quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Portugal | Escola secundária manda 21 turmas para ensino à distância em Palmela

Alunos de 21 turmas do 11.º e 12.º anos da Secundária de Palmela estão, desde terça-feira à tarde, em ensino à distância. A mudança de regime terá sido determinada pela falta de assistentes operacionais.

De acordo com um comunicado da diretora do estabelecimento, Isabel Ramada, na página do Facebook da secundária, na terça-feira, pouco antes da meia-noite, a escola teve de fechar um dos seus blocos depois de um assistente operacional ter testado positivo para a covid-19. O delegado de saúde terá mandado para casa em isolamento profilático outros cinco funcionários que estiveram em contacto mais próximo com o caso positivo na sua última semana ao serviço (7 a 11 de setembro). Estão todos assintomáticos e a aguardar a realização do teste, explica a diretora.

"A escola tem vários assistentes operacionais de atestado médico e ainda sem substituição e hoje, terça-feira, alguns não se apresentaram ao serviço devido ao plenário dos autocarros TST", lê-se no comunicado. Os restantes funcionários asseguraram o funcionamento das 8 às 16 horas mas a partir dessa hora sem assistentes para assegurar "a higienização dos espaços nem a segurança dos corredores" as atividades letivas terminaram às 15 e 40 horas. "Como as 48 turmas da escola não cabem nas salas de aula dos corredores que conseguimos manter em funcionamento foi necessário selecionar algumas turmas para transitarem para regime não presencial (à distância). Escolhemos as turmas de anos de alunos com mais autonomia e que já têm alguma experiência neste regime de ensino" - as do 11.º e 12.º anos.

Isabel Ramada acredita que os alunos possam regressar às aulas presenciais a partir de segunda-feira, dia 28.

O JN tentou contatar a escola e confirmar junto do Ministério da Educação quantas escolas mudaram alunos para o ensino à distância por casos positivos de covid-19 mas até ao momento ainda não recebeu respostas.

No início desta semana, recorde-se, a Básica de Penedono (Viseu) também fechou devido ao caso positivo de uma das três cozinheiras e na escola de 1.º ciclo das Laranjeiras, em Lisboa, as aulas também estiveram suspensas devido à falta de assistentes operacionais. Ambas já reabriram.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) recorda que a decisão de fecho e de passagem para ensino à distância tem de ser recomendada pelo delegado de Saúde e validada pela Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (Dgeste). "O diretor não tem esse poder", frisa. Para Filinto Lima, é "preciso encarar com naturalidade estes casos". Importante é que sejam de imediato aplicadas soluções como o ensino à distância, insiste.

Alexandra Inácio | Jornal de Notícias

Sem comentários:

Mais lidas da semana