segunda-feira, 20 de julho de 2020

Roubos autorizados: “Vendem por 2.000 euros medicamentos que valem seis”


Assim lucram as empresas farmacêuticas com as pandemias: “Vendem por 2.000 euros medicamentos que valem seis”


O coronavírus já cobrou mais de meio milhão de vidas em todo o mundo, enquanto as empresas do sector farmacêutico impõem preços abusivos aos medicamentos que poderiam travar a escalada de mortes.

O surgimento do antiviral Remdesivir, o primeiro medicamento destinado a aliviar os efeitos do coronavírus, gerou um intenso conflito depois de Trump ter comprado praticamente o total da produção dos próximos três meses, iniciativa que deixou meio mundo desabastecido. Nos EUA, cada paciente deverá desembolsar até US $ 2.000 por tratamento, apesar de o medicamento ter um custo de produção de cerca de seis. Se as máscaras já provocaram uma guerra comercial internacional, até onde poderá levar a luta pelas doses para curar a pandemia?

Originalmente, e com outro nome, o Remdesivir nasceu após uma investigação desenvolvida para combater o Ébola em 2013. Ao demonstrar menos eficácia do que outras drogas, caiu no esquecimento, mas com a pandemia da covid-19, Gilead, a Farmacêutica que o criou, fez testes para ver que resultados obtinha. Inesperadamente, tornou-se o primeiro medicamento aprovado pela União Europeia para combater o coronavírus.

A indústria farmacêutica sempre esteve sob suspeita pelos seus enormes lucros e por gerir o seu negócio no caminho intermédio entre a saúde e o lucro privado. Basta ver Sicko, o documentário dirigido por Michael Moore, para confirmar a triste realidade dos cuidados de saúde, mercantilizada até ao tutano em muitos países do mundo. Pela mão do realizador, um punhado de norte-americanos atravessou as escassas milhas que separam os EUA de Cuba para descobrir um sistema em que a assistência médica pode ser totalmente gratuita para os cidadãos.

Os gastos públicos com produtos farmacêuticos aumentaram em Espanha para os 18.709 milhões, mais de 4% em relação ao ano anterior

Os medicamentos são caros, seja quem for que os pague. Os países que dispõem de Segurança Social ou de saúde pública evitam que os seus cidadãos acabem hipotecados para poder salvar a vidas, mas constatam em contrapartida como os gastos aumentam cada ano, para níveis quase insustentáveis, porque a indústria farmacêutica tem total liberdade para fixar os preços de venda. Em Espanha, durante 2019, os gastos públicos com produtos farmacêuticos subiram para 18.709 milhões, mais de 4% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação por um Acesso Justo ao Medicamento.

Alemanha não é o modelo antirracismo que EUA procuram


#Escrito e publicado em português do Brasil

Alemães são elogiados pela expiação de seu passado nazista, mas o país manteve estruturas que permitiram – e permitem – o florescimento do racismo e o entrelaçamento de germanidade com brancura, opina Ursula Moffitt.

Nas últimas semanas, numerosas postagens nas redes sociais anunciaram a Alemanha como um modelo de revisão de atrocidades passadas a ser seguido. Essa narrativa não é nova, mas ganhou força enquanto são destruídas estátuas homenageando generais confederados, líderes coloniais e outros.

Desde que os movimentos estudantis dos anos 1960 transformaram o silêncio em ação, inúmeros memoriais do Holocausto foram erguidos, e antigos campos de concentração transformados em instalações educacionais. 

Isso é inquestionavelmente bom. No entanto, enquanto lutamos coletivamente para saber como avançar hoje, a Alemanha nos mostra que a expiação de pecados do passado de pouco serve, se os sistemas que os permitiram não forem desmontados. 

Covid-19 | Mundo tem novo recorde diário de casos e supera 600 mil mortes


#Escrito e publicado em português do Brasil

OMS diz que quase 260 mil infecções foram registradas no sábado, um recorde pelo segundo dia seguido. Número faz planeta superar a marca de 14 milhões de casos de covid-19. Mundo somou mais de 7 mil mortes em 24 horas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reportou neste domingo (19/07), pelo segundo dia consecutivo, um recorde de novos casos confirmados de covid-19 em apenas um dia em todo o mundo. Ao longo do sábado, o planeta registrou quase 260 mil novas infecções.

