quinta-feira, 15 de julho de 2021

O COVID TEM AS COSTAS LARGAS

Expresso Curto num bom dia que se prevê ser quente. Cristina Peres, jornalista do internacional, do proabundo Expresso do tio Balsemão Bilderberg - de outras chafaricas dos altos e tenebrosos poderes e das altas finanças do sistema que cada vez mais nos aterroriza e dizima -  dá por título à prosa seguinte a afirmação de que "isto vai aquecer". Com o Brasil à cabeça, a jornalista envereda pelas políticas porcas e fascista dum Bolsonaro que o povo eleitor brasileiro escolheu para a mais alta magistratura do país irmão. Evidente estupidez que os mais atentos logo identificaram. Agora resta sofrer ainda mais do que aquilo que têm vindo a sofrer naquela onda bolsonarista iniciada há anos atrás, talvez trauteando “a gente vai levando” e o “diz que Deus dá, diz que ele dará”. Dias melhores se seguirão – é a crença cristã e do bando de igrejas da treta que por lá habitam e se espalham pelo mundo como cogumelos de mentiras e de esbulho aos “irmãos cristãos”. Exigem dízimos para dizimarem-nos e enriquecerem roubando outros… Tudo legal. Pois. Adiante.

Escrevendo simples: o covid tem as costas largas.

No Expresso Curto, lá para finais da prosa: “Só se fala de covid, mas há pessoas a morrer de outras causas e ninguém liga” . Cada vez mais crítico da 'atmosfera de pânico à volta da Covid', José Miguel Júdice não concorda com as medidas do Governo no combate à pandemia, sobretudo as mais recentes que afetam a hotelaria e restauração". Quem o escreve é José Miguel Júdice. Pois claro. E é a verdade pura e dura – mas só um pouquinho. Ele não refere que temos médicos formatados que encontram o ambiente perfeito para abandalharem o sistema de saúde vigente. Daqueles que saíram das universidades de medicina com cursos de gestão e economia neoliberal para mal da saúde dos portugueses. Fulanos e fulanas automatizados, com conversas padronadas e que vão bater todas nos mesmos argumentos esfarrapados e de pendores de desumanização do SNS. Sim, e isso prova os maus tratos de muitos portugueses que sem covid, mas por causa do covid e do abandalhamento inerente, padecem e até batem a bota. Mas qual quê, são senhores doutores e isso é que conta. Muitas vezes nem fizeram o doutoramento, ficando-se só por licenciados… Ora, ora. Também os cães têm de estar licenciados pelo rigor da lei (pelo menos a lei do Salazar). Agora usam chipes.

Além disso há muito bons profissionais de saúde e os bons em medicina e noutras profissões. Já sabemos que a carapuça só serve para quem cabe nela. Ou em quem ela cabe. Pois. Felizmente ainda existem. É a safa da plebe. Pena que cada vez mais escasseiam.

Mais? Mais só no 'continente'. E só porque agora já não existem as colónias portuguesas. Saudades? Há desses obtusos ainda. Coisas aberrantes. Vai daí dedicam-se agora ao neocolonialismo da exploração e ao moderno tráfico de escravos, mirando-se nas contas bancárias a abarrotar. Pulhas.

Dito isso, acima exposto, gerando náuseas e fartuns de arrotos e vómitos, avancemos.

Muito se segue no Curto de sorver o tutano. É de ler. O que é palha fica para escolher segundo o vosso critério, queridos(as) pacientes deste arrazoado que há tanto tempo não exercitávamos.

Avante, para o Curto do Expresso. Vale. Bom dia.

MM | PG


Bom dia este é o seu Expresso Curto

Isto vai aquecer!

Cristina Peres | Expresso

Um estudo publicado esta quarta-feira na revista “Nature” acaba de analisar centenas de medições aéreas da emissões sobre a floresta amazónica e concluiu que algumas partes da Amazónia, principalmente no sudoeste, passaram pela primeira vez a emitir mais dióxido de carbono do que são capazes de absorver. Mil milhões de toneladas de carbono ao ano.

