pública que se tem manifestado em enorme número, principalmente na zona do sudoeste alentejano e no Algarve, contra a prospeção e exploração de petróleo e gás em Portugal", defendeu ainda o presidente da Zero.

Para Francisco Ferreira, "é inaceitável que o Governo continue a favorecer o acesso das companhias petrolíferas, quer nacionais, quer estrangeiras, à área de exploração marítima e de conservação marítima que deve ser devidamente preservada".

"É do mais contraditório e prejudicial à imagem do país, com responsabilidades diretas deste Governo que não cancelou a possibilidade de se iniciar este processo de prospeção de petróleo em Aljezur", resumiu o investigador.

A prospeção de petróleo na costa vicentina tem a oposição de autarcas, da Região de Turismo do Algarve e de dezenas de associações locais e nacionais, e "foi já chumbada de forma inequívoca em duas consultas públicas" realizadas à população e às autarquias, segundo a Zero.

Jornal de Notícias | Foto: Leonardo Negrão / Global Imagens

FUTEBOL PORTUGUÊS MUITO COMPETITIVO ENTRE OS TRÊS GRANDES. E O BRAGA?


Em Portugal, o campeonato de futebol da 1ª Liga está a ser muito competitivo entre os que habitualmente são o padrão máximo da modalidade, ainda ontem isso mesmo foi prova.

No clássico Benfica - Porto vimos os do norte recuperarem o primeiro lugar na classificação. O Porto venceu o Benfica com um golo aos 90 minutos. Isso permite ao Porto reconquistar o primeiro lugar na classificação com mais dois pontos que o Benfica, que nem por isso baixa os braços ou desmoraliza.

Outro embate importante foi o Belenenses - Sporting. Muitos golos num duelo em que o Sporting esteve por duas vezes a perder com o Belenenses ao longo dos 90 minutos de jogo. No final venceu o Sporting por 4 - 3 graças a um penalti.

Na classificação podemos ver que o Benfica fica atrás do Porto por apenas dois pontos e o Sporting a três pontos do Benfica e a cinco do Porto. O que quer dizer que a quatro jornadas do final do campeonato ainda pode haver muitas mudanças na classificação entre estes três contendores.

O Porto tem a vida facilitada nos encontros que lhe restam nas quatro jornadas. O Benfica é que tem de ainda enfrentar o Sporting, em Alvalade.

A bola é redonda, tão redonda como a factual possibilidade de quer o Porto, quer o Benfica, ficarem em primeiro lugar na classificação e assim vencerem a época de 2016/17. Essas possibilidades para o Sporting são menores, obter o primeiro lugar, mas não é impossível e até viável ainda conquistar o segundo lugar - atirando com o Benfica para terceiro, se o Porto se mantiver no primeiro lugar.

Além disso há o Braga, em quarto lugar, que em conformidade com os seus resultados e os do Sporting ainda poderá conseguir o terceiro lugar. São tudo viabilidades que só ao longo das quatro jornadas que faltam se cumprirá o desenho final da classificação.

Isso mesmo, a classificação, é o que apresentamos a seguir. Somente com as doze primeiras equipas (são 18 na disputa) da 1ª Liga). Ainda há muito futebol para jogarem. Que vençam os melhores. (PG)

CLASSIFICAÇÃO

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