O número – 259,848 casos em 24 horas – fez com que o planeta superasse a marca de 14 milhões de infectados, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins. É a primeira vez, de acordo com a OMS, que mais de um quarto de milhão de infecções são registradas em apenas um dia desde o início da pandemia.

Na véspera, a entidade internacional já havia reportado um novo recorde diário, ao somar mais de 237 mil ocorrências em 24 horas. A cifra tinha superado o recorde anterior registrado no domingo passado, de 230.904 novos casos.

O mundo também ultrapassou neste domingo a marca de 600 mil mortos, ao registrar um total de 7.360 óbitos por covid-19 em apenas 24 horas, segundo a OMS.

Portugueses estão a pagar transferências milionárias da comunicação social?

Os grandes grupos que dominam os órgãos de comunicação social foram contemplados com milhões de euros "doados" pelo governo. Estavam em "crise"... Estavam? Já não estão?

Transferências de "vedetas" televisivas e outras nos média estão a ocorrer apesar da "crise". Fala-se em milhões...

E o contribuinte, o pobre, desconfia.

Estavam em "crise" e já não estão? Recuperaram as finanças mesmo durante a pandemia?

Despender milhares de euros (milhões) em "vedetas", afinal fúteis e inúteis, populistas e egocêntricas, que alimentam a vulgaridade e a estupidificação em recreativos televisivos, será uma boa gestão? Ou não será que assim decidem porque já estão na forja mais alguns pedidos encapotados (ou descarados) baseados na alegação da "crise" continuada causada pelo covid-19?

Perguntar não ofende... Mas que já há portugueses a ficarem muito desconfiados, isso é garantido. Por tal adeptos de uma única resposta para mais pedinchas e falsos pretextos que visam que sejam sempre os mesmos a pagar o que não devem: Ora toma! (com manguito e sonoridade)

Eis um exemplo, entre muitos, no Tweeter:


Era interessante saber se, quando PS e BE decidiram despejar 15M nos media, acautelaram cláusulas sobre as áreas em que o dinheiro podia ser gasto. Ou se estamos todos a pagar as mudanças da Cristina Ferreira, do João Fernando Ramos ou do Pedro Mourinho.

11:02 PM · 19 de jul de 2020·Twitter Web App

PG

Portugal | A crueldade com animais que a Justiça ignorou


Manuel Molinos | Jornal de Notícias | opinião

Cenário dantesco. "Cães acorrentados por todo o lado, saudáveis, doentes, novos, velhos, alguns que já desistiram da vida e estão apenas a aguardar que a morte chegue".

A denúncia chegou ao Ministério Público que analisou o caso. Em 2018, arquivou o processo-crime movido a dois abrigos de cães em Santo Tirso. Afinal, concluiu, "não há crueldade em manter animais num espaço sujo, com lixo, dejetos e mau cheiro".

Confuso? Leia-se então a explicação da Justiça: "Um mau trato é antes um tratamento cruel, atroz, impiedoso, revelador de algum prazer em causar sofrimento ou indiferença perante o sofrimento causado". Logo, "os animais não estavam em sofrimento. Viviam apenas num local muito sujo".

Dois anos depois, nesse mesmo local, morreram 52 cães e dois gatos (números da autarquia). Queimados na sequência do incêndio que deflagrou em Sobrado, no concelho de Valongo, e alastrou à freguesia de Agrela, em Santo Tirso. Falharam as autoridades judiciais, concelhias e veterinárias.

Os que sobreviveram foram resgatados. Alguns pelos serviços municipais, outros por populares, à força, no meio de troca de acusações e de julgamentos vertiginosos e impiedosos nas redes sociais. A pergunta que se eterniza é o que faz um abrigo ilegal para animais no meio de uma floresta?

E quantos existirão pelo país nas mesmas condições? E quantas autarquias recorrem a estes locais ilegais para depositar os animais que não conseguem albergar nos canis municipais, cada vez mais sobrelotados após a lei que proíbe o abate? No desastre de ontem ninguém fica bem na fotografia.

