quarta-feira, 29 de abril de 2020

EUA ultrapassam um milhão de casos subindo para um total de 57.266 mortes


Trump admite testes a estrangeiros de zonas de risco

Os Estados Unidos passaram nesta terça-feira a ser o primeiro país do mundo a ultrapassar um milhão de casos confirmados da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, segundo os últimos dados da Universidade Johns Hopkins.

Às 18:00 de hoje, o número de infetados nos Estados Unidos atingiu 1.002.498, enquanto o número de mortes cifrou-se em 57.266.

Desde há semanas que os Estados Unidos têm sido o foco da pandemia e lideram o número de infetados, seguidos pela Espanha, onde as pessoas infetadas ascendem a 232.128 e os mortos totalizam 23.822, segundo aquela universidade.

A Itália surge depois, com 201.505 pessoas infetadas e 27.359 mortes, seguindo-se a França, com 166.036 infetados e 23.327 mortes, números contabilizados desde o início da pandemia da covid-19, refere a universidade em comunicado.

No entanto, o número de mortes per capita mostra que a Bélgica é o país com maior número de óbitos, uma média de 63,10 mortes por 100.000 habitantes.

De acordo com os dados hoje atualizados pela Universidade Johns Hopkins, depois da Bélgica surge a Espanha, com uma média de 50,34 mortes por 100.000 habitantes, a Itália (44,64), França (34,82), Reino Unido (31,82) e os EUA, com um número médio de mortes de 17,20 por 100.000 habitantes.

Nos Estados Unidos da América, mais da metade das mortes concentram-se em três estados: Nova Iorque, com 17.303, a vizinha Nova Jersey (6.044) e o Michigan, onde 3.407 pessoas perderam a vida devido à covid-19, revelam os dados mais recentes das autoridades locais.

À medida que a pandemia alastra, a maioria dos estados norte-americanos emite legislação para a população ficar em casa, embora nos últimos dias alguns destes estados tenham começado a retomar as suas atividades.

Especificamente, na segunda-feira, nove estados já reabriram em parte as suas atividades (Alasca, Colorado, Geórgia, Minnesota, Mississípi, Montana, Oklahoma, Carolina do Sul e Tennessee) e espera-se que, na próxima semana, outros oito aliviem as medidas de confinamento e de encerramento das atividades sociais e económicas, embora mantenham o distanciamento social.

Todos os estados norte-americanos que estão a retomar as suas atividades têm várias características em comum: a maioria é rural, registaram um número inferior de infeções do que em cidades como Nova Iorque, o epicentro da pandemia nos EUA, e na generalidade são ideologicamente mais conservadores e defendem que o poder local deve estar acima do poder federal.

Apesar de alguns estados estarem a reabrir as suas atividades, as medidas de distanciamento social nos Estados Unidos da Amércia vão manter-se durante o verão, avisou Deborah Birch, médica coordenadora do grupo de trabalho sobre a pandemia da Casa Branca.

Trump admite testes de despistagem a estrangeiros de zonas de risco

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que admite a imposição de testes sistemáticos de despistagem do novo coronavírus para passageiros que aterrem nos Estados Unidos provenientes de zonas de risco.

Interrogado sobre os viajantes aéreos que chegam aos Estados Unidos deveriam passar por um exame médico ou apenas fazer um teste de temperatura, Trump respondeu que ambos os procedimentos devem ser aplicados.

O Presidente norte-americano disse estar preocupado com zonas do mundo que constituem riscos acrescidos, em termos de propagação de covid-19, citando o caso do Brasil.

"Provavelmente faremos isso. A pandemia é bastante virulenta no Brasil", disse Trump, acrescentando que uma decisão sobre os procedimentos de segurança nos aeroportos será anunciada em breve.

Trump, que recebeu hoje na Casa Branca o governador republicano do Estado da Florida, disse que discutirá esta matéria com diversas autoridades, nomeadamente com governadores de estados que tenham frequência de contacto com países da América Latina.

Trump disse ainda que os testes de triagem nos aeroportos devem ocorrer na fase de embarque, o que obriga a envolver as companhias aéreas nestas decisões.

Nos Estados Unidos, registaram-se cerca de um milhão de casos de contaminação com o novo coronavírus e mais de 57 mil mortes.

Diário de Notícias | Lusa

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