quarta-feira, 29 de abril de 2020

EIS UM “DESENHO” DA GUERRA NUCLEAR TÃO QUERIDA PELOS EUA


Os EUA provocam a China e a Rússia sistematicamente, atualmente como nem na chamada "guerra fria", fruto de um tresloucado e imbecil presidente que nada deve à estupidez e à falta de senso. Um desprezível sujeito que os eleitores norte-americanos catapultaram para inquilino da Casa Branca sem medirem as consequências do que Trump lhes reserva para o futuro. Está à vista do  que é capaz aquele execrável individuo, Trump, inimigo dos seus próprios cidadãos. Até parece que está a traçar um "desenho" da guerra nuclear por ele desejada, por consequência também os EUA. Do jornal Expresso fazemos notar a notícia que segue. (PG)  

Rússia ameaça com retaliação nuclear se os EUA recorrerem a mísseis balísticos

Departamento de Estado norte-americano disse na semana passada que a instalação de ogivas nucleares de baixa potência em mísseis balísticos lançados por submarinos ajudaria a combater possíveis novas ameaças da Rússia e da China

Governo russo rejeitou esta quarta-feira os argumentos dos EUA para o recurso a ogivas nucleares de baixa potência, avisando que se esse tipo de armas for usado contra a Rússia haverá uma retaliação nuclear total. O Departamento de Estado norte-americano disse na semana passada que a instalação de ogivas nucleares de baixa potência em mísseis balísticos lançados por submarinos ajudaria a combater possíveis novas ameaças da Rússia e da China.

O Governo dos EUA considera que Moscovo está a ponderar o uso de armas nucleares não estratégicas como forma de coerção em caso de conflito limitado, um argumento que a Rússia tem negado repetidamente.

Esta quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que não aceita a versão segundo a qual essas armas "reduzem o risco de guerra nuclear", reforçando táticas dissuasivas. "Qualquer ataque envolvendo um míssil balístico lançado por um submarino dos EUA, independentemente das suas especificações, será visto como uma agressão nuclear", disse Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia russa, numa conferência de imprensa.

"Quem gosta de teorizar sobre a flexibilidade do potencial nuclear americano deve entender que, de acordo com a doutrina militar russa, essas ações serão vistas como garantia de uso retaliativo de armas nucleares pela Rússia", concluiu Zakharova.

Os Estados Unidos e a Rússia abandonaram em 2019 o Tratado de Armas Nucleares de Alcance Intermédio (IMF), que tinha sido assinado em 1988, com vista a conter uma corrida armamentista, levando ambos os países a ameaçar o reforço do seu arsenal nuclear.

Expresso | Lusa

Covid-19: Reino Unido é o país europeu com segundo maior número de mortes


Subdiretor-geral da Saúde de Inglaterra, Jonathan Van Tam, admite que o balanço final só vai ser conhecido quando for apurado o excesso de mortalidade

Reino Unido passou a ser o país com o segundo maior número de mortes provocados pela pandemia de covid-19 na Europa, atrás da Itália, graças à contabilização dos óbitos fora dos hospitais feita a partir desta quarta-feira pelo governo.

Esta nova forma de contabilização só é comparável com Itália, Alemanha e Suécia, pois não é certo que Espanha ou os EUA contem as mortes registadas em lares de idosos, indicou a diretora clínica do sistema de saúde público de Inglaterra, Yvonne Doyle. "Percebe-se, porque é complicado e complexo obter isto numa base diária", comentou.

A seguir a Itália, que registou 27.682 mortos de acordo com o balanço desta quarta-feira, e Reino Unido estão Espanha (24.275 mortos) e França (23.660 mortos). Mas o subdiretor-geral da Saúde de Inglaterra, Jonathan Van Tam, admite que o balanço final só vai ser conhecido quando for apurado o excesso de mortalidade.

"A seu tempo, teremos uma resposta melhor quando começarmos a olhar para o excesso de mortalidade, que vai ter em conta as mortes relacionadas com a covid-19 e as mortes que poderão ter acontecido, não devido à covid-19, mas como consequência da crise", afirmou esta quarta-feira, na conferência de imprensa diária do governo britânico.

Aborígenes: Cook chegou à Austrália há 250 anos. E os portugueses 250 anos antes


As comemorações da chegada dos britânicos foram canceladas devido à pandemia. História dos aborígenes começa a ser ouvida.