Nem a Câmara, nem a GNR, que foram céleres a emitir comunicados, mas sem explicar o enquadramento legal do espaço. Nem os ativistas dos direitos dos animais que publicaram as fotografias das proprietárias do espaço com o selo "procura-se".

Agora, importante é evitar calamidades semelhantes. Vivemos num tempo em que os animais têm quem os represente no Parlamento. E é especialmente destes que esperamos ver ação.

*Diretor-adjunto

UE? Que nojo!



Que Portugal integra uma pseudo União Europeia que se destina a vantagens para os países ricos e algumas sobras para os países pobres que esses mesmos países ricos neocolonializam e exploram, já sabemos. Estupidamente mantemos a esperança de que alguma vez assim deixe de ser... E andamos nisto há décadas. 

Afinal a União Europeia pertence a um clube de países ricos que põem e dispõem em conformidade com os seus interesses, destinando algumas migalhas caridosas aos países pobres, regra geral do sul  do continente europeu, o mais próximo de África - os negros-morenos a explorar, escravizar e a enganar via alguma caridadezinha. Uma pseudo União Europeia de vómitos, não menos que isso, na realidade.

A denominada Cimeira de Líderes Europeus mantém-se há vários dias a batalhar acerca das verbas que poderão amenizar a crise financeira gerada pela pandemia covid-19. Discutem-se fundos que a união dos países ricos prefere reduzir, fazendo de conta que está a ser amiguinha e perdulária, solidária com os países pobres do sul. Aqueles que nas crises eles consideram os "pigs", os que "andam nos copos" e nas putas, comendo e bebendo com dinheiros deles, da sua UE.

Por cá, em Portugal, fala-se em tiros nos pés, em bazucas e fisgas, em pistoletas e fundas de arremesso, em púrrias espúrias... P'ra quê? Quem não sabe ainda que o clube dos países ricos da UE utiliza sempre o míssil NÃO para inviabilizar as tentativas dos países do sul da Europa de se lhes equipararem em melhores condições de vida, de desenvolvimento, etc.?

Acordai, ingenuidade lusa e do sul da Europa. A pseudo União Europeia é de vómitos e merece o trato adequado em vez da subjugação aos que violam sistemáticamente o espírito para que foi fundada.

Com papas e bolos se enganam os tolos, e é bem verdade. UE? Quadro lastimoso, repelente. Que nojo!

Dos racistas, esclavagistas e fascistas do norte da Europa o que esperam? Banhemo-los em vómitos.

O Expresso Curto a seguir. Martim Silva escreve, opina, informa sobre tiros nos pés.

Bom dia, apesar do céu cinzento em que estão por debaixo os que comem tudo e não querem deixar nada. Eles comem tudo... mas podemos contrariá-los, com vigor. Eh companheiros, aqui estamos...

MM | PG


A bazuca da Europa afinal é um tiro no próprio pé

Martim Silva | Expresso

Bom dia,

Hoje é 20 de Julho de 2020 e no início desta semana o meu principal destaque é a complicadíssima cimeira europeia (já vai no quarto dia), que nos últimos três dias procurou fechar um acordo quanto ao mega-pacote de ajuda à recuperação depois da pandemia da covid-19. Um encontro, um mais, em que ficaram bem visíveis, quais fracturas expostas, as profundas divisões atuais entre os Estados europeus. Um triste espectáculo de norte contra sul, oeste contra leste, frugais contra os supostos gastadores.

Neste início de semana, há outros temas incontornáveis, como as duas grandes, e polémicas transferências do momento: o regresso de Jorge Jesus ao Benfica cinco anos depois, e a saída de Cristina Ferreira da SIC para voltar à TVI.

Venha daí comigo,

CIMEIRA DA UNIÃO EUROPEIA

Começemos pelo início. Há três meses, no pico da pandemia, criou-se a ideia de um fundo de recuperação para ajudar os países da Europa mais afetados. Macron e Merkel juntaram-se e afinaram o montante da 'bazuca': 500 mil milhões de euros. Com a ajuda da Comissão Europeia, o plano de Bruxelas alargou-se, com estímulos previstos que ascendiam a 750 mil milhões de euros, dois terços em subsídios, um terço em empréstimos.

