domingo, 28 de abril de 2019

PSOE vence eleições e procura parceiros para governar Espanha


O PSOE venceu as eleições gerais espanholas, mas sem obter a maioria absoluta de 176 deputados. Pedro Sánchez tem agora de encontrar uma solução governativa estável para governar.

Com mais de 90% dos votos contados, o PP manteve-se como a segunda força política do país, mas perdeu poder naquela que foi a pior noite eleitoral da história do partido.

O partido liberal Ciudadanos é a terceira força, logo seguido pelo partido de esquerda Podemos, que poderá ajudar o PSOE a formar uma maioria governativa, ainda que seja necessário o apoio de força políticas regionais, como os nacionalistas bascos ou os independentistas catalães.

A extrema-direita do Vox conseguiu entrar na assembleia com mais de 20 deputados.

Contagem de deputados até ao momento:

PSOE: 122 (122 em 2016)
PP: 65 (85 em 2016)
Ciudadanos: 57 (32 em 2016)
Podemos: 42 (71 em 2016)
Vox: 24

Jornal de Notícias

Hitler gargalhava quando o nazismo era confundido com a esquerda



O que Adolf Hitler diria do disparate de que o nazismo “é de esquerda”, como afirmam o presidente Jair Bolsonaro, o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, e o guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho? Ele provavelmente iria rir alto.

De fato, gargalhar era o que Hitler e seus colegas nazistas faziam quando eram confundidos com os “vermelhos”, com quem disputaram na porrada o poder durante os turbulentos anos que antecederam o início do Terceiro Reich. Quem conta é o próprio Hitler, em “Minha Luta”, o misto de autobiografia e manifesto de ódio lançado em 1925 no qual a ideologia nazista foi consolidada.

Em um capítulo devidamente intitulado “A Luta com os Vermelhos”, Hitler narra como seu partido era muitas vezes confundido com o do seus inimigos da esquerda, principalmente pelos “burgueses comuns” que, escreveu Hitler, “ficavam muito chocados por nós termos também recorrido à simbólica cor vermelha do bolchevismo”.

Segundo ele, muitas pessoas “nos círculos nacionalistas sussurravam que éramos apenas uma variação de marxistas, talvez marxistas disfarçados ou, melhor, socialistas.” Mais do que a cor vermelha, escreveu o futuro Führer, esses “nacionalistas” pareciam preocupados com a linguagem usada pelos nazistas, que chamavam um ao outro de “camaradas”, como comunistas faziam.

"As acusações suecas" | Contestação de Julian Assange em 14-15/Novembro/2016


Daniel Vaz de Carvalho [*]

O presente texto é basicamente uma resenha da contestação de JA prestada em 14 e 15 de novembro de 2016 na embaixada do Equador, legalmente protegida. O documento está disponível em https://justice4assange.com/IMG/html/assange-statement-2016.html

1- O que está em causa

O caso Julian Assange (JA) evidencia a decadência da UE quanto a valores democráticos, da própria justiça e liberdade individual, tão apregoadas quando se trata de defender os interesses do capital. Mostra como a submissão ao imperialismo é como um vírus que destrói a soberania e o direito internacional, envolvendo países antes apresentados como referências do Estado de direito democrático, transformando-os em vassalos ao serviço de uma "nova ordem" iníqua.

Não podemos deixar de referir o silêncio cúmplice ou a verborreia colaboracionista nos media, a ausência de posição mesmo de sindicatos de jornalistas na UE. Tudo o que se passou e passa é algo absolutamente inadmissível para qualquer país civilizado, em que a traição do atual governo do Equador se tornou parte ativa.

JA foi submetido a detenções ilegais e politizadas desde 2010, sem culpa formada, em prisão solitária de alta segurança britânica, residência vigiada e desde 2012 na embaixada do Equador em Londres, donde foi retirado à força pela polícia com invasão permitida pelo Equador do seu território diplomático. 

Coletes amarelos feridos em França querem novo movimento: 'os mutilados'


Os manifestantes feridos pela polícia francesa que pertencem ao movimento social coletes amarelos decidiram formar um grupo denominado "Os Mutilados" e apelaram à presença na manifestação em Paris de 26 de maio.

"Decidimos formar um grupo, 'Os Mutilados', por exemplo" contou Robin Pages, numa conferência de imprensa realizada em Gennevilliers (Paris), manifestante que sofreu uma lesão grave no pé em 2017 em Bure (nordeste), onde está previsto ser construído um aterro para lixo nuclear.

Hoje, 19 pessoas que ficaram feridas com balas de borracha ou por granadas lançadas pela polícia apresentam o movimento que, dizem, pretende "combater a repressão ultraviolenta" e deseja proibir o "uso destas armas de guerra".

"Estão aqui e estão apenas 26 olhos a olharem para vocês. Façam as contas", afirmou Jerome Rodrigues, um dos "coletes amarelos" feridos numa manifestação realizada em janeiro, em Paris.

Espanha/Eleições | Votaram mais eleitores até às 14h00 do que em 2016


A taxa de participação nas eleições gerais de Espanha era de 41,48% às 14:00 (13:00 em Lisboa) de hoje, quase cinco pontos percentuais acima da mesma taxa nas eleições anteriores, de 26 de junho de 2016 (36,87%), segundo dados oficiais.

Quase 37 milhões espanhóis estão a exercer o seu direito de voto desde as 09:00 (08:00 em Lisboa) até às 20:00 (19:00) para escolher os 350 deputados e 208 senadores das Cortes Gerais, havendo ainda eleições para o parlamento regional na Comunidade Valenciana.

