Após declarações feitas pelo
secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante o 30º aniversário da queda
do Muro de Berlim, Pequim acusa-o de ter "mentalidade de Guerra Fria anacrónica".
A declaração é uma resposta ao discurso de Pompeo na ocasião do 30º aniversário da queda do
Muro de Berlim, quando o secretário de Estado afirmou que o Partido
Comunista chinês "usa táticas e métodos para suprimir seu próprio povo que
seriam horrivelmente familiares aos antigos habitantes da Alemanha de
Leste".
Pompeo acrescentou que Washington
teria deixado claro que Pequim deveria "honrar o seu compromisso" de
manter o princípio de "um país, dois sistemas", que
confere um status diferenciado a Hong Kong.
Pequim rejeitou os "ataques infundados e maliciosos" de Pompeo contra
o governo chinês.
De acordo com o porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, algumas
personalidades nos EUA "tentam construir um muro ideológico entre as empresas chinesas e
estrangeiras".
Durante um briefing de rotina à
imprensa, Geng acusou Pompeo de ignorar os interesses do povo norte-americano e
perseguir objetivos políticos, incitando o secretário de Estado a "abandonar seu posicionamento ideológico enviesado e mentalidade
anacrônica da Guerra Fria".
Mike Pompeo visitou Berlim para
participar das comemorações do 30º aniversário da queda do Muro de Berlim. Na sexta-feira (9), o secretário
de Estado disse que os EUA e seus aliados deveriam 'defender o que conquistamos
a duras penas [...] em 1989" e "reconhecer que estamos em uma
competição de valores com nações não-livres".
O discurso proferido em Berlim
segue uma tendência de endurecimento da retórica contra a China por parte do
secretário de Estado dos EUA.
Em outubro, Pompeo havia classificado Pequim de ser "verdadeiramente
hostil" aos Estados Unidos e defendeu o aumento da pressão sobre
o país asiático em diversas frentes.
Sputnik | Imagem: © AP Photo /
Andy Wong
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