Na altura muito se escreveu como este plano representava não só muito dinheiro (é muito mesmo) mas uma resposta capaz da União Europeia de reagir perante a anunciada maior crise de sempre: Muitos suspiraram de alívio.

Agora, em plena presidência alemã da UE, os líderes juntaram-se na sexta-feira para aprovar o pacote de ajuda. Mas, até agora, nada de fumo branco.

A chamada aliança dos frugais, entre Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca (e ainda com a Finlândia, que se juntou ao grupo), impede a luz verde, insistindo em que o pacote seja reduzido e as políticas compensatórias claras. Ou seja, quem recebe faz reformas estruturais. Os restantes países rejeitam que as ajudas por causa de uma pandemia tenham de ter o aval futuro dos ministros das Finanças europeus.

Ao mesmo tempo, e noutra frente, a Hungria, apoiada pela Polónia e Eslovénia, torce o nariz a que o dinheiro que chegue tenha como contrapartida a exigência do respeito pelo Estado de Direito (linha que o regime de Órban em Budapeste tem sucessivamente violado).

Enfim, um encontro que servia para aprovar uma ‘bazuca’ de muitos milhares de milhões de euros mas que, no final de contas, mais parece nesta altura um enorme tiro de bazuca da União Europeia no seu próprio pé.

António Costa, numa das pausas, afirmou: "Temos visões profundamente distintas do que é a União Europeia. E aquilo que é o espírito que tem de animar uma união como aquela que nós constituímos já não é partilhado por todos. Essa é a realidade".

Ponto de situação: Domingo à noite a reunião em Bruxelas foi interrompida, tendo sido retomada pelas cinco da manhã de hoje, mas rapidamente interrompida novamente. E deve prosseguir na tarde desta segunda-feira.

De acordo com as últimas informações, o que separa os dois grupos é agora algo como 50 mil milhões (o grupo dos frugais quer subsídios a fundo perdido no montante de 350 mil milhões e a outra metade em empréstimos; Alemanha, França e os países do Sul aceitariam ir até aos 400 mil milhões de subsídios e 350 de empréstimos). Mas além da diferença nos valores, também há divisões profundas sobre as garantias a dar pelos países que receberem as verbas.

Finalmente, e só para que se tenha uma ideia da enorme embrulhada em que estão os líderes: ao fim de três dias divididos sobre o plano de recuperação, os países europeus ainda nem começaram a discutir o montante do orçamento europeu, outro ponto altamente divisivo entre os estados-membros.

Eis um conjunto de resumos e relatos do que se está a passar em Bruxelas. Aqui a visão do El Pais, Aqui o que escrevia a correspondente do Expresso a meio da cimeira.

Esperemos, sinceramente, que esta segunda-feira nos traga boas novas.

CRISTINA FERREIRA

No panorama dos media nacionais, e em particular das televisões, o clima está ao rubro. Dois anos depois de ter perdido a sua estrela de audiências para a SIC (do grupo Impresa, proprietário do Expresso), a TVI (ela própria a viver um período atibulado, com o processo de compra da estação pelo empresário Mário Ferreira ainda a decorrer) foi à estação de Carnaxide resgatar a sua estrela perdida.

A notícia é de sexta-feira à noite mas motivou reacção firme da Impresa, que exige 4 milhões à apresentadora. E de Daniel Oliveira, o responsável máximo pela programação e entretenimento da SIC, que já veio deixar claro que a partir de agora Cristina Ferreira é adversária e concorrente direta - já hoje, o seu programa na SIC é substituído pela 'Casa Feliz', com João Baião ao leme, coadjuvado por outras estrelas da estação, como Diana Chaves.

Do que se sabe, Cristina Ferreira (que se explicou assim) volta para a TVI como responsável máxima pelo Entretenimento (pasta deixada vaga com a passagem de Nuno Santos para uma espécie de director geral da estação de Queluz), tornando-se ao mesmo tempo accionista da estação, ou seja, proprietária. De acordo com o Público, o total da transferência ascende a qualquer coisa como 7 milhões de euros.