O 50.º aniversário da chegada do capitão James Cook à Austrália, que se comemora nesta quarta-feira, foi em grande parte desmarcado devido ao novo coronavírus.

Um evento que é cada vez menos destacado pelo lado da "descoberta", porque holandeses (um século antes) e portugueses (250 antes, no tempo de D. Manuel) estiveram à procura de uma lendária Ilha do Ouro, tendo ficado cartografado como Terra Java. E também porque a história de quem já lá vivia ganha maior relevo.

Em 29 de Abril de 1770, o capitão Cook dirigiu o Endeavour para Botany Bay - chamado Kamay na língua indígena local - um evento que cada vez mais é visto através dos olhos dos aborígenes australianos que se encontravam na costa.

O primeiro-ministro Scott Morrison disse que o aniversário representava "uma fusão de histórias", chamando Cook de "indivíduo extraordinário". "No dia em que Cook e a comunidade indígena local em Kamay estabeleceram o primeiro contacto, há 250 anos, mudou para sempre o rumo da nossa terra", afirmou. "É um momento a partir do qual embarcámos numa viagem partilhada que se realiza na forma como vivemos hoje".

No entanto, Peter Trickett, britânico radicado na Austrália, encontrou em 1999 uma carta náutica numa biblioteca de Los Angeles que atribui aos portugueses o papel de pioneiros ocidentais no que é hoje a Austrália. O Atlas Vallard, um conjunto de 15 mapas desenhados em 1545 em França tem dois deles intitulados Terra Java. Os mapas têm mais de cem nomes em português e alinhados de outra forma apresentam claras semelhanças com a costa australiana.

A sua tese foi publicada no livro Para além de Capricórnio (ed. Caderno). Para Trickett, a expedição terá decorrido em duas vezes, a partir de Cochim. A primeira em 1521 e a seguinte em 1522-23, tendo sido comandada por Cristovão de Mendonça, e provavelmente o francês Pedro Eanes como cartógrafo.

Derrotar o imperialismo dos EUA em Playa Girón


Ramona Wadi* | Strategic Culture Foundation | 27 de abril de 2020

“Fizemos algumas coisas muito importantes, mas não nos proclamamos socialistas, nem proclamamos abertamente as doutrinas marxistas-leninistas. Girón acelerou o processo revolucionário.” 

As reflexões do líder cubano Fidel Castro sobre Playa Girón, discutidas com Ignacio Ramonet durante conversas que levaram à publicação da autobiografia do líder revolucionário, indicam a magnitude da derrota do imperialismo americano na invasão da Baía dos Porcos, que durou de 17 de abril a 19 de abril de 1961. Em menos de 72 horas, as forças revolucionárias cubanas derrotaram os 1.500 infiltrados treinados pela CIA.

O plano dos EUA de invadir Cuba e derrubar o governo e o processo revolucionários originados em 1960 pela Agência Central de Inteligência (CIA) durante a administração Eisenhower e herdados pela administração Kennedy. O objetivo era "promover a substituição do regime de Castro por mais um dedicado aos verdadeiros interesses do povo cubano e mais aceitável para os EUA de maneira a evitar qualquer aparência de intervenção dos EUA". Para conseguir isso, a CIA treinou dissidentes cubanos que moravam em Miami com o objetivo de realizar uma intervenção em Cuba com o objetivo de derrubar Fidel.

Após a derrota, o presidente JF Kennedy declarou : “Eu enfatizei antes que essa era uma luta de patriotas cubanos contra um ditador cubano. Embora não se esperasse que escondêssemos nossas simpatias, deixamos repetidamente claro que as forças armadas deste país não interviriam de forma alguma.”

EUA ultrapassam um milhão de casos subindo para um total de 57.266 mortes


Trump admite testes a estrangeiros de zonas de risco

Os Estados Unidos passaram nesta terça-feira a ser o primeiro país do mundo a ultrapassar um milhão de casos confirmados da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, segundo os últimos dados da Universidade Johns Hopkins.

Às 18:00 de hoje, o número de infetados nos Estados Unidos atingiu 1.002.498, enquanto o número de mortes cifrou-se em 57.266.

Desde há semanas que os Estados Unidos têm sido o foco da pandemia e lideram o número de infetados, seguidos pela Espanha, onde as pessoas infetadas ascendem a 232.128 e os mortos totalizam 23.822, segundo aquela universidade.

