Os primeiros camiões-cisterna
para o cumprimento dos serviços mínimos no âmbito da greve que começou esta
segunda-feira deverão sair de Aveiras de Cima a partir das 8h00, adiantou o
Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas.
“Os trabalhadores receberam um
SMS das empresas para iniciarem funções só a partir das 8h00. Portanto, a
partir dessa hora saem daqui [CLC - Companhia Logística de Combustíveis] e das
sedes das empresas", referiu à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos
Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Francisco São Bento.
No entanto, o sindicalista
queixou-se de que o sindicato ainda não recebeu da Associação Nacional de
Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) a listagem dos
serviços mínimos a efetuar.
Os motoristas de matérias
perigosas e de mercadorias iniciaram às 0h00 desta segunda-feira, uma greve por
tempo indeterminado.
Mais de uma centena de motoristas
continuam concentrados em piquete de greve na sede da CLC - Companhia Logística
de Combustíveis, em Aveiras de Cima, no concelho de Azambuja, distrito de
Lisboa,
A 15 de julho, o Sindicato
Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o SNMMP entregaram um
pré-aviso de greve e no sábado, após a realização de um plenário conjunto,
decidiram manter a paralisação, na sequência de negociações infrutíferas nas últimas
semanas com a Antram sobre progressões salariais.
Durante as primeiras horas do
dia, o executivo liderado por António Costa irá avaliar o cumprimento dos
serviços mínimos decretados, que variam entre os 50% e os 100%, e está
preparado para aprovar, através de Conselho de Ministros eletrónico, a
requisição civil.
O primeiro-ministro advertiu, no
domingo, que as forças de segurança foram instruídas para assegurar o
"devido sancionamento" em caso de incumprimento de uma eventual
requisição civil, apelando para que impere o "bom senso".
O centro de coordenação
operacional da Proteção Civil está desde domingo a avaliar duas vezes por dia
quais as necessidades de resposta no âmbito do planeamento civil de emergência,
face à greve dos motoristas.
Portugal está, desde sábado e até
às 23h59 de 21 de agosto, em situação de crise energética, decretada pelo
Governo devido a esta paralisação, o que permitiu a constituição de uma Rede de
Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), com 54 postos prioritários e 320
de acesso público.
TSF | Lusa | Foto: Luís
Forra/Lusa
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