domingo, 31 de março de 2019

APONTAMENTOS SOBRE ÁFRICA, de Martinho Júnior

2º LANÇAMENTO DO LIVRO FOI ONTEM EM LUANDA

Martinho Júnior, Luanda 

1- No momento em que a Comunidade da Segurança do Estado procura substantivamente capacidades de harmonia que durante mais de três décadas andaram arredias…

No momento em que na ASPAR se vai realizar a 2ª sessão da IVª Assembleia Geral Ordinária, prevista para 30 de Março de 2019, em local ainda por designar no Zango III…

No momento em que faço parte do mandato que cessa e se abre a oportunidade a outro mandato que terá imensas responsabilidades sobre o muito que há a fazer depois de tantos anos em que se teve de responder com métodos de resistência e advocacia à guerra psicológica que contra pelo menos uma arte da comunidade foi movida…

Coincidindo com o acto da 2ª sessão vai ser feito a do 2º lançamento do livro editado pelo INIS (Instituto de Informações e Segurança),“Apontamentos sobre África”, de que sou autor.

2- Julgo que essa é uma muito modesta contribuição para se levar a cabo a tão necessária conversão mental de que tanto necessita a Comunidade da Segurança do Estado.

A nível da ASPAR, mais que sua representação é premente a participação e o protagonismo associativo, de forma a melhor mobilizar e incentivar os seus membros face a um acumular de fragilidades, vulnerabilidades e traumas.

 
Nesse sentido, no sentido da participação e do protagonismo associativo numa Instituição de Utilidade Pública com mais de trinta mil membros espalhados por todo o espaço nacional e alguns no exterior, passarei a dar meu humilde contributo patriótico por que, se um dia houve porta de entrada, por patriotismo, por dignidade e pelas mais profundas convicções, não deverá alguma vez haver porta de saída, apesar de mais de 30 anos de relativa hostilização e marginalidade que tantos prejuízos ao fim e ao cabo nos foram acarretando e às nossas frágeis famílias e antes de mais atingiram a essência e o carácter do próprio estado angolano!

A harmonia não poderá colocar de lado o rigor, pois é premente que o estado angolano volte a ser o fiel depositário de todos os interesses do povo angolano, algo que é um imenso desafio face à conjuntura global actual, um desafio que se vai estender necessariamente nas próximas décadas, pois há todo um povo para galvanizar, mobilizar e erguer do subdesenvolvimento crónico que se arrasta desde um passado remoto!


Acima de tudo é necessário colocar nossas pernas no futuro, garantir o seguimento da luta do movimento de libertação numa lógica com sentido de vida, lutar por uma geostratégia para um desenvolvimento sustentável e equacionar a cultura de inteligência numa atmosfera de paz, de aprofundamento da democracia e de respeito para com a Mãe Terra.

A solidariedade não poderá nunca ser abandonada, antes deverá se reforçada e uma constante atenção para se construir unidade e coesão de acção nas decisões torna-se num factor determinante para se poder avançar!

“Apontamentos sobre África” é apenas um minúsculo grão na construção dum abrangente património comum aberto à civilização e às janelas de felicidade que urge continuar a construir em benefício do povo angolano!

Haverá alguma outra forma para contribuir na garantia de independência, de soberania, de honestidade, de dignidade, de internacionalismo, de solidariedade e de coerência para com um dos mais sofridos povos da Terra?

Martinho Júnior - Luanda, 24 de Março de 2019

Do anterior:

Imagens:
Capa do livro
Martinho Júnior enquanto esperava um café curto “às primeiras horas do dia-a-dia”…

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