A Itália surge depois, com 201.505 pessoas infetadas e 27.359 mortes, seguindo-se a França, com 166.036 infetados e 23.327 mortes, números contabilizados desde o início da pandemia da covid-19, refere a universidade em comunicado.

No entanto, o número de mortes per capita mostra que a Bélgica é o país com maior número de óbitos, uma média de 63,10 mortes por 100.000 habitantes.

De acordo com os dados hoje atualizados pela Universidade Johns Hopkins, depois da Bélgica surge a Espanha, com uma média de 50,34 mortes por 100.000 habitantes, a Itália (44,64), França (34,82), Reino Unido (31,82) e os EUA, com um número médio de mortes de 17,20 por 100.000 habitantes.

Nos Estados Unidos da América, mais da metade das mortes concentram-se em três estados: Nova Iorque, com 17.303, a vizinha Nova Jersey (6.044) e o Michigan, onde 3.407 pessoas perderam a vida devido à covid-19, revelam os dados mais recentes das autoridades locais.

Cego na ciência, “médico” Trump empurra conspiração louca contra a China


Finian Cunningham* | Strategic Culture Foundation | Abril 28, 2020

A incursão de Trump no tratamento da doença Covid-19 - propondo líquido sanitário como uma possível cura - mostra realmente o quão idiota esse presidente é. Sua tentativa subsequente e rápida de limitação de danos, de rejeitar os comentários imprudentes como "sarcasmo", mostra apenas como ele é desonesto e omisso.

Sério, se o magnata que se tornou presidente pode contemplar injetar desinfetante no corpo humano como uma maneira de "limpar" um vírus, então você sabe que esse sujeito tem uma compreensão primitiva do conhecimento científico.

Já sabemos que Trump é notoriamente desprezível por cientistas e especialistas técnicos. Ele prefere o instinto e a propensão a "soluções rápidas", que derivam de sua vulgar visão capitalista de mundo de manter os custos baixos e os lucros altíssimos. Sua rejeição da ciência climática e o surto inicial da pandemia de Covid-19 como "fraudes" exemplificam o fanatismo anti-científico.

Cercado por cultistas cristãos fundamentalistas como Mike Pompeo e Mike Pence, que acreditam no criacionismo bíblico sobre a evolução e apocalipse sobre o progresso histórico, também é consistente com o paroquialismo anticientífico de Trump e seu governo.

Então, agora vemos por que essas pessoas obtusas podem acreditar e proselitizar a história absolutamente não-científica de conspiração e lixo, alegando que o vírus Covid-19 saiu de um laboratório chinês, por acidente ou maliciosamente, como arma biológica.

Trump e Pompeo estão pressionando esse absurdo difamatório como parte de sua agenda de "culpar a China". Falcões raivosos da anti-China, como o especialista em notícias da Fox, Steve Bannon, e senadores como Tom Cotton e Lyndsey Graham, acrescentaram força a esse boato, exigindo uma compensação financeira maciça de Pequim. Meios de comunicação supostamente respeitáveis ​​como o Washington Post também propagaram a noção de que a pandemia se originou de um laboratório de virologia na cidade chinesa de Wuhan. A partir daí, continua o argumento, espalhou-se por todo o mundo e provocou especificamente mortes e estragos económicos nos EUA. A lógica desse argumento pode levar à guerra com a China.

Portugal | 973 mortes e 24 505 casos de covid-19. Aumento de 0,8%.


Há 25 mortes e 183 infetados nas últimas 24 horas, segundo dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta quarta-feira.

Mais 25 óbitos e mais 183 casos confirmados do novo coronavírus em Portugal., um aumento de 0,8% e de 2,6%, respetivamente. São os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira.

No total, o país regista 24 505 casos confirmados da doença e 973 óbitos em resultado desta.

Há ainda 1470 casos recuperados de covid-19 em Portugal.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (556), seguida da região Centro (196), de Lisboa e Vale do Tejo (195), do Algarve (13), dos Açores (12) e do Alentejo que regista um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de terça-feira.

Os Açores registam 125 casos de covid-19 e a Madeira 86.

Das mortes registadas, 658 tinham mais de 80 anos, 191 tinham entre os 70 e os 79 anos, 86 entre os 60 e 69 anos, 28 entre 50 e 59, e dez entre os 40 e os 49.

Do total das pessoas infetadas, a grande maioria está a recuperar em casa, totalizando 21.082 (mais 33).

