Uma juíza britânica decidiu hoje
que o ativista australiano Julian Assange vai permanecer na prisão enquanto
aguarda o julgamento, em fevereiro, que decidirá a sua eventual extradição para
os Estados Unidos.
Assange, 48 anos, deveria sair da
prisão HMP Belmarsh, a oeste de Londres, em 22 de setembro, e após
cumprir uma sentença por ter violado as condições da sua liberdade condicional
no Reino Unido em 2012.
No decurso de uma deslocação à
Corte de Magistrados de Westminster, a juíza Vanessa Baraitser decidiu
que o fundador do WikiLeaks permanecerá privado de liberdade devido
ao seu "historial de evasão".
"Na minha perspetiva,
há motivos substanciais para crer que, se for libertado, voltará a fugir",
considerou a magistrada.
Assange, que comparecer por
videoconferência desde a prisão, foi questionado se compreendia a situação em
que se encontra. "A verdade é que não, mas estou certo que os meus
advogados vão explicar-me", respondeu.
Em fevereiro está
previsto o julgamento de extradição para os Estados Unidos, com as acusações
emitidas pela administração da Casa Branca a implicarem uma condenação até 170
anos de prisão.
O ativista australiano
foi detido pela polícia britânica no início de abril na embaixada
do Equador em Londres, onde se refugiou durante sete anos devido aos receios de
ser extraditado para os EUA.
Washington acusa-o de ter
divulgado milhares de documentos secretos no seu portal WikiLeaks, e de
"conspiração" para se infiltrar nos sistemas informáticos
governamentais.
Em junho de 2012 Assange deveria
comparecer perante a justiça britânica para responder a supostos
abusos sexuais cometidos na Suécia.
Apesar de o país escandinavo ter
posteriormente retirado o pedido de extradição, o Reino Unido manteve o mandado
de captura para não ter comparecido em tribunal quando foi convocado, e que
implicou a pena de prisão que agora está em vias de terminar.
Notícias ao Minuto | Lusa | Foto:
© Reuters
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