“Este é um ciclo negativo”, diz Giovanni Vanni Gatti, uma das autoras desta investigação do Instituto Nacional para a Investigação Espacial do Brasil. A região da Amazónia, que alberga as maiores florestas tropicais do planeta, tem até agora sido um importante absorvedor de dióxido. A alteração dos padrões climáticos tem reduzido a sua eficácia como zona tampão para as alterações climáticas e, a partir de agora, as condições favorecem o aquecimento, logo, mais emissões de CO2…

A inversão desta equação é uma má notícia, porém a alteração sofrida não é uma completa novidade. Um estudo também publicado na “Nature” em 2015 , referindo provas recolhidas ao longo dos últimos 30 anos, confirmava o efeito de absorção ao mesmo tempo que admitia não conseguir prever a evolução dessa função das florestas uma vez pressionada pela alteração de padrão do clima. O declínio da capacidade de absorção de carbono deveu-se à maior variabilidade do clima e à morte precoce das árvores.

política de desflorestação e incêndios provocados para “criar espaço” para pastagens e monoculturas, como a soja, aceleram o processo. As maiores alterações ao equilíbrio ecológico nestas áreas deveram-se à desflorestação.

Neste mesmo dia, o mais proeminente negacionista das alterações climáticas e promotor da “criação de espaço” pelo fogo na região, que é Presidente do Brasil e age como DDT, foi internado com soluços e dores abdominais persistentes. Jair Bolsonaro poderá ser operado a uma obstrução intestinal depois de ter sido transferido de Brasília para S. Paulo. O PR culpa o ataque à faca que sofreu em 2018.

Agora, a esperança: o processo da Amazónia pode ser parcialmente revertido e o equilíbrio parcialmente restabelecido, defende Thomas Lovejoy, da Universidade George Mason, um dos autores do ensaio “Tipping point”: “A capacidade de voltar a construir uma margem de segurança” por meio da reflorestação pode trazer de volta o poder das árvores de produzirem a quantidade de humidade necessária no coração da floresta. A hidrologia e a biodioversidade fazem o resto. Nunca voltará a ser o que era dantes, mas a Amazónia pode ainda melhorar muito. Reduzir as emissões com origem em combustíveis fósseis nunca foi tão urgente.

OUTRAS NOTÍCIAS
Covid-19. O valor de novos infetados mais alto desde o passado mês de fevereiro. E Lisboa regista o maior número de novos infetados com o norte a ter tendência a seguir. O que o Conselho de Ministros decidir hoje será decisivo para o próximo mês, escreve o DN na manchete de hoje, em que destaca “Se relaxarmos medidas hoje vamos ter novo pico em agosto”. Infarmed suspendeu ontem um lote da vacina Johnson após uma reação adversa ocorrida em Mafra.

Covid-19. Longe de controlar a infeção e perto de um novo nível crítico é como Portugal está relativamente à pandemia. O aviso foi feito pelo Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos e por investigadores do Instituto Superior Técnico (IST), com base num novo modelo de avaliação da pandemia. A nova ‘matriz’ foi apresentada esta manhã e será de seguida enviada ao Governo.

“Costa ganha batalha dos apoios sociais mas Marcelo também fica ‘feliz’” é a manchete de hoje do Público. Leia aqui a explicação no Expresso.

Luís Filipe Vieira vai ser afastado da SAD do Benfica nos próximos 30 dias. Se nada mudar face à atual situação, o Conselho Fiscal da Benfica - SAD tomará essa decisão nos próximos 30 dias, tirando-o da sua função de presidente da administração. A decisão prende-se com o facto de não poder contactar os restantes membros da administração.

Mais de 100 bombeiros e cinco meios aéreos combatem um incêndio em Sousel, distrito de Portalegre, que deflagrou ontem à tarde.

Lisboa e Porto mais perto de serem ligados por comboio sem paragens.

África do Sul. O ciclo de violência foi desencadeado na quarta-feira passada quando o ex-Presidente Jacob Zuma se entregou às autoridades para cumprir uma pena de 15 meses decretada pelo Tribunal Constitucional por desrespeito a este mesmo. Bloqueios nas estradas, casas e carros incendiados, destruição e saque de lojas e residências, roubo de bancos de sangue e destruição de postos de vacinação contra a covid-19… Suspeita de sabotagem económica, mais do que zulus a defenderem a libertação do seu líder ou de revolta contra a pobreza e desemprego crescentes. Mais de 70 mortos, 3000 detidos, aumento de 25000 militares em apoio à ação da polícia. O controlo da situação está ainda longe enquanto se formam grupos de vigilantes para defesa dos seus bens.

Cuba levantou as taxas a alimentos e medicamentos importados por viajantes isolados, uma concessão com poucas hipóteses de acalmar a onda de protestos que invadiu as ruas na semana passada.

Mortes por overdose aumentaram 29% em 2020 nos Estados Unidos. O número recorde de mortes foi de 93 mil pessoas. Mais drogas mortais, como o fentanyl, tornaram-se comuns.

