terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Chuvas em Angola provocam 41 mortes


A época chuvosa em Angola já provocou 41 mortos, destruiu mais de mil casas e afetou 2.498 famílias, num total de 11.990 pessoas, informou a Comissão Nacional de Proteção Civil.

Segundo o coordenador da Comissão Nacional de Proteção Civil, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, de agosto de 2019 à presente data, as chuvas destruíram 12 igrejas e quatro pontes e deixaram parcialmente destruídas 1.145 residências, havendo ainda o registo de 975 casas inundadas.

Os dados avançados esta quinta-feira (09.01) na primeira reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil dão conta ainda que, das 18 províncias do país, 12 foram afetadas: Luanda, Bié, Benguela, Huambo, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Namibe, Uíje e Zaire.

Eugénio Laborinho disse que as chuvas estão igualmente a causar problemas a nível de ravinas, de forma mais preocupante na Lunda Norte, Lunda Sul, Uíje, Zaire, Moxico, Cuando Cubango, Malanje e Bié, onde "estão a progredir de forma assustadora, ameaçando o corte da movimentação por estradas, destruição de infraestruturas, bem como o desenvolvimento destas localidades".

Angola | Cidadã russa Isabel dos Santos imune à extradição?


Partindo do princípio que a Rússia não extradita cidadãos seus, Isabel dos Santos pode escapar a um possível julgamento em Angola ou na Europa. Portanto, em caso de desespero, viver na Rússia poderá ser a sua salvação.

Isabel dos Santos disse numa recente entrevista ao Financial Times que já se está a preparar para responder judicialmente à decisão do arresto dos seus bens e do seu marido Sindika Dokolo em Angola, estimados em cerca de dois mil milhões de euros, segundo a própria.

Entretanto, a filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos mudou de residência, vive agora no Dubai, e assumiu a sua nacionalidade russa. Acredita-se que Isabel dos Santos viveu nos últimos meses entre Lisboa e Londres, assumindo a nacionalidade angolana.

Auto-defesa

Para José Milhazes, especialista em relações Rússia-PALOP, tudo não passa de uma medida preventiva por parte da empresária.

"É uma forma de se tentar defender face aos processos que lhe foram apresentados em Angola. Ela neste momento está numa situação muito delicada, tem de enfrentar sob o ponto de vista jurídico a justiça angolana, mas do ponto de vista político o Presidente João Lourenço", diz Milhazes. 

Mas politicamente a aposta da empresária ainda é uma charada: "É claro que este assumir da nacionalidade pode ser apresentado por Isabel dos Santos como um desafio, dizer que tem a proteção do país onde nasceu, da Rússia, país que diz ter forte influência em Angola. Dependendo do desfecho iremos ver se essa nacionalidade servirá para mais alguma coisa ou não."

EM 1965 PASSOU POR ÁFRICA UM METEÓRICO CHE!



“Che fue maestro y forjador de hombres como el, y consequente com sus actos, nunca dejó de hacer lo que predicaba, ni de exigirse a si mismo mas de lo que exigia a los demás” – Fidel sobre o Che, a 17 de Outubro de 1997, no livro “Cómo era el Che”, de José Mayo, que me foi oferecido em Julho de 2013, pelo saudoso camarada e amigo Jorge Silva, “Sapo”. (http://www.fidelcastro.cu/pt-pt/node/71958http://www.fidelcastro.cu/pt-pt/node/731).

Há 55 anos o encontro do Che com  o MPLA, em Brazzaville.

01- … E o Che foi fiel a si mesmo (http://www.cubadebate.cu/noticias/2018/10/08/soy-el-che-guevara/#.W7vCPCaNxjo), em relação à sua passagem por África:

Para lá das missões diplomáticas da nova diplomacia revolucionária cubana (http://www.granma.cu/mundo/2014-03-11/de-brazzaville-a-la-paz-definitiva) que desempenhou na 1ª metade da década de 60 do século passado, ele espreitou sempre a janela sobre como, no continente-berço, lutar de armas na mão contra os poderes mais opressivos na Terra, os poderes conjugados da opressão colonial, neocolonial e do “apartheid”!... (http://www.cubadebate.cu/especiales/2018/10/08/che-guevara-revolucion-y-diplomacia-1959-1965/#.W7vAzSaNxjo).