Cerca das 18:30 (17:30 de Lisboa) serão divulgados os dados oficiais da participação até às 18:00 e logo a seguir à hora de fecho das assembleias de voto, 20:00 (19:00), começarão a ser conhecidas as sondagens feitas à boca das urnas.

Os estudos de opinião feitos nos últimos dias indicaram que haverá cinco partidos que terão mais de 10% de votos, sendo o PSOE (socialista) o favorito com cerca de 30%, longe da maioria absoluta, seguido do PP (Partido Popular, direita) com quase 20% e um grupo de três partidos entre 10 e 15%: Cidadãos (direita liberal), Unidas Podemos (extrema-esquerda) e Vox (extrema-direita).

Os estudos de opinião feitos nas últimas semanas também davam conta da existência de uma percentagem elevada de indecisos, superior 40%.

Lusa | Notícias ao Minuto | Foto: Reuters

Portugal | Jerónimo exige "fim da promiscuidade" na Saúde entre público e privado


O secretário-geral do PCP exigiu hoje o "fim da promiscuidade" entre o setor público e privado no Serviço Nacional de Saúde, durante um almoço comemorativo do 45.º aniversário do 25 de abril em Vila do Conde, Porto.

"O PCP tem-se batido por uma nova lei [de Bases da Saúde] que inscreva como objetivo central a valorização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) universal, geral e gratuito, com gestão pública. Objetivo que exige o fim da promiscuidade entre o setor público e privado, desde logo com o fim das Parcerias Público-Privadas (PPP)", declarou Jerónimo de Sousa.

Num discurso escrito, de seis páginas, o líder comunista reforçou a ideia de que o país precisa de "avançar no caminho de Abril" e de "avançar com uma Lei de Bases da Saúde e uma política que defenda o SNS e o direito à saúde de todos os portugueses, reforçando os direitos sociais".

Empresas lusas na China é "mais importante" do que da China em Portugal


O Presidente da República considerou hoje que a presença na China de empresas portuguesas "é muito mais importante" do que a das empresas chinesas em Portugal e expressou a ambição de "exportar mais" para o mercado chinês.

Marcelo Rebelo de Sousa falava perante representantes de alguns dos maiores exportadores portugueses para o mercado chinês, como a empresa de celulose Caima, a cervejeira Super Bock, as construturas Mota-Engil e Teixeira Duarte, o grupo têxtil TMG e a empresa de calcários Filstone.

O chefe de Estado recebeu os empresários portugueses num jantar em Pequim, na residência do embaixador de Portugal na China, depois de no sábado ter jantado no mesmo lugar com dirigentes das principais empresas chinesas com investimentos em Portugal, entre as quais China Three Gorges, State Grid, Fosun e Haitong.

Portugal-UE | E afinal quando são as eleições?


Domingos de Andrade* | Jornal de Notícias | opinião

Se as quatro perguntas que fizemos na sondagem sobre as eleições europeias da Pitagórica para o JN e TSF fossem um teste, 83% dos inquiridos teriam chumbado.

Desconhecem quantos países constituem a União Europeia, o nome do presidente da Comissão Europeia, ou o número de eurodeputados portugueses. Mais grave, 71% não sabem sequer quando se realizam (a 26 de maio) e muitos outros arriscam datas erradas. Poderia ser mais sério se os inquiridos evidenciassem um desprezo pela UE, mas a esmagadora maioria está feliz com a pertença ao clube do euro. Das boas notícias, portanto. Das más está a justificação para o alheamento. Os inquiridos reconhecem que o seu voto é depositado em função de questões nacionais, um sinal a dar ao Governo em exercício, que o atual assumiu em pleno nesta campanha.

Portugal | PCP espera que "desavença" entre Governo e BE "não sirva de álibi"


O secretário-geral do PCP desafiou hoje o PS a não usar divergências com o BE para se afastar de um Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito e criticou a divulgação de "pseudo-acordos" que deveriam continuar privados.

Questionado sobre a "desavença" dos socialistas com o Bloco de Esquerda quanto à Lei de Bases da Saúde, Jerónimo de Sousa disse esperar que "não sirva de álibi para o problema que atualmente existe", responsabilizando o Governo do PS por "encontrar uma solução" para o problema das Parcerias Publico Privadas (PPP) no setor.

"Efetivamente há uma responsabilidade particular do Governo do PS, que não se pode escudar através deste acontecimento, deste episódio" e tem que "encontrar uma solução para o problema em relação às PPP, confirmando até os passos que tinha dado", disse o secretário-geral do PCP.

Portugal | Ana Gomes considera imoral regime fiscal para residentes não habituais


Lisboa, 27 abr 2019 (Lusa) - A eurodeputada socialista Ana Gomes insurgiu-se hoje contra o regime fiscal dos residentes não habituais em vigor em Portugal, considerando-o uma "discriminação total" contra os portugueses, e defendeu que são precisos "eurocríticos e não eurobeatos".

Estas mensagens foram deixadas pela ainda deputada do PS no Parlamento Europeu numa conferência promovida pelo Bloco de Esquerda sobre combate aos paraísos fiscais, que decorreu na Fundação José Saramago, em Lisboa.

Falando antes da intervenção da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, a antiga diplomata começou por elogiar medidas adotadas por este Governo para reforçar a transparência no sistema fiscal nacional, como a ilegalização das ações ao portador, mas, depois, deixou duras críticas à vigência do regime fiscal aplicado a residentes não habituais no país.

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