quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

PAIGC exige "esclarecimento cabal" sobre avião retido em Bissau

O comité central do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC) quer que seja aclarado o caso do avião retido no aeroporto de Bissau, a mando do primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam.

O comité central do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC) exige o "esclarecimento cabal da situação do avião A-340, que se encontra retido na pista do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, sob custódia das autoridades do país, sujeito a investigação por parte de uma comissão criada para o efeito", segundo resoluções do encontro partidário.

O avião, um Airbus A340, aterrou em Bissau a 29 de outubro a pedido do gabinete do chefe de Estado do país, Umaro Sissoco Embaló. O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, decidiu impedir o avião de sair do país e anunciou uma investigação externa ao avião, pedindo apoio da comunidade internacional.

Nas resoluções, o comité político do PAIGC pede também ao secretariado nacional do partido para elaborar uma estratégia que "contrarie os ataques de que o partido tem sido alvo e indicar a melhor forma" de resposta para "enfrentar a atual crise política nacional, não excluindo a possibilidade de aquele órgão executivo e operacional do PAIGC organizar uma manifestação popular".

Ameaças

O Presidente guineense justifica que as circunstâncias da vinda do avião ao país "são normais" e que seria uma empresa internacional que pretende instalar-se em Bissau para a manutenção de aviões.

O deputado que denunciou que o avião aterrou sob as ordens do Presidente Sissoco teve de sair do país por vários dias, alegando que estava a ser ameaçado de morte - sem mencionar por quem. José Carlos Macedo voltou a Bissau em meados de novembro.

Deutsche Welle | Lusa

Sem comentários:

Mais lidas da semana