Com a doutrina do foco, ele quis que os revolucionários africanos se juntassem a ele no Congo em época da rebelião simba (1963-1965) pois considerava o Congo como fulcral para África travar a luta progressista contra a opressão, tendo em conta o facto do colonialismo ter levado o continente ao estado de prostração, próprio duma ultraperiferia económica subdesenvolvida e à mercê do poderio do império sincronizado com as suas transnacionais!... (https://www.rebelion.org/noticia.php?id=236502).

As características do subdesenvolvimento impediram na época os africanos de alcançar, sob o ponto de vista ideológico e prático, essa insuperável capacidade de altruísmo, solidariedade e internacionalismo do Che (http://www.cubadebate.cu/opinion/2017/10/02/che-guevara-un-hombre-muchos-ejemplos/#boletin20171002), de seus comandados e de sua intrínseca visão de paz global mas, apesar do Comandante ter considerado a sua passagem pelo Congo como “la historia de un fracasso”, Cuba Revolucionária não perdeu o ensejo de se aliar àqueles que, depois da Argélia, continuavam em África a legítima saga da luta armada contra o colonialismo, o neocolonialismo e o “apartheid”! (http://www.cubadebate.cu/especiales/2017/05/25/el-che-guevara-tambien-era-africano/#.XgoXJyZCdjo).

Ao instalar a guerrilha no sul do Kivu, num território dos Grandes Lagos imediatamente a oeste do Ruanda, do Burundi e da Tanzânia (nas montanhas próximas da margem ocidental do Lago Tanganika), reforçando os progressistas que haviam seguido e apoiado Patrice Lumumba (“simbas”), que na época se haviam juntado a Pierre Mulele, Antoine Gozenga e Laurent Kabila, o Che tinha já a noção antropológica e cultural de que os Grandes Lagos, enquanto nó hídrico garante de espaço vital e sedentarismo, era decisivo para o continente que possuía as maiores extensões de desertos quentes do globo e com isso deu-nos, apesar do fim de sua missão, desde logo a primeira grande lição que perdura até nossos dias! (http://www.cubadebate.cu/especiales/2015/04/05/un-medico-en-la-guerrilla-africana-en-el-congo-aprendi-mucho-con-el-che/#.XgoZNyZCdjo).

Os Grandes Lagos e a bacia do grande Congo, se houvesse uma guerrilha consequentemente irradiadora e com vontade de vencer, seria um ponto de partida para África a fim de sacudir uma a uma todas as cadeias que a amarravam ao passado e por isso Cuba Revolucionária, que acompanhou o sentido geoestratégico do Che sem desperdiçar os laços com o movimento de libertação em África, superou as espectativas na aproximação que passou a levar a cabo, desde o 1 de Janeiro de 1965, há 55 anos! (http://www.cubadebate.cu/opinion/2010/04/24/a-casi-medio-siglo-de-la-guerrilla-del-che-en-el-congo/#.XgoYnyZCdjo).

Uma facção iraniana oferece US $ 80 milhões para assassinar Donald Trump


Um comentador do principal canal da televisão pública iraniana declarou que a Nação iraniana podia mobilizar 80 milhões de dólares de recompensa para qualquer um que assassinasse o Presidente norte-americano Donald Trump.

Apenas a voz do apresentador era audível enquanto as imagens mostravam milhões de Iranianos acompanhando o caixão do General Qassem Soleimani. Esta mensagem foi amplamente difundida pela imprensa iraniana.

Continua a ignorar-se quem é o interlocutor do Estado profundo dos EUA no Estado iraniano.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

Iraque: o erro de Soleimani e o desastre de Trump


Irão perdia influência no país: general coordenava repressão violenta aos protestos, e com isso os insuflava. Então, houve o ataque ao aeroporto de Bagdade — e revelou-se o principal inimigo da liberdade iraquiana

Patrick Cockburn | Outras Palavras | Tradução Cauê Seigner Ameni, da Autonomia Literária

Os iraquianos têm um instinto aguçado para saber se há perigo próximo, graças a sua experiência tenebrosa de 40 anos de crise e guerra. Há três meses, perguntei a uma amiga em Bagdade como ela e seus amigos viam o futuro: afinal o Iraque me parecia estar em seu momento mais pacífico desde a invasão norte-americana e britânica, em 2003.

