segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

EQUÍVOCO COLONIAL!

Martinho Júnior, Luanda

A descolonização mental em Portugal não foi feita e o 25 de Novembro de 1975 ao prolongar-se, sucedendo-se os governos do "arco de governação", reúnem os cacos do saudosismo, da mentira e da pobreza interpretativa colonial, para que desse modo sejam fluentes todos os argumentos de interesse exclusivo do domínio, que em Portugal toca as raias do cinismo, da hipocrisia e da vassalagem sem limites e sem escrúpulos!

Vem isto a propósito da morte do "militar mais condecorado do Exército português"!

Jamais os saudosistas, os mentirosos e os pobres mentais reconheceram que o colonial-fascismo ditava a sua sorte de derrota no mesmo dia em que decidiu "africanizar a guerra", recusando-se a entender que a luta de libertação em África era um processo dialético que atingia em cheio todas as "transversalidades" da época, que conduziram ao 25 de Abril de 1974!...

Assim a memória que é cultivada, prende-se a feitos, a pessoas, a "saudades", conferindo até na hora da morte luminosidade às árvores e denso nevoeiro às florestas, subvertendo a interpretação devida à história e de facto ao papel do movimento de libertação em África por dentro das "transversalidades" libertadoras que rasgaram o corpo do próprio regime e sistema colonial-fascista, particularmente desde o momento em que começou a "africanização da guerra"!

Deste lado da lógica com sentido de vida, respeitadora da humanidade e da Mãe Terra, sabemos que a guerra psicológica que é feita com o concurso da NATO e do AFRICOM sustenta por todos os meios a obstrução à premente necessidade de descolonização mental nas amplas florestas, por que de outro modo não consegue mobilizar segundo seus intentos!

Os venenos de Bicesse permitiram em Angola a "expressão democrática" de natureza etno-nacionalista e secessionista dos expedientes de desagregação que também são de colonização mental, filtrando a história conforme aos requintes da hegemonia!...

Os muitos passos atrás que foram dados, inclusive dentro do MPLA que considero de quarentena, são o alfobre dum novo processo dialético que urge desencadear, por uma Constituição angolana progressista e por que Angola é una e indivisível, de Cabinda ao Cunene e do mar ao leste, conforme aos parâmetros que regeram durante uma década a independência e a soberania da República Popular de Angola, com democracia popular e uma estreita aliança cívico-militar que numa luta generalizada permitiu a vitória sobre o "apartheid" e sobre muitas das sequelas coloniais, do próprio "apartheid" e dos que assumiram  de qualquer modo, por via de rebelião armada, o lado errado da história!...

Martinho Júnior -- Luanda, 15 de Fevereiro de 2021

Imagem: foto de Marcelino da mata, ora falecido

ASSIM SE FAZ A PROPAGANDA TÍPICA DE GUERRA PSICOLÓGICA CONTRA O POVO PORTUGUÊS E OS POVOS DE TODO O MUNDO, POR PARTE DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO DA VASSALAGEM AO IMPÉRIO E À NATO:

Morreu Marcelino da Mata, o militar mais condecorado no Exército português

Jornal i, em 11/02/2021

Vítima da covid-19, morreu aos 80 anos no Amadora-Sintra

O tenente-coronel na reforma Marcelino da Mata, o militar mais condecorado no Exército português, morreu esta quinta-feira, vítima de covid-19, no Hospital Amadora-Sintra, confirmou oficial do Exército à agência Lusa.

Marcelino da Mata, natural da Guiné-Bissau, tinha 80 anos e foi um dos fundadores da tropa de elite Comandos.

Após a Revolução do 25 de Abril e do fim da Guerra Colonial foi proibido de voltar à sua terra-natal e viu-se obrigado ao exílio até ao contra-golpe do 25 de Novembro.

Foi o militar mais condecorado de sempre do Exército e em 1969, foi armado cavaleiro da ‘Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito’, após ter subido sucessivamente de patente, de soldado a major. Reformou-se em 1980 e foi ainda promovido a tenente-coronel em 1994.

https://www.dn.pt/sociedade/marcelo-e-varias-patentes-militares-no-funeral-de-marcelino-da-mata-13354193.html?utm_source=push&utm_medium=mas&utm_term=13354193

https://ionline.sapo.pt/artigo/724517/morreu-marcelino-da-mata-o-militar-mais-condecorado-no-exercito-portugu-s?seccao=Portugal_i

Governo aceita esquema e EDP foge a 110 milhões em impostos

A Agência Portuguesa do Ambiente autorizou a transmissão de seis barragens da EDP para a Engie, permitindo à EDP fugir aos impostos associados ao que é de facto uma operação de venda. O negócio "tem de ser travado", diz Mariana Mortágua.

