De
forma serena o Curto aborda o que aproveitamos para título acima. A violência
abraçada em texto por Ricardo Costa, diretor de informação da SIC com lugar no
Expresso da Impresa do senhor-tio Balsemão. Bom dia para eles, lá do burgo
balsemado.
Um
companheiro/amigo da escrita dizia, entre umas caracoletas assadas caprichadas
na tasca ao lado da editora Forja, no lisboeta Largo da Misericórdia: “Mais vale ser balsamado do que embalsamado”. Daí se sentir “razoável” a trabalhar para o
Expresso de então.
Para embalsamar e jamais esquecermos temos Hiroxima e Nagazaki, capitais das bombas
nucleares servidas aos japoneses pelos EUA. Pereceram milhões num arrasto de
leva-vidas durante décadas. Os sofrimentos dos que sobraram estão por
contabilizar. Um imperador japonês maluco-desumano e um crescente império do
terror foram os obreiros principais da hecatombe nuclear que saiu na rifa aos
nipónicos. Hitler, o nazismo, esteve na charneira de tudo que de mal ocorreu
naqueles anos de tão más recordações. Por isso mesmo não devemos esquecê-los
mas sim aproveitá-los como lição da desumanidade extrema que queremos abolida
deste planeta. Compete aos povos controlar os políticos e os militares, a
democracia é valiosa principalmente por isso. Não só, mas também.
Principalmente também. Pano para mangas, é o que daria esta 'converseta' exposta.
Adiante.
Outra
explosão: Beirute. Como naquela região do mundo não faltam, ontem aconteceu mais
uma, enorme. Foi assim como que uma homenagem à estupidez – no caso, libanesa. O
menu foi preparado com o armazenamento de toneladas de nitrato de amónio junto
ao porto de Beirute. Sem consciência do perigo que representava tal acumulação
do produto, ainda mais por falta das condições em que o acondicionaram…
Estupidez da grossa que levou mais de uma centena de seres humanos
inconscientes de que estavam a obedecer a chefes estúpidos. Os trabalhadores são
assim (nem todos), não contestam os chefes, têm medo de ser óbvios e
inteligentes ou, ao menos, esclarecidos. Devido a isso é que deparamos com
tantos ditadores, tantos fascistas, tantos que sob a capa de democratas vão
minando a democracia, deturpando-a e vigarizando os povos. Daí às explosões que
vitimam esses mesmos trabalhadores, esses mesmos povos, vai um passo de
passarinho. Acautelem-se, as democracias estão repletas de agentes políticos e
outros preponderantes, mascarados de democratas e de humanistas, que afinal
perseguem a obtenção de lucros hipersonicos, só lucros, sem humanidade. E cada vez mais, tornando-se um vício
como a droga, indiferentes à miséria que causam, à mortandade que é inerente às
suas atitudes desumanas…
Pano
para mangas também haveria neste tema. Adiante.
Rumo ao final desta entrada no Curto do Expresso. Com interesse, como
quase sempre. Devemos agradecer.
Gratos,
muito gratos, tio Balsemão e colaboradores – trabalhadores, os do topo… Mas,
principalmente, os precários, iludidos e mal pagos. Isso.
O
Curto, a seguir. Bom dia, se conseguirem.
MM
| PG