@Verdade | Editorial
A cada dia que passa fica claro
que o partido Frelimo é uma fábrica de fazer ladrões. Aliás, quando o assunto é
produzir ladrões dos cofres de Estado, o partido Frelimo não tem mãos a medir.
A actual situação que se vive no nosso país é paradigmático da qualidade e
quantidade de indivíduos que se apoderam dos bens públicos para o benefício
próprio e do partido no poder, deixando os moçambicanos cada vez mais na mais
desgrenhada miseria.
O mais curioso é que esta fábrica
produz ladrões de grande gabarito, todos eles ocupando posições chaves no
Governo. Desde o então ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e
Religiosos, passando pela antiga PCA do Fundo de Desenvolvimento Agrário.
Aliás, para além do ex-ministro
das Finanças e a sua turma que deixaram o país à beira do abismo, também a
antiga ministra do Trabalho fez das suas durante o seu reinado. Ela recebeu
subornos de 100 milhões de meticais para favorecer empresas de construção civil
e do sector gráfico em contratos com a Segurança Social.
À semelhança de outros ladrões
fabricados pelo partido Frelimo, quando questionada, a ex- -governante afirmou
que parte do valor foi usado para o partido, especificamente para apoiar a
campanha eleitoral de Filipe Nyusi. E o mais caricato é o silêncio do partido e
do seu presidente, o que de certa maneira demonstra a sua cumplicidade nesses
rombos.
Temos assistidos as figuras
ligadas ao partido no poder cada vez mais ricos, por um lado, e por outro, a
população continua cada vez mais pobres, a receberem algumas migalhas de esmola.
Mas, o mais preocupante e revoltante nessa história toda é que os ladrões
continuam a circular pelas artérias do país, zombando os moçambicanos honestos
que, com muito suor e até sangue, contribuem com os seus impostos.
A verdade é que, se os
moçambicanos não se puserem a pau e se, como povo, não sairem todos a rua, o
Governo da Frelimo, mais os autarcas e os deputados das mesmas cores políticas
vão mesmo arrastar o país para a desgraça mais do que se encontra, o que
deixará a população a minguar.
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