A EDP detém a concessão e a propriedade de seis barragens do Douro Internacional que estavam registadas em nome da EDP Produção que tinha já manifestado a intenção de vender essa concessão, bem como as barragens, a um consórcio liderado pela ENGIE.

A operação foi denunciada pelo Movimento Cultural das Terras de Miranda(link is external), que exigia contrapartidas da operação no valor de 100 milhões de euros para investimento na região.

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, no seguimento das denúncias do movimento, requereu (link is external)em 2020 o envio dos contratos ao Parlamento, mas apenas o contrato de concessão original foi enviado.

Ora, este contrato “foi alterado para incluir esta operação”, explicou Mariana Mortágua esta manhã em conferência de imprensa.

Portugal | Bloco central social contra o radicalismo

Paulo Baldaia* | Diário de Notícias | opinião

Não consigo conceber no relacionamento humano nada pior do que a discriminação, seja pela diferença de raça, de país ou de género. Nada me incomoda mais e nada tem mais poder para me convocar para um combate. Racistas, xenófobos, machistas ou misóginos têm de ser combatidos sem tréguas e ninguém deve ser dispensado dessa luta.

É, aliás, por isso, que também me incomoda que algumas vítimas do machismo ou do racismo entendam que nesta luta há os combatentes de primeira (mulheres e negros) e os de segunda (homens brancos). Como se eu, por ser homem, não pudesse indignar-me de igual forma com a irracionalidade do machismo. Como se eu não tivesse mãe, irmãs, mulher e filhas, para carregar o peso da injustiça de que sofrem as mulheres em todo o mundo. Como se eu, por ser branco, não pudesse sentir-me humilhado quando outro branco humilha um negro ou um cigano. Como se eu, por ser português, não tivesse no meu corpo e na minha memória a miscigenação com que se faz parte da história deste país.

Dito isto, percebe-se bem a minha aversão ao discurso de André Ventura e ao que representa o Chega na promoção do ódio ao outro, na defesa de uma sociedade dividida por castas, onde eu, por ser português de várias gerações e tão branco quanto pode ser branco um descendente de lusitanos e mouros, devo ter mais privilégios do que os restantes habitantes deste país. Aqui se faz, ou devia fazer, a distinção total entre a extrema-direita e a extrema-esquerda, representada pelo Bloco. Tendo discordâncias totais com muito do que defendem os bloquistas, não consigo, no entanto, acompanhar este paralelismo que se estabelece entre os dois extremos, porque nada se compara politicamente, insisto, à defesa de teses racistas e xenófobas.

Acontece que, cada vez mais, os defensores de uma aliança de centro-direita, que vá do PSD ao Chega, justificam essa possibilidade com a existência de uma aliança de centro-esquerda, que vai do PS ao BE. Argumentam que o Bloco promove igualmente o divisionismo, numa luta ideológica contra tudo o que é privado, revelando igual preconceito pelo que é diferente. Descontando os evidentes exageros desta comparação, era altura de muita gente à esquerda perceber que tem de deixar de alimentar esta forma de fazer política, em que parece bastar que nos entendamos com razão para sentir que o nosso radicalismo fica legitimado. A intolerância só aceitável como combate à própria intolerância mas, para que não entremos num remoinho, importa distinguir o que é que verdadeiramente não podemos tolerar. Apenas como exemplo: devemos ser intolerantes com o racismo, mas faz pouco sentido que o sejamos em relação à saúde privada.

O momento muito difícil que vivemos, convoca-nos de igual forma para a defesa de uma sociedade mais justa e para o combate aos radicalismos, venham de onde vierem. Para que não se diga que os extremos se autoalimentam, para que se promovam consensos que nos façam avançar. Estamos absolutamente necessitados de um bloco central social, que promova alternativas políticas, em que se distinga a direita da esquerda, mas em que prevaleça a vontade de uma larguíssima maioria da sociedade. Estamos a ficar reféns de uma minoria radical, que nos empurra para um caminho onde não é expectável que encontremos algo de bom.

