Com a manutenção de uma maioria
de deputados entre PS e PSD no Parlamento Europeu mantém-se um
cenário representativo de uma maioria que não defende a soberania nacional e as
populações.
Com os resultados praticamente
apurados, o PS elege nove eurodeputados, o PSD seis, o BE dois, a CDU
dois, CDS-PP e PAN um cada, num quadro em que faltam ainda apurar
resultados de consulados mas sem influência na distribuição de mandatos.
A principal conclusão a retirar
destas eleições é a manutenção de uma maioria de deputados ao Parlamento
Europeu (PE) que tem desenvolvido a sua actividade em consonância com a
política definida nas instituições europeias, com todas as consequências
negativas para o País, de que são exemplos o Memorando da Troika ou os pactos
de estabilidade e crescimento.
Num contexto político
bastante diferente daquele que se vivia em 2014, com Portugal a eleger 21
eurodeputados pela segunda vez, num quadro de quebra da representação portuguesa
no PE. Em 1999 foram eleitos em Portugal 25 eurodeputados, em 2009 apenas 22.
O resultado, por consequência,
traduz-se numa maior dificuldade de voz dos interesses do povo e do País no PE,
o que faz redobrar a expectativa e o alerta relativamente às legislativas de
Outubro. Desde logo, no que respeita à manutenção e prosseguimento de políticas
em sentido positivo para as populações e os trabalhadores, que não seja
determinada pela União Europeia (UE) e os seus constrangimentos.
As eleições para o PE registaram
hoje em território nacional uma taxa de abstenção de cerca de 69%. Em 2014, nas
últimas eleições para o PE, a abstenção situou-se nos 66,2%, tendo sido
considerada então a mais elevada de sempre em actos eleitorais.
Perante uma campanha eleitoral em
que várias forças políticas, com particular destaque para PS, PSD e CDS-PP, se
desviaram das questões centrais para o País, muitos eleitores não terão
identificado, por essa via, que estas eleições tivessem relação com a sua
vida.
Estas eleições contaram ainda com
um projecto piloto do voto electrónico, ao qual aderiram um terço dos
votantes do distrito de Évora.
AbrilAbril | Foto: Patrick Seeger
/ EPA
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