Além das mudanças no entretenimento, também a Informação da TVI vai ter nova liderança, com a chegada de Anselmo Crespo, ex-SIC e ex-TSF, para substituir Sérgio Figueiredo.

À margem dos protagonistas, também Rui Rio, presidente do PSD, se veio meter no assunto, dizendo não perceber como é que uma estação que recorreu aos apoios de emergência do Estado para os media no âmbito da pandemia (15 milhões no total) agora se permite fazer uma contratação milionária como a de Cristina Ferreira. Para os leitores que não saibam, e a bem da necessária transparência, é de referir aqui que também a Impresa recorreu aos apoios estatais, em forma de publicidade do Estado a ser utilizada nos meios de comunicação social do Grupo.

JORGE JESUS

Começemos por relembrar a muito atribulada saída de Jorge Jesus do Benfica há cinco anos, em clara ruptura com Luís Filipe Vieira, e rumando ao Sporting (o que motivou inclusivamente guerras na Justiça). Pois, agora, e perante a crise dos encarnados, com o presidente envolvido em sucessivos casos nos tribunais e o clube a deixar escapar o título nacional para o FC Porto, a quem foi Vieira recorrer? Ao antes amado e depois odiado e agora novamente amado treinador que deu três títulos em seis anos ao Benfica. Jesus voltou…

Eis o que se conhece do regresso: um contrato de três épocas, com um salário de três milhões de euros limpos por ano. E ainda com a possibilidade de ingressarem na equipa técnica Luisão e Aimar (duas peças chave das equipas de Jesus na primeira passagem pelo Benfica).

Nesta altura, Luís Filipe Vieira está no Brasil, com Jorge Jesus, a preparar o regresso do treinador a Lisboa (o que deve acontecer estar terça-feira). A impresa desportiva fala também na tentativa de trazer alguns reforços para a equipa do Benfica na próxima época.

Quem considerou esta contratação de Vieira um sinal de desespero para desviar as atenções dos processos judiciais em que está envolvido foi Marques Mendes.

OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro,

As temperaturas elevadas levam a que o estado de alerta contra incêndios tenha sido prolongado deste fim de semana para a próxima terça-feira.

Mais de meia centena de cães e gatos morreram na sequência de um fogo que atingiu um canil clandestino na zona da Serra da Agrela, em Santo Tirso. ainda assim, muitos animais foram salvos devido à intervenção de populares. Na base do sucedido estará o facto de a proprietária do canil ter recusado ajuda e de a GNR ter na sequência disso ter impedido a entrada para salvar animais. A associação que ajudou a resgatar animais conta o que encontrou no abrigo. Este canil já tinha sido investigado pelo MP.

O surto de covid 19 num lar de Reguengos de Monsaraz tem sido uma preocupação nos últimos dias e semanas. Agora, a boa notícia dando conta da recuperação de 21 dos infetados.

Pedro Nuno Santos viu falhar a estratégia de aumentar o peso interno no partido, as eleições para as federações distritais do PS que decorreram no fim de semana, avança o Público.

Para esta terça-feira está marcada a apresentação oficial do plano de recuperação gizado pelo Governo, e com a assinatura de Costa Silva. E no dia seguinte é a vez dos deputados no Parlamento debaterem o Estado da Nação (pelo menos este debate Rui Rio ainda não veio propor que deixe de existir).

Mas já hoje, segunda-feira, é a vez de Mário Centeno tomar posse como novo Governador do Banco de Portugal. Deixa o cargo Carlos Costa. Neste artigo, que passa em revista o que o atual Governador andou a fazer no último ano, pode ter uma ideia da carga de trabalhos de quem ocupa o lugar.

Ainda sobre a acusação judicial no processo da queda do Grupo Espírito Santo, e em que o principal visado é Ricardo Salgado, Marques Mendes veio considerar a acusação como particularmente "robusta".

Aqui lhe deixo alguns dos textos que os jornalistas do Expresso escreveram depois de analisarem o documento de mais de 4 mil páginas: Como esconder um hotelAs últimas fugas num cenário de puro ilusionismoA reunião secreta no lago de Como;

O trabalho do fotógrafo do Expresso Rui Duarte Silva realizado nas últimas eleiçõs legislativas foi premiado.

