Primeira-ministra diz que a culpa
é não haver uma posição comum no maior partido de oposição em relação a avançar
para a saída da União Europeia ou realizar um segundo referendo.
A primeira-ministra britânica,
Theresa May, defendeu esta sexta-feira que as negociações com o Labour foram
construtivas e que houve progresso, admitindo contudo que há áreas onde o
acordo não foi possível. Mas apontou o dedo ao Partido Trabalhista e ao facto
de não haver "uma posição comum em relação a garantir o Brexit ou fazer um
segundo referendo que possa reverter o resultado o primeiro".
May discursou num evento em
Bristol, o primeiro ato de campanha para as europeias em que participa. Esta
manhã, o líder do Labour, Jeremy Corbyn, disse que as "negociações foram o
mais longe que podiam", alegando que há lacunas importantes entre os dois
partidos em relação ao tema e que a "crescente debilidade e instabilidade
do governo" fazem com que não haja confiança na capacidade de garantir o
que for acordado.
A primeira-ministra disse que vai
voltar a apresentar legislação sobre o Brexit, tendo em conta as negociações
que teve com o Labour. "Vamos também considerar se temos votos para ver se
as ideias que saírem garantem uma maioria na Câmara dos Comuns", defendeu.
"Mas quando chegar a hora de os deputados votarem, vão ter uma escolha
dura: votar para garantir o resultado do referendo, votar para garantir o
Brexit, ou fugir novamente com toda a incerteza que isso trará",
acrescentou.
O acordo de Brexit negociado
entre May e Bruxelas já foi chumbado três vezes pelo Parlamento britânico.
Susana Salvador | Diário
de Notícias
Na foto: Theresa May num evento
de campanha para as europeias em Bristol. © Reuters/Toby Melville
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