Os dados indicam que 980 estão internados, mais 44 do que na terça-feira (+4,7%), e 169 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos três, o que representa uma diminuição de 1,8%.

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus (1.447), seguido por Vila Nova de Gaia (1.322), Porto (1.187), Braga (1.012), Matosinhos (1.068), Gondomar (966), Maia (836), Valongo (699), Sintra (577), Ovar (556), Guimarães (543) e Coimbra, com 406 casos.

Desde o dia 1 de janeiro, registaram-se 243.655 casos suspeitos, dos quais 3.825 aguardam resultado dos testes.

Mais mulheres infetadas do que homens

Há 215.325 casos em que o resultado dos testes foi negativo, refere a DGS, adiantando que o número de doentes recuperados aumentou para 1.470 (eram 1.389).

A DGS regista também 29.568 contactos em vigilância pelas autoridades de Saúde.

Do total de infetados, 14.503 são mulheres e 10.002 homens.

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.136), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (4.119) e das pessoas com mais de 80 anos (3.836 casos).

Há ainda 3.410 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 2.897 entre os 60 e 69 anos, 2.788 entre os 20 e os 29 anos e 2.189 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 401 casos de crianças até aos nove anos e 729 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

Tosse, febre e dores musculares no topo dos sintomas

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 171 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França e 88 do Reino Unido. Há ainda centenas de casos importados de dezenas de outros países.

De acordo com o boletim, 48% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 35% febre, 22% dores musculares, 21% cefaleia, 17% fraqueza generalizada e 13% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 85% dos casos confirmados.

Infarmed alerta infetados sobre efeitos adversos de medicamentos

O Infarmed alertou esta quarta-feira os doentes de covid-19 que devem estar atentos a qualquer efeito adverso aos medicamentos que tomem para os sintomas da doença, lembrando que ainda se desconhecem muitas das reações que podem ocorrer.

Numa nota publicada no seu 'site', a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde avisam os doentes com covid-19, suspeita ou confirmada, que devem avisar as autoridades de efeitos adversos que ocorram com a toma não só dos medicamentos para os sintomas da doença como de outros que habitualmente usem para outras doenças crónicas pré-existentes.

Recorda que atualmente não existem medicamentos autorizados para tratar a covid-19 e que, no contexto da pandemia, estão a ser utilizados diversos medicamentos autorizados para outras doenças.

Estado de Emergência termina a 2 de maio

O Presidente da República confirmou que no sábado (dia 2) terminará o estado de emergência. Mas admite hipótese de voltar a ser necessário recorrer a este tipo de medida.

Marcelo Rebelo de Sousa põe agora na mãos dos portugueses a evolução do contágio do covid-19, quando se aproxima a data em que terminará o estado de emergência (à meia-noite de 2 de maio) e começará o estado de calamidade púbica.

Após mais uma reunião com epidemiologistas no Infarmed - onde como habitualmente também participaram o primeiro-ministro e líderes partidários - Marcelo Rebelo de Sousa disse que agora "depende dos portugueses a evolução do surto", confirmando que não tenciona renovar o estado de emergência (que se iniciou em 19 de março).

Covid-19 já matou mais de 217 mil pessoas no mundo

A pandemia de covid-19 já matou 217.439 pessoas e infetou mais de três milhões em todo o mundo desde que surgiu em dezembro na cidade chinesa de Wuhan, segundo um balanço da AFP às 11:00.

De acordo com os dados da agência de notícias francesa, a partir de dados oficiais, foram registados 217.439 mortos e mais de 3.104.330 infetados em 193 países.

Pelo menos 859.100 foram consideradas curadas pelas autoridades de saúde.

Os EUA, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, lideram em número de mortos e casos, com 58.355 e 1.012.583, respetivamente.

Pelo menos 115.936 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades de saúde nos Estados Unidos.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 27.359 mortos para 201.505 casos, Espanha com 24.275 mortos (212.917 casos), França com 23.660 mortos (168.935 casos) e Reino Unido com 21.678 mortos (161.145 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.858 casos (22 novos entre terça-feira e hoje), incluindo 4.633 mortos (nenhuma nova) e 77.578 curados.

O Chade anunciou na terça-feira os primeiros mortos ligadas ao vírus no seu território.

