sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Portugal | Covid-19: 31 mortes, o pior registo desde abril

Número de internados com novo recorde

Há ainda a registar 44 284 doentes ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.31 mortes: o pior registo desde abril. Número de internados com novo recorde

Foram confirmadas mais 2899 infeções e 31 vítimas mortais por causa da pandemia de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas. Desde 3 de abril que não se registavam tantas mortes, nesse dia foram confirmados 37 óbitos.

Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (22 de outubro), no total, desde que a pandemia começou, registaram-se 112 440 infetados, 65 880 recuperados (mais 1349 do que na quinta-feira) e 2276 mortes no país.

Neste momento, há 44 284 doentes ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde (mais 1519 do que na véspera).

O Norte, que ultrapassou a barreira dos mil mortos (1001), volta a ser a região com o maior número de novos casos: foram reportados mais 1516, o que representa 52,3% do total nacional. Foram confirmados mais 918 diagnósticos de covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo, 364 no Centro, 53 no Alentejo, 38 no Algarve, oito na Madeira e dois nos Açores.

Há mais 53 pessoas hospitalizadas, o que eleva para 1418 o número de internados, um valor nunca antes registado desde o início da pandemia. Até agora o número mais elevado tinha sido registado ontem: 1365 doentes.

Dos doentes hospitalizados, 198 estão em unidades de cuidados intensivos (menos dois do que ontem).

Os óbitos registados nas últimas 24 horas ocorreram no Norte (14), Lisboa e Vale do Tejo (nove), Centro (cinco), Alentejo (dois) e no Algarve (1).

Sobre as vítimas mortais, 24 tinham mais de 80 anos, quatro tinham entre 70 e 79 anos, e três estavam entre os 60 e os 69 anos.

A taxa de letalidade global é de 2,02% e, acima dos 70 anos, situa-se nos 11,4%.

O boletim da DGS indica ainda que as autoridades de saúde têm 57 455 pessoas em vigilância, mais 1646 do que na quinta-feira.

Ontem, Portugal voltou a bater um recorde de novos casos em 24 horas. Foram confirmadas mais 3270 infeções e 16 vítimas mortais por causa da pandemia de covid-19. Prevendo-se, segundo a ministra da Saúde, Marta Temido, que "este número de casos ainda vá aumentar nos próximos dias".

Aprovado uso obrigatório de máscara na rua nos próximos 70 dias

Parlamento aprovou esta sexta-feira o uso obrigatório de máscara em espaços ao ar livre por um período de 70 dias.

A proposta, que resulta de um projeto de lei apresentado pelo PSD, teve os votos favoráveis dos sociais-democratas e socialistas, bem como do CDS e do PAN. BE, PCP, PEV e Joacine Katar Moreira abstiveram-se. Só a Iniciativa Liberal votou contra.

O diploma (que pode consultar AQUI) foi aprovado na generalidade, especialidade e votação final global, cumprindo num passo todo o processo legislativo na Assembleia da República, o que significa que seguirá para promulgação do Presidente da República já nos próximos dias. Se Marcelo o promulgar de imediato, a medida poderá entrar em vigor no decorrer da próxima semana.

A iniciativa do PSD surgiu na sequência da proposta de lei apresentada pelo Governo na semana passada, que pretendia tornar obrigatório quer o uso de máscara quer da aplicação informática StayAway Covid.

Concelhos confinados. Governo adota medidas do estado de emergência

O Governo determinou na quinta-feira a proibição de circulação entre concelhos no fim de semana alargado que apanhará o feriado de Todos-os-Santos (1 de novembro), marcado pela tradição católica da deslocação das pessoas aos cemitérios para homenagearem os seus mortos.

A decisão foi tomada no Conselho de Ministros e irá vigorar no território continental no período entre as 00.00 de 30 de outubro (uma sexta-feira) e as 23.59 de dia 3 de novembro (a terça-feira seguinte).

"Cada cidadão não pode circular entre concelhos, como aconteceu no passado", revelou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. A ministra também afirmou que as "medidas de segurança" para os cemitérios são da competência das autarquias, não competindo ao Governo decretar o seu encerramento ou não.

Diário de Notícias

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