Popularidade de Costa e
desempenho dos socialistas estão a cair na avaliação dos portugueses, conclui
sondagem da Aximage. Maioria absoluta está mais difícil, mas ainda não pelo
impacto de Rui Rio.
As expetativas dos portugueses em
relação ao Governo estão mais baixas, as intenções de voto no PS caíram e a
popularidade do primeiro-ministro também já conheceu melhores dias. Estas são
três das principais conclusões da sondagem da Aximage para o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, segundo a qual os socialistas estão
mais distantes de uma maioria absoluta do que há um ano.
A sondagem revela que 38%
dos inquiridos têm intenção de votar no PS, uma preferência que parece estar a
diminuir: eram 39,2% em março, 40,6% em fevereiro e 42% há precisamente um ano.
Isto significa que os socialistas, mesmo reunindo os votos suficientes para
ganhar eleições, continuariam a precisar do apoio de outros partidos para
garantir uma maioria parlamentar.
Nesta avaliação, o
CDS de Assunção Cristas tem a maior subida nas intenções de voto, passando
de 5,4 para 7%. Ainda assim, continua em quinto lugar numa lista em que a CDU
(PCP e PEV) sobe ligeiramente (de 7,4 para 7,7%), mas não o suficiente para
ultrapassar o Bloco de Esquerda, que se mantém com 10% das intenções de voto.
O desempenho do governo também
não mereceu melhoria de nota. Se, há um ano, metade dos inquiridos pela Aximage
considerava que o executivo de António Costa estava a governar acima das
expetativas, hoje são apenas 44% (há um mês eram 48%). Uma queda alinhada com
as próprias notas dadas à governação: a percentagem de desapontados com o
desempenho do governo aumentou de 8,6% em abril do ano passado para 11,2% este
mês. Com base nestes indicadores, a Aximage estima um índice de expetativas de
56 pontos, abaixo dos 62 pontos calculados no ano anterior, quebrando assim uma
tendência de recuperação iniciada em janeiro deste ano.
No campo individual, António
Costa também baixa a nota: passa de 15,6 pontos em junho do ano passado (a nota
mais alta) para 13,7 em abril deste ano. Isto depois de uma descida na segunda
metade de junho — que se pode explicar pelo efeito dos incêndios de verão
— e de uma ligeira recuperação já no arranque deste ano. Mesmo perdendo
alguns pontos no favoritismo dos portugueses, António Costa não perde espaço
para o líder do PSD: Rui Rio também perde pontos no barómetro de
confiança dos eleitores, somando apenas 26,4%.
Observador | Foto: Mário Cruz/Lusa
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