domingo, 17 de outubro de 2021

Empresariado condena veementemente raptos em Moçambique

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique diz que raptos estão a causar "maior clima de desespero" e a afetar ambiente de negócios e investimento privado. CTA quer apoiar Governo no combate a este crime.

Num comunicado divulgado este sábado (16.10), a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) classificou os raptos como um "ato criminoso e hediondo  cujas consequências afetam não só às famílias das vítimas e à classe empresarial, mas igualmente aos cidadãos moçambicanos no geral".

Esta sexta-feira (15.10), foi confirmado o rapto do filho mais velho do presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), o moçambicano Salimo Abdula. Jair Abdula terá sido raptado na quinta-feira (14.10) à noite na cidade de Benoni, na África do Sul.

"Estes raptos revelam que a criminalidade em que a sociedade moçambicana está mergulhada está a atingir níveis alarmantes, contribuindo para um maior clima de desespero, incerteza e insegurança, afetando negativamente o ambiente de negócios e o investimento privado em Moçambique", diz o comunicado. A CTA informou que, nos últimos sete dias, foram registados três raptos.

Apoio ao Governo

Ao condenar os "crimes horrendos", a CTA reivindica que "as entidades competentes acionem imediata e aceradamente os mecanismos para combater de forma eficiente, concreta e com resultados visíveis estes crimes, por forma a devolver a paz, a segurança e a estabilidade à classe empresarial e ao país".

Aquela associação anunciou que a classe empresarial está à disposição do Governo moçambicano para oferecer apoio material de capacitação de "unidades específicas" para lidar com raptos.

"Estamos disponíveis para coordenar uma campanha onde os empresários contribuem e apoiam o Governo para dar resposta", sublinhou a CTA. "O que queremos é resposta imediata desta situação que se torna insustentável. É necessário uma resposta muito forte e clara para acalmar a tensão que se gerou no seio dos empresários".

Karina Gomes | Deutsche Welle

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