Veneza vai finalmente ver-se livre dos navios de cruzeiros a circular nas suas artérias. O anúncio do Governo foi acompanhado pelo da construção de um terminal longe do centro para que as embarcações atraquem longe.

Metas climáticas europeias apertam para carros, edifícios, combustíveis e navios.

CNB. O ex-bailarino e professor convidado Carlos Prado é o novo diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado. Entra em funções a 1 de setembro.

FRASES
“Todos os efeitos sociais que importava garantir foram garantidos e garantidos a tempo, quando cada dia valia por uma eternidade”, Marcelo Rebelo de Sousa, reagindo em tom vitorioso ao chumbo pelo Tribunal Constitucional dos apoios por si promulgados

“Estão todos a sofrer do mesmo mal, que é maior frequência de secas, ondas de calor e incêndios florestais”, Ricardo Trigo, Instituto Dom Luiz ao jornal i referindo as alterações climáticas que se registam do Canadá ao Chile passando pela África do Sul e pelo Mediterrâneo

“A vacinação é um processo controlado e com pouco risco associado, enquanto a “vacinação natural” é um processo não controlado, com um risco associado muito superior”, Henrique Gouveia e Melo, Coordenador da Task Force do plano de vacinação contra a covid-19

PODCASTS A NÃO PERDER
💰Currículos, dúvidas e suspeitas em torno de Vítor Fernandes A oposição critica a escolha de Vítor Fernandes para liderar o Banco de Fomento, mas teve a oportunidade de o chamar à Comissão Parlamentar de Inquérito do Novo Banco, que ainda está em funções, e não o fez. A análise no Expresso da Manhã

😷“Só se fala de covid, mas há pessoas a morrer de outras causas e ninguém liga” Cada vez mais crítico da 'atmosfera de pânico à volta da Covid', José Miguel Júdice não concorda com as medidas do Governo no combate à pandemia, sobretudo as mais recentes que afetam a hotelaria e restauração

🎬“Vai ser uma festa com muitos filmes e muitas pessoas, mas em segurança” Rui Pedro Tendinha vai até Avanca, Estarreja, e traz-nos uma antecipação dos 25 anos do Avanca Film Festival. Com data de arranque marcada para o dia 28 de julho, o Avanca 2021 “vai ser uma festa”, garante o diretor do festival, António Costa Valente. Ouça o CineTendinha

O QUE ANDO A LER
Acabei de ler “Born a Crime - Stories from a South African Childhood” (Yearling Book, edição em língua portuguesa da Tinta da China editada em 2019) dois dias antes do início da crise na África do Sul e poucos livros teriam elementos esclarecedores da complexidade daquela sociedade como este escrito pela estrela televisiva, anfitrião do “Daily Show” da Comedy Central, Trevor Noah. Por erro de encomenda no Book Depository, saiu-me uma edição adaptada a leitores jovens feita a partir do best seller do New York Times. Não imagino a versão original, mas os “jovens leitores” foram bem tratados. A escrita equivale à expectativa do personagem, é animada e cativante. Porém é a descrição da vida quotidiana nos townships, como o Soweto e Alexandra, que é preciosa. A pobreza não se descreve, ou se vive ou é uma abstração sobre os que vivem com menos de US1$ por dia, como se se fosse às compras dia sim, dia não, com um dólar na mão. É sempre menos do que isso e exige ginásticas difíceis de imaginar, aqui razoavelmente bem ilustradas pelo autor. Toda a informação que Trevor Noah dá sobre o regime de apartheid, que ainda conheceu em criança, é fundamental para contextualizar o que narra. “Born a Crime” esclarece o crime que então era nascer da ligação ilegal de uma mulher negra e de um homem branco, neste caso suíço-alemão, e de como os mestiços eram considerados uma afronta ao propósito do apartheid. Equivalia a nunca poder ver os pais juntos e a ter de fazer crer que a mãe era a nanny de um colored, uma das “raças” oficialmente classificadas na estratificação segregacionista que vigorava. O apartheid durou de 1948 a 1993 e foi meticulosamente elaborado a partir do estudo dos regimes racistas de todo o mundo, com a inspiração da raça superior inventada e propagada pelo regime nazi.

Defenda-se dos golpes de calor, as temperaturas vão ultrapassar os 30 graus em várias localidades e siga-nos 24/7 em expresso.pt. Se estiver perto de Lisboa, este fim de semana poderá ir à Destemporada no Centro Cultural de Belém: dança, teatro, cinema, música, cozinhas do mundo, pilates e tai chi chuan. Um título maravilhoso em tempos de arranca/não arranca, abre/não abre, começa/não começa”…

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