*Jornalista

Concentração em Lisboa pelo rapper Pablo Hasél na sexta-feira, 26

Plataforma Liberdade Pablo Hasél - um movimento português criado nas redes sociais - convocou, esta segunda-feira, uma concentração em frente ao consulado de Espanha, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, para a próxima sexta-feira, 26 de Fevereiro.

A vigília, marcada para as 18h00, contará com "várias intervenções" pela "necessária e justa" libertação imediata do rapper catalão Pablo Hasél, explica em comunicado o grupo de organizadores do evento.

Vamos realizar uma concentração em frente ao consulado de Espanha, em Lisboa, na próxima sexta-feira, 26 de Fevereiro, às 18 horas, para entregar à representação diplomática espanhola em Portugal o conjunto de assinaturas recolhidas até esse dia.

Participa e ajuda-nos a divulgar.

Pela libertação imediata de Pablo Hasél!...Ver mais

Mafalda Tello Silva com Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal regista mais 61 mortos e 549 casos confirmados de Covid-19

Já foi divulgado o boletim epidemiológico, desta segunda-feira, dia 22 de fevereiro.

Portugal contabilizou, nas últimas 24 horas, mais 61 óbitos e 549 contágios de Covid-19, informou, esta segunda-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O número de casos diários reportados hoje é o mais baixo desde 6 de outubro do ano passado, quando foram contabilizados 427 infeções em 24 horas.

Quanto aos mortos, o número desta segunda-feira também é o mais baixo desde 28 de dezembro de 2020, dia em que foram registadas 58 vítimas mortais associadas ao novo coronavírus.

[Notícia em atualização]

Notícias ao Minuto | Imagem: © Getty Images

Leia em Notícias ao Minuto: AO MINUTO: Hoje há (nova) reunião do Infarmed; Vacina 'porta a porta'

Não “pesar” nas reformas-pensionistas até dá jeito, e etc e tal….

Semana hoje começada e lauda de Curto do Expresso aqui esparramada. Lá fomos novamente “roubar” o dito Curto ao tio Balsemão, hoje com lauda do economista e jornalista João Silvestre, um João Contente, à semelhança de tantos portugueses, porque esta vaga do covid-19 está a ficar mais brande, depois de ter morto por incúria milhares de portugueses – principalmente idosos e outros mais novatos mas de saúde frágil. Estão contentes, os senhores Contentes… Já terão acaso admitido que se não houvesse “baldas” desde o princípio (desde há um ano) nem metade dos que até agora morreram por covid-19 teriam morrido, nem sofrido o contágio tão pernicioso? Pois. Então estão contentes porque motivo? Por que depois do corte de algumas “baldas”, incapacidades, incompetências e cegueiras económicas com desprezo à vida de todos nós baixaram os números de contágios e de mortes da velharia? Pois. Mas a velharia morrer, caírem como tordos e deixarem de “pesar” nas reformas-pensionistas até dá jeito. Pensem bem nos milhões que estão a ser poupados porque muitos milhares se finaram. Foi um ar que lhes deu. Abençoado para o SNS e de Pensões… Pois.

Más-línguas, dirão uns quantos. Pois. Façam as contas e… Adiante.

Sem mais tretas adiantemos que há muitos portugueses que consideram que “aqui há gato”. Não só em Portugal mas sim globalmente… Talvez (ou pela certa) porque os políticos são desonestos, rodeados nas ilhargas por outros que tais, que bramindo “canudos” dizem e fazem de suas “sabedorias superiores” os plebeus passarem as passas do Algarve.

Desconfiamos, pois desconfiamos… Só isso, mais nada. Há casos em que depois até ficamos a saber que as desconfianças correspondem a realidades, mas isso só acontece muitos anos depois – dezenas ou centenas de anos… Enfim.

O Curto para si, a seguir. Depois deste “veneno” aqui deixado… Coisa que era muito positivo não ter de o fazer se…

Bom dia e um queijo, dos bons, ao arrepio de “vacas sagradas de canudos sábios”. Talvez com “canudos” da treta. Nunca se sabe.