Ela respondeu que o clima geral entre as pessoas que conhecia era sombrio, por acreditarem que a próxima guerra entre os EUA e o Irão poderia ser travada no Iraque. Disse: “muitos dos meus amigos estão com tanto medo da guerra entre EUA e Irão, que estão usando o sua indemnização, ao deixar o serviço do governo, para comprar casas na Turquia”. Ela estava pensando em fazer o mesmo.

Meus amigos iraquianos acabaram tendo razão em seu prognóstico angustiante: a morte do major-general iraniano Qassem Soleimani, por um drone dos EUA no aeroporto de Bagdade, foi um ato irresponsável do presidente Donald Trump, que garante ao Iraque um futuro violento. Pode não levar a um conflito militar em larga escala, mas servirá de arena política e militar onde a rivalidade EUA-Irão será travada. Os iranianos e seus aliados iraquianos podem ou não realizar novas retaliações, mas seu contra-ataque mais importante será pressionar o governo, o parlamento e as forças de segurança do Iraque para remover os EUA de seu país.

A hora de Putin está próxima


Paul Craig Roberts

Vladimir Putin é o líder mais impressionante no cenário mundial. Ele sobreviveu e ascendeu numa Rússia corrompida por Washington e Israel durante os anos Yeltsin e restabeleceu a Rússia como potência mundial. Ele tratou com êxito da agressão americana/israelense contra a Ossécia do Sul e contra a Ucrânia, incorporando, a pedido da Crimeia, aquela província russa de volta à Mãe Rússia. Ele tem tolerado insultos e provocações intermináveis de Washington e do seu império sem responder da mesma forma. Ele é conciliatório e um pacificador a partir de uma posição de força.

Ele sabe que o império americano, baseado na arrogância e na mentira, está a fracassar na óptica económica, social, política e militar. Ele entende que a guerra não serve a nenhum interesse russo.

O assassinato de Qasem Soleimani, um grande líder iraniano, na verdade um dos raros líderes da história mundial, empanou a liderança de Trump e focou os holofotes sobre Putin. O cenário está preparado para Putin e a Rússia assumirem a liderança mundial.

O assassinato de Soleimani é um acto criminoso que poderia começar a Terceira Guerra Mundial, tal como o assassinato sérvio do arquiduque austríaco desencadeou a Primeira Guerra Mundial. Só Putin e a Rússia, com a ajuda da China, podem travar esta guerra que Washington pôs em movimento.

Putin entendeu que a desestabilização da Síria pretendida por Washington/Israel visava a Rússia. Sem advertência prévia a Rússia interveio, derrotou as forças por procuração financiadas e armadas por Washington e restaurou a estabilidade na Síria.

Derrotados, Washington e Israel decidiram ultrapassar a Síria e levar o ataque à Rússia directamente ao Irão. A desestabilização do Irão serve tanto a Washington quanto a Israel. Para Israel, o fim do Irão interrompe o apoio ao Hezbollah, a milícia libanesa que derrotou duas vezes o exército de Israel e impediu a ocupação de Israel do sul do Líbano. Para Washington, o fim do Irão permite que jihadistas apoiados pela CIA tragam instabilidade à Federação Russa.

Portugal | A concorrência entre bancos é possível? – cartel na banca


Pedro Tadeu | TSF | opinião

Durante a nossa vida ensinaram-nos que um dos benefícios do capitalismo e do mercado livre é ele impulsionar a concorrência entre empresas e essa concorrência ser uma ferramenta de benefício dos consumidores.

Supostamente, a concorrência entre empresas leva cada uma delas a tentar servir melhor os clientes, seja em preço, seja em qualidade.

Também supostamente, quando não há concorrência, quando uma ou duas empresas monopolizam um determinado mercado, os preços dos produtos ou serviços que essas empresas vendem são inflacionados e a sua qualidade desce.

Isso acontece porque os donos dessas empresas em situação de monopólio ou de duopólio não sofrem qualquer pressão para diminuir a sua ambição por lucros cada vez maiores.