Até às 11:00 de hoje, a Europa totalizou 129.723 mortos para 1.431.470 casos, Estados Unidos e Canadá 61.284 mortos (1.062.398 casos), América Latina e Caraíbas 9.827 mortos (189.199 casos), Ásia 8.376 mortos (213.792 casos), Médio Oriente 6.587 mortos (164.629 casos), África 1.526 mortos (34.786 casos) e Oceânia 116 mortes (8.057 casos).

A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que um grande número de países está agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, na cidade chinesa de Wuhan.

Recomendações da DGS

Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos).

Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre superior a 38º, tosse persistente, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pedem que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24) ou para a unidade de cuidados primários mais próxima.

Paula Freitas Ferreira | Diário de Notícias

Portugal | O FIM É UM RECOMEÇO


Pedro Ivo Carvalho | Jornal de Notícias | opinião

A nova normalidade que, dia sim, dia não, vemos esculpida nos discursos políticos não tem nada de novo nem tem nada de normal.

Os tempos que se seguirão ao fim do estado de emergência serão de velha anormalidade. Não nos deixemos, por isso, encantar com o perfume inebriante de um desconfinamento que não pode ser libertário nem irresponsável. Porque este fim é, na verdade, um recomeço. Desde logo de um Estado que será obrigado a correr uma maratona em pista dupla. Evitando, por um lado, o colapso de um Serviço Nacional de Saúde que poderá ser confrontado com novas vagas de contágio em virtude de um previsível aumento de infetados e internados resultado da mitigação das restrições; e que, cumulativamente, terá de recuperar o tempo perdido para os muitos portugueses que ficaram para trás, privados de consultas, exames e cirurgias.

Mas este é também um recomeço, um reatar, do nosso compromisso pessoal, do muito que se exige a cada um de nós nesta fase determinante do combate à pandemia. A lei pode tolher-nos mais ou menos os movimentos, mas a evolução favorável desta velha anormalidade está nas nossas mãos. Serve-se da fibra da cidadania. Com vírus ou sem ele, a responsabilidade coletiva alimenta-se sempre das nossas obrigações individuais.

Sejamos, pois, solidários no cumprimento escrupuloso das regras e das bizarrias de outrora que agora se tornarão rotinas. Saibamos entender, neste contexto, a necessidade urgente de cidadãos e empresas regressarem ao trabalho. E não nos transformemos em delatores informais do comportamento dos outros. O pior que nos podia acontecer era começarmos a andar de costas voltadas no exato momento em que vamos passar a cruzar-nos mais vezes na rua. O esforço inicial foi de todos. O mérito final tem de ser de todos. O fim é um princípio.

*Diretor-adjunto

Portugal da fraude | Dispara venda de máscaras com certificação falsa e sem proteção


"Não há nenhuma máscara certificada que resista a 25 lavagens, muito menos a 50 e ainda menos a 90", garante Braz Costa, diretor-geral do Citeve.

Prometem máscaras com cores, feitios e dezenas ou centenas de lavagens com certificação. No entanto, uma grande parte das empresas que vendem máscaras reutilizáveis na Internet e em algumas lojas de retalho nunca pediram testes de produtos ao Citeve, o único centro tecnológico têxtil com protocolo com o Infarmed e DGS para certificar.

Uma rápida pesquisa no Google ou Facebook permite encontrar dezenas de vendedores que asseguram estar certificados pelo centro tecnológico ou que vendem máscaras reutilizáveis várias vezes.

A "Safe Máscaras Reutilizáveis", por exemplo, promete "enorme resistência e durabilidade" em "mais de 100 lavagens". O problema é que o Citeve ainda não certificou máscaras que sejam reutilizáveis mais de cinco vezes. O JN confrontou a empresa, mas não obteve qualquer resposta.

Para Braz Costa, produtos com mais lavagens "podem não cumprir parâmetros fundamentais para que a proteção possa acontecer", uma vez que não foram testados.

Há ainda outras empresas que asseguram ter máscara "lavável até 50 vezes e certificada", como a Hospivida. No Facebook, a empresa refere que o produto é certificado "pelo Citeve". Contudo, o centro só terá certificado as propriedades antibacterianas do tecido, o que não garante a fiabilidade da máscara como um todo, pois ficam por analisar outros aspetos como a filtragem de partículas e a respirabilidade, por exemplo.

O neoliberalismo precisa de vós jovens e saudáveis para vos explorar


Os mais velhos que se lixem!

