GOVERNO COSTA CHAFURDA NO PETRÓLEO DE
ALJEZUR
Não há petróleo no Beato mas
parece que há na costa alentejana. Como a vergonha só é para quem a tem e os
governos neoliberais de Portugal são completamente isentos de vergonha não têm nem sabem o que é isso. Incluindo, sobretudo, o governo vigente,
falsamente socialista, o chefiado por António Costa.
A hipocrisia dos que, mentindo,
se dizem defensores do ambiente é notória e medonha. Então, António Costa e o
seu governo dizem-se preocupados com as alterações climáticas mas fazem finca-pé
a subsidiar a exploração de combustíveis fósseis, patrocinando a sua exploração,
como no exemplo do furo de Aljezur? Que socialistas? Que defensores do
ambiente?
Olhando com olhos de ver ficamos
a saber que o governo PS não quer sair do seu reduto neoliberal, enganando os
portugueses que nele votaram assim como os partidos que fizeram um acordo de
apoio parlamentar para assegurarem uma maioria e chegarem ao governo. Mentirosos,
é o que demonstram ser em diversos setores. Beneplácitos para com a banca e os
banqueiros, ou para com os grandes empresários e multinacionais. Algozes, dizendo-se socialistas, para com muitas das prementes carências dos mais
carenciados e dos trabalhadores, dos funcionários públicos e muitos outros de várias
profissões ou ditos indiferenciados. Negando a saúde, a educação e o bem-estar de milhões de portugueses. Perante os cenários não podemos ser complacentes. Independentemente de alguma coisa (infima) ter aliviado das agruras dos portugueses. Mas pode fazer mais e melhor.
Não se podendo considerar tão
neoliberal e glutão, muitas vezes injusto e ladrão, como o governo anterior,
chefiado por Passos Coelho, PSD/CDS, o governo do PS, chefiado por Costa, não
anda tão longe do neoliberalismo quanto isso. Por variadas formas podemos
presenciar essas suas tendências e ações neoliberais. O caso do furo para
exploração futura de petróleo em Aljezur é flagrante, as carradas de hipocrisia
são evidentes. Disso nos dá conta a notícia que se segue. Não é por acaso que
este governo PS, o PS, Costa, estão a baixar consideravelmente nos índices de
apreciação e de resultados de futura eleição. Quer dizer: o PS, baixa uns “furos”
na sua posição em sondagem, apesar de ainda se manter acima do PSD, mas o PSD
está a subir. Isso mesmo traremos ao Página Global proximamente. (MM | PG)
Furo de petróleo em Aljezur com
prémio europeu de pior subsídio a combustíveis fósseis
A atribuição da licença para
pesquisa de petróleo ao largo de Aljezur, no Algarve, foi considerada o pior
subsídio a combustíveis fósseis na Europa. "Prémio" atribuído pela
Rede Europeia para a Ação Climática.
Entre os oito países selecionados
para votação final à escala europeia, "em primeiro lugar, com a medalha de
ouro, ficou Portugal", com o furo de prospeção de petróleo na zona de
Aljezur, disse à agência Lusa o presidente da Associação Sistema Terrestre
Sustentável, Zero, Francisco Ferreira.
É a segunda vez que a Rede
Europeia para a Ação Climática (CAN Europa), que junta 140 organizações de mais
de 30 países e a que pertence a Zero, promoveu o prémio europeu para os piores
subsídios aos combustíveis fósseis (European Fossil Fuel Subsidies Awards 2018).
"Considerou-se que a
atribuição da licença correspondente ao título de utilização privativa do
espaço marítimo" ao largo de Aljezur, "configurava claramente uma
situação de estímulo ao uso de combustíveis fósseis no futuro" pelo Governo
português, explicou Francisco Ferreira.
Trata-se da licença ao consórcio
Galp/Eni para realizar uma sondagem de pesquisa ao largo de Aljezur e
eventualmente prosseguir com a exploração de petróleo.
As organizações ambientalistas
identificaram situações em cada um dos países que podiam ser candidatas à
edição de 2018 do prémio europeu e, na fase final, ficaram França, Espanha
Itália, Noruega, Áustria, Bulgária e Polónia, além de Portugal, seguindo-se uma
votação 'online'.
O pódio é ainda ocupado pela
Polónia, classificada em segundo lugar pelo incentivo a centrais de carvão
obsoletas, e por Espanha, em terceiro lugar, por subsidiar a utilização de
carvão nas ilhas Baleares, "bloqueando o desenvolvimento da produção de
eletricidade a partir da energia solar", segundo informação da Zero.
A atribuição deste primeiro
prémio a Portugal "vai ter uma enorme visibilidade à escala europeia e vai
ser dramático do ponto de vista dos decisores políticos, nomeadamente em
Bruxelas, e muito embaraçoso para o nosso país", salientou o presidente da
Zero.
Por um lado, justificou, Portugal
"é visto como estando na frente do combate às alterações climáticas, um
dos países mais ambiciosos no que respeita à eficiência energética, às
renováveis, a bater recordes nessa matéria e a receber elogios internacionais".
Por outro lado, "é o país
que recebe uma medalha de ouro evocando o investimento que vai começar a ser
feito em combustíveis fósseis, completamente contrário àquilo que tem sido a
imagem de marca de Portugal, nomeadamente ao procurar ser neutro em carbono em
2050", criticou o especialista em alterações climáticas.
"Esta 'distinção' traz o
reconhecimento de que o Governo tem ignorado a opinião pública que se tem
manifestado em enorme número, principalmente na zona do sudoeste alentejano e
no Algarve, contra a prospeção e exploração de petróleo e gás em
Portugal", defendeu ainda o presidente da Zero.
Para Francisco Ferreira, "é
inaceitável que o Governo continue a favorecer o acesso das companhias
petrolíferas, quer nacionais, quer estrangeiras, à área de exploração marítima
e de conservação marítima que deve ser devidamente preservada".
"É do mais contraditório e
prejudicial à imagem do país, com responsabilidades diretas deste Governo que
não cancelou a possibilidade de se iniciar este processo de prospeção de
petróleo em Aljezur", resumiu o investigador.
A prospeção de petróleo na costa
vicentina tem a oposição de autarcas, da Região de Turismo do Algarve e de
dezenas de associações locais e nacionais, e "foi já chumbada de forma
inequívoca em duas consultas públicas" realizadas à população e às
autarquias, segundo a Zero.
Jornal de Notícias | Foto: Leonardo
Negrão / Global Imagens
1 comentário:
Sem perceber como pretende pagar pela resolução das "carências dos mais carenciados e dos trabalhadores, dos funcionários públicos e muitos outros de várias profissões ou ditos indiferenciados," ou pela "saúde, a educação e o bem-estar de milhões de portugueses" se nao houver investimento.
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