Curto para lerem e pensarem. Vale para isso. Agradecidos. Pois.

MM | PG

EUA | O impeachment acabou. Comecem as investigações criminais

Publicado em português do Brasil

Depois do discurso cínico de Mitch McConnell, os Republicanos não podem reclamar

Michelle Goldberg* | Carta Maior

Algumas horas depois de o Senado votar o julgamento do impeachment de Donald Trump no final de semana, eu conversei com o gestor principal do impeachment, Jamie Raskin. Ele estava extremamente desapontado. Mesmo com a tolerância dos Republicanos com Trump nos últimos cinco anos, mesmo com o fato de que três senadores Republicanos se encontraram com os advogados de Trump antes de apresentarem sua defesa, Raskin tinha tanta fé no caso esmagador que ele e seus colegas trouxeram que, até o final, ele tinha esperança da condenação.

“Eu sempre fui visto como um cara muito otimista”, ele disse. A crença franca de que os Republicanos no Senado haviam mantido um resquício de solidariedade patriótica com seus colegas cidadãos é parte do motivo que tornou sua apresentação tão efetiva; ele se jogou nisso sem fatalismo ou cinismo.

Os representantes da Câmara forçaram o Senado a reconhecer a escala de terror que Trump desencadeou no Congresso. “Eu vi muitos Republicanos que votaram contra nós, incluindo Mitch McConnell, chorando em diferentes momentos”, disse Raskin. O caso era forte o suficiente para ganhar até mesmo dois senadores Republicanos, Richard Burr e Bill Cassidy, que haviam votado inicialmente contra a realização do julgamento.

Mas quando o assunto é McConnell e seu partido, o cinismo sempre prevalece.

O novo velho continente e suas contradições: A nova esquerda na Europa

Publicado em português do Brasil

Celso Japiassu | Carta Maior

Ela está presente no Parlamento Europeu, onde faz ouvir a sua voz. Participou das mais recentes e disputadas eleições dos diversos países que formam a União Europeia. Esta nova esquerda, atuante e combativa, tem construído e fortalecido a confiança de que, como diz o tema do Fórum Social Mundial, um outro mundo é possível. Partidos como o espanhol Podemos, o grego Syriza, o França Insubmissa, o italiano Potere al Popolo ou o Bloco de Esquerda de Portugal têm compensado o clima de pessimismo que cobriu a Europa antes mesmo da pandemia que desestabilizou tudo, até as emoções de um mundo adoecido.

Em um continente que tem se inclinado para a direita, a ponto de possuir governos claramente neofascistas, tem também florescido uma esquerda combativa, moderna e consciente das contradições do mundo de hoje. Ela está presente no Parlamento Europeu, onde faz ouvir a sua voz. Participou das mais recentes e disputadas eleições dos diversos países que formam a União Europeia.

Esta nova esquerda, atuante e combativa, tem construído e fortalecido a confiança de que, como diz o tema do Fórum Social Mundial, um outro mundo é possível.

Partidos como o espanhol Podemos, o grego Syriza, o França Insubmissa, o italiano Potere al Popolo ou o Bloco de Esquerda de Portugal têm compensado o clima de pessimismo que cobriu a Europa antes mesmo da pandemia que desestabilizou tudo, até as emoções de um mundo adoecido.

Podemos (em catalão, Podem; em basco, Ahal Dugu) foi fundado em 2014. Neste mesmo ano participou das eleições europeias e obteve cinco cadeiras no Parlamento Europeu. Tem sido o partido mais seguido nas redes sociais e tem apresentado crescimento constante nas preferências eleitorais.

O partido mantem na sua representação e nos postos de direção a mesma proporção entre homens e mulheres. Recusa doações empresariais ou empréstimos bancários. O seu financiamento é feito por doações voluntárias. “A única dívida que temos é para com as pessoas, que são nossa fonte de financiamento”, diz Pablo Iglesias, o Secretário Geral e um dos cinco cofundadores do Podemos.

A coligação do Podemos com a Esquerda Unida deu origem ao Unidos Podemos, que por ironia da História possibilitou a formação do atual governo espanhol liderado pelo primeiro ministro Pedro Sanchez, do PSOE-Partido Socialista Operário Espanhol, um dos mais tradicionais partidos do país, fundado em 1879.

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