Lá fora,

Joe Biden, o candidato Democrata à presidência dos EUA, veio responder a uma entrevista de Donald Trump este domingo, dizendo que se perder as eleições e não quiser deixar a Casa Branca será expulso. Trump não deixou totalmente claro o que fará se não for o vencedor das eleições de novembro.

Sobre a entrevista do presidente dos EUA, houve vários momentos assim algo para o bizarros. Que metem até elefantes e testes para avaliar a capacidade mental. Veja-os aqui.

Por falar em bizarrias e momentos estranhos, o rapper norte-americano Kanye West fez assim uma espécie de comício de campanha (já anunciou que é candidato à Casa Branca) vestido de colete à prova de balas.

Morreu John Lewis, histórico lutador pelos direitos cívicos nos EUA:

As autoridades de Amesterdão, na Holanda, decidiram este fim de semana interditar uma parte do famoso bairro Red Light District, depois de estar à pinha de visitantes no último sábado. Depois do confinamento por causa da covid 19, a atividade do bairro dedicado à prostituição voltou ao normal.

Como é que as grandes cidades europeias que viviam fortemente ancoradas no turismo podem renascer e procurar alternativas? Um texto do Guardian que vale a pena a ler.

Já foi lançada a primeira missão espacial árabe a Marte.

DESPORTO

Aves. Enquanto uns festejam o campeonato, outros vivem dias difíceis. O Desportivo das Aves já tem a despromoção para a II Liga assinada, mas ainda tem dois jogos para cumprir na I Liga, e um deles já esta terça-feira, com o Benfica. Mas o clube não paga salários há três meses e agora nem o seguro contra acidentes de trabalho dos jogadores conseguiu pagar. Consequência: não vai jogar com os encarnados. A situação pode ainda conhecer desenvolvimentos nas próximas horas.

Miguel Oliveira. O piloto português partiu do 17º lugar mas conseguiu terminar a corrida de Moto GP este domingo em oitavo, a sua melhor classificação de sempre.

Fórmula 1. O inglês Lewis Hamilton soma e segue e este fim de semana carimbou mais uma vitória num Grande Prémio de Fórmula 1.

Inglaterra. O Chelsea bateu o Manchester United de Bruno Fernandes e qualificou-se para a final da Taça de Inglaterra.

Renato Sanches. O futebolista português testou positivo para covid 19

FRASES

A falta de acordo "será uma péssima notícia para a Europa, um péssimo sinal para os agentes económicos e todos os europeus", António Costa, primeiro-ministro, à margem da cimeira europeia

"O Conselho Europeu dos últimos dias pode não ter passado de uma imagem do que pode vir a ser a 'Europa dos últimos dias'", João Gonçalves, no Jornal de Notícias

"A crise provocada pela covid 19 acabou por ser a grande oportunidade que este Governo teve para travar aquilo que seria o fim da nossa empresa aérea", António Pedro Vasconcelos e outros, no Público

"Se os médicos não pararem um bocado, pode ser desastroso", Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, ao Jornal de Negócios

O QUE ANDO A LER

Entretidíssimo, nos últimos dias, com a notável biografia, política, de Amália Rodrigues, o expoente máximo do fado em Portugal, pela pena de Miguel Carvalho, excelente jornalista da Visão e já autor de outros livros igualmente notáveis. Aqui não se fala tanto dos amores e desamores, dos casamentos e relações, dos fados, letras e músicas. Claro que também se fala sobre isso, mas o livro tem um outro ângulo e abordagem, olhando para Amália Rodrigues enquadrada no período político em que viveu: o salazarismo e a resistência ao regime, primeiro. E o período revolucionário e pós-revolucionário.

Como escreveu o meu colega Miguel Cadete, esta biografia, “Amália – Ditadura e Revolução”, editada pela D. Quixote, “impede que nos continuemos a esconder em hagiografias sem sombra de pecado”.

Imperdível neste verão, e numa altura em que se assinalam os cem anos do nascimento da maior diva do fado nacional (a data exacta é 23 de Julho, precisamente esta semana).