Bom dia. Expresso Curto, que decerto não será para mais tarde recordar. O imediatismo assola-nos como a sede que nos ataca no deserto depois de concluirmos que  o conteúdo escapou por um furinho do cantil. Do Curto salientamos os parágrafos sobre o motim numa prisão peruana, com seiscentos infetados por covid-19 como se nada fosse. Um recluso já morreu. Outros se seguirão. A autora do Curto de hoje, Paula Santos, começa por aí e avança para Portugal, fazendo notar que “Portugal prepara-se para entrar numa nova fase no combate à pandemia”. Pois sim. Vamos a isso.

Nova fase. Com o fim do Estado de Emergência mas com muitas contenções à vida normal. É agora que vamos ver como reagirá o tão elogiado povo português com o seu civismo e cuidados acrescidos por ele e pelos outros. Para muitos a opinião é a de que há portugueses em demasia a baldarem-se ao rigor desses cuidados devidos a eles e aos outros seus concidadãos. Uns porque sim, está-lhes na massa arrogante do sangue. Outros por evidente ignorância… E vamos por aí no catálogo. É ver as ruas já com gente a mais, a “socializarem”. Novos e velhos. Homens e mulheres. Crianças que, fartos da “prisão”, jogam à bola e se chegam aos amigos como se nada temessem. E não temem, nem se lembram do covid-19. Preferem festejar o golo que lhes dá a vantagem perante a equipa adversária, composta por muitos amigos de brincadeira e de escola.

António Costa afirmou que se necessário damos um passo atrás e regressamos ao confinamento e a medidas adequadas se os números de vítimas do covid-19 começarem a subir. Está dito. Vamos ver se não sobem. É que no ar já há a convicção de que o pior já passou. Talvez. Mas pode regressar. De modo muito pior que o pior que esteve. Certo é que o sistema se livrou de uns quantos milhares de idoso (reformados/pensionistas). A segurança social vai poupar ao longo dos anos todas essas despesas com a velhice. Uf!

Não há quem diga assim mas veja nisso o alívio nos encargos com esses tais velhos mais frágeis de uma população envelhecida. Mas sentem-no e pensam que há males que vêm por bem. Claro que não se lembram que foram exatamente esses velhos(as) falecidos(as) que construíram Portugal ao longo de décadas, que foram explorados e enriqueceram muitos empresários, que suportaram e alimentaram coercivamente uma guerra colonial por 13 anos. Que lutaram contra o fascismo salazarista e que só muito raramente iam a um médico. Passaram imensas décadas com ordenados de miséria sem darem um tostão de despesa ao Estado mas sim a sustentá-lo sem o mínimo retorno. Graças a isso existem Mellos, Champalimouds e quejandos. Afinal, esses, os “amigos” dos políticos atuais. Outros desses vieram. Os que até se dão ao luxo de não pagarem impostos em Portugal mas continuarem a fazerem fortuna por via dos portugueses incapazes de raciocinarem e boicotarem gente dessa – já que os políticos amigos não o fazem.

Adiantando. Sabemos que vêm aí (já cá está) mais uma crise económica. Para quem? Para os do costume, os (miseráveis) que criam riqueza para uns quantos esbanjarem e pavonearem-se a dizerem-se prejudicados, quase pobres, fazendo coleção de despedimentos e sugando ao Estado o mais que conseguem. E os dos “poderes democráticos” cedem, em detrimento dos que trabalham e são explorados a torto e a direito.

Fomos curtos neste Curto do Expresso. Nem trazemos novidades. Terminemos com homenagem aos sonhadores que esperam que após o covid-19 tudo vai melhorar, que vem aí um mundo novo. Balelas. Faltam "bolas" e tomates. O neoliberalismo e o fascismo está em modo de avançar a toda a força, a repressão que uns quantos exigem aos Estados pôr em prática testemunha que muito do que era razoável e ainda democrático já foi. Vêm aí tempos muito mais difíceis com a cumplicidade dos políticos nos poderes. Políticos em que as populações manipuladas votam e os conduzem aos “poleiros” da obediência aos cifrões que só uns quantos detêm. A ganância desses é a miséria de milhões.

Bom dia. Se conseguirem. Avancem para o Curto. Tem mais para se inteirarem. Acautelem-se. Protejam-se. O neoliberalismo, o fascismo, precisa de vós jovens e saudáveis para vos explorar. Os idosos que se lixem (pensamento que guardam mas não dizem).

MM | PG


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