É para moderar essas situações que os Estados montam sistemas de fiscalização e de regulação.

Aquilo que a TSF revelou ao noticiar uma investigação da Autoridade da Concorrência é que 14 bancos em Portugal trocavam, por e-mail ou por telefone, através de departamentos de marketing, informações sobre as comissões que cada um desses bancos cobrava aos clientes do crédito à habitação.

Como todos os bancos sabiam, em tempo real, o que os outros bancos andavam a fazer, os preços dessas comissões acabavam por não ser estabelecidos em função da concorrência entre estes 14 bancos, o que em princípio beneficiaria os clientes.

Pelo contrário, o que aconteceu foi que os preços dessas comissões eram, pelo menos de forma tácita, estabelecidos por acordo entre os bancos, e daí falar-se num "cartel da banca" que, neste caso, terá acabado por funcionar, na relação com os clientes, como se fosse um grupo monopolista do mercado.

Tancos: "Estamos perante uma guerra de poder entre juiz Carlos Alexandre e Costa"


Miguel Sousa Tavares admitiu, na segunda-feira à noite, que acredita na inocência de Azeredo Lopes no processo Tancos e defende que nada justifica a audição a António Costa.


De acordo com a TVI, o militar de Loulé, detido em agosto no aeroporto e Lisboa quando regressava de uma missão na República Centro Africana e que à data dos factos era o responsável máximo pela investigação criminal do Comando Operacional da GNR às armas desaparecidas, terá dito, ontem, perante o juiz, que todos sabia de tudo, referindo-se também ao ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

Apesar destas declarações, Miguel Sousa Tavares, comentador habitual das segundas-feiras, no Jornal das 8, do canal de televisão de Queluz, admitiu que acredita na inocência do antigo governante.

“Estou perfeitamente convencido que o [ex] ministro da Defesa só soube à posteriori. Não acredito que ele, sendo um homem de Direito, tenha sido estúpido ao ponto de ser confrontado com isto e tenha apoiado ou ocultado, muito menos dado luz verde ao caso. Teria de ser completamente estúpido. E pelo que vi dos autos, não acredito”, asseverou o escritor.

Portugal | Má experiência na Saúde


Paula Ferreira | Jornal de Notícias | opinião

Era hora do Governo dar um sinal claro e inequívoco de que a Saúde é uma prioridade. Não, o aumento de 800 milhões no orçamento do setor em 2020, em relação ao ano passado, não confirma esse sinal.

O Serviço Nacional de Saúde, sem dúvida, carece de uma injeção de verbas, e não será aquele aumento a resolver um problema crónico, agravado quase ao limite durante os anos em que o País esteve sob intervenção da troika.

Por muitos milhões encaminhados para o Serviço Nacional de Saúde, o problema ficará incompletamente resolvido. O sistema, antes de mais, precisa de uma estratégia clarificadora. O Governo não pode ir respondendo de forma casuística, de acordo com cada crise, e deixar na linha de tiro a ministra da Saúde: um certo setor da sociedade portuguesa resolveu colocar-lhe a etiqueta de incompetente. Marta Temido não me parece incompetente, parece-me, isso sim, sozinha a lutar contra uma série de interesses, muitos dos quais corporativos - usando argumentos que, tantas vezes repetidos, se tornam impossíveis de desmentir.

Sou defensora do Serviço Nacional de Saúde, a ele recorro quando estou doente, é lá que levo os meus filhos e parto sempre com o sentimento de que tudo correrá bem. Nunca correu mal. A má experiência tive-a, precisamente, num hospital privado e nem sequer foi grave, apenas anedótica, mas retrata como tudo aquilo funciona. Consultei um neurocirurgião de renome para colher uma segunda opinião, sobre à necessidade de uma intervenção cirúrgica. Fui examinada e o médico em causa marcou exames complementares. No final da consulta, pedi-lhe para observar uma outra parte do meu corpo, relativamente à qual levava comigo um exame. Apenas lhe pedi para ver o exame, como me tinha aconselhado a minha médica de família. Resposta: "Não quer que a veja toda hoje! A asa (o problema era no ombro) tem que ficar para a próxima". Para quê cobrar uma consulta se posso cobrar duas?

*Editora-executiva-adjunta

O REGRESSO

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