Ao longo do dia pode acompanhar toda a actualidade no Expresso, Tribuna e Blitz.

Tenha um excelente dia

Sugira o Expresso Curto a um/a amigo/a

UE no corte | Subvenções caíram para 390 mil milhões. E ainda não acabou


Cimeira de líderes

Duro braço-de-ferro em torno das subvenções do Fundo de Recuperação ficou nos 390 mil milhões de euros. Frugais mostram-se satisfeitos, mas há ainda vários detalhes a acertar durante esta segunda-feira, o quarto dia de Conselho Europeu extraordinário. Reunião acabou de madrugada, deverá retomar às 15h e bate recordes de uma das cimeiras mais longas.

A ambição de um pacote de 500 mil milhões de euros em subsídios ficou-se pela proposta. Ao fim de três dias de cimeira extraordinária, conseguir um Fundo de Recuperação com 390 mil milhões de euros a fundo perdido (e 360 mil milhões em empréstimo ainda por confirmar) tornou-se o melhor dos cenários. Ao que o Expresso apurou, o montante relativo às subvenções está "em principio fechado", depois de um longo e duro braço-de-ferro entre os nórdicos frugais e o eixo franco-alemão apoiado pelo sul.

"Não posso comentar números porque nada foi assinado", escusava-se o primeiro-ministro holandês à saída da reunião, já passava das seis da manhã em Bruxelas (5h em Lisboa). Mas estava de bom humor e até fez uma piada sobre as negociações durarem ainda até ao próximo fim-de-semana. "Estou a brincar", esclareceu depois. Já o chanceler austríaco foi ainda mais longe na boa disposição. "As negociações difíceis acabam de chegar ao fim, podemos estar muito satisfeitos com o resultado de hoje", escrevia Sebastian Kurz no Twitter.

Nada está ainda decidido e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, terá agora de colocar no papel os 390 mil milhões apresentados aos líderes durante a ronda que começou às 4h45 da manhã e que acabou uns quinze minutos depois.

Susana Frexes, correspondente Expresso em Bruxelas | Imagem: Reuters

Fundos europeus: Regras, mas só para alguns?


Questionado sobre as negociações na União Europeia, Rui Rio juntou-se à Holanda e disse estar "do lado dos que querem regras" para o acesso aos fundos europeus. As regras a que se refere são as que foram colocadas em cima da mesa pelo governo holandês: flexibilização laboral e reforma do sistema de pensões para abrir a porta aos privados. 

Não é preciso dizer que estas reformas estão longe de ser prescrições neutras. Elas derivam do mesmo quadro ideológico que esteve por trás dos programas de ajustamento da troika após a última crise. Também não é preciso recordar o fracasso dessa estratégia, seguida com empenho pela coligação PSD-CDS, que acentuou a recessão e degradou as condições de vida no país.

Mas os problemas não terminam aqui. É que há quem não deixe de notar a singularidade de um debate europeu em que se critica a suposta "rigidez" do mercado de trabalho dos países do Sul, mesmo depois de anos de desregulação, ao mesmo tempo que se omite o dumping fiscal levado a cabo por países como a Holanda, responsável por captar mais de €10 mil milhões anuais de receita fiscal pertencente a outros países da UE. Paul de Grawe resume-o de forma clara: "a Holanda rouba milhares de milhões de receita fiscal dos mesmos países aos quais exige melhor comportamento".

Um debate sério sobre os fundos europeus não pode resumir-se às contribuições líquidas de cada país para o orçamento comunitário. É preciso lembrar os ganhos desproporcionais que os países mais ricos têm com o acesso ao mercado único, reconhecidos pela própria Comissão Europeia, e as assimetrias da moeda única (sub-avaliada para uns, favorecendo as suas exportações, e sobre-avaliada para outros, penalizando-os). Contudo, neste caso, podemos começar pelo mais simples: tributar as empresas nos países onde exercem atividade e pôr termo à hipocrisia holandesa. Caso contrário, reforça-se a ideia de que, na União Europeia, só existem regras para os países mais fracos.



Mais lidas da semana