Pedro Tierra | Carta Maior
A conduta cada dia mais delirante
do ex-capitão frente às demais instituições do Estado brasileiro e o fracasso económico de Guedes, tem resultado no afastamento dos setores liberais que
viram nele a oportunidade de liquidar os direitos dos trabalhadores, assegurados
nas constituições desde os anos 40 do século passado; de destruir os serviços
públicos de saúde e educação; de privatizar e promover a entrega dos recursos
naturais do país a empresas estrangeiras, particularmente o petróleo do pré-sal.
Talvez a saída de Moro tenha demarcado o momento em que certos setores dessas elites liberais, uma vez alcançados aqueles objetivos, tomaram a decisão de afastar-se e guardar uma prudente distância com relação aos traços mais repugnantes da conduta de Bolsonaro e seus milicianos. O desconforto, ainda que apenas quanto aos aspectos formais, tem sido expresso em reiterados editoriais nos grandes veículos de comunicação.
Saíram daquela posição de tapar o nariz diante do mau cheiro que exala dos gabinetes do Palácio do Planalto, exibida durante todo o período de votação das reformas, para expressar seu incómodo diante do desempenho dos protagonistas na ribalta deste circo de horrores que contribuíram para montar.
Os liberais brasileiros, porém, não superam, um traço aparentemente congénito, a falta de apego aos princípios... democrático-liberais que apregoam! Registe-se o recente editorial do “O Estado de S. Paulo” empenhado em insultar a inteligência de seus leitores ao comparar o ex-presidente Lula, a mais importante liderança popular do país, que sempre respeitou as regras da democracia... liberal... com o ex-capitão que ajudaram a eleger, no pleito fraudado de 2018 e que atenta quotidianamente contra ela.
Há, entre eles, quem afirme que as Forças Armadas podem vir a se curvar à pior espécie de caudilhismo. Vejamos. O ex-capitão presidiu a reunião de 22 de abril, aquela cuja ata pode ser resumida, para proteger os ouvidos das gerações futuras do convívio com a baixeza, numa única frase: “Vou interferir e ponto final!” , ao tratar da mudança de comando da Polícia Federal. Estava sentado entre dois generais. Para não nos conceder o benefício da dúvida.
Talvez a saída de Moro tenha demarcado o momento em que certos setores dessas elites liberais, uma vez alcançados aqueles objetivos, tomaram a decisão de afastar-se e guardar uma prudente distância com relação aos traços mais repugnantes da conduta de Bolsonaro e seus milicianos. O desconforto, ainda que apenas quanto aos aspectos formais, tem sido expresso em reiterados editoriais nos grandes veículos de comunicação.
Saíram daquela posição de tapar o nariz diante do mau cheiro que exala dos gabinetes do Palácio do Planalto, exibida durante todo o período de votação das reformas, para expressar seu incómodo diante do desempenho dos protagonistas na ribalta deste circo de horrores que contribuíram para montar.
Os liberais brasileiros, porém, não superam, um traço aparentemente congénito, a falta de apego aos princípios... democrático-liberais que apregoam! Registe-se o recente editorial do “O Estado de S. Paulo” empenhado em insultar a inteligência de seus leitores ao comparar o ex-presidente Lula, a mais importante liderança popular do país, que sempre respeitou as regras da democracia... liberal... com o ex-capitão que ajudaram a eleger, no pleito fraudado de 2018 e que atenta quotidianamente contra ela.
Há, entre eles, quem afirme que as Forças Armadas podem vir a se curvar à pior espécie de caudilhismo. Vejamos. O ex-capitão presidiu a reunião de 22 de abril, aquela cuja ata pode ser resumida, para proteger os ouvidos das gerações futuras do convívio com a baixeza, numa única frase: “Vou interferir e ponto final!” , ao tratar da mudança de comando da Polícia Federal. Estava sentado entre dois generais. Para não nos conceder o benefício da dúvida.