#Publicado em português do Brasil
Pinchas Goldschmidt* | Deutsche Welle | opinião
O Velho Continente trai seu lema "Unidos na diversidade" ao decretar restrições à vida judaica. A tendência se agravou com a pandemia e poderá resultar num êxodo, opina o rabino-chefe de Moscou, Pinchas Goldschmidt.
Neste fim de semana (27-28/03) começa o Pessach, uma das festas mais importantes do judaísmo, recordando a libertação dos israelitas de sua escravidão no Egito. Mas nem todos estão com espíritos para comemorações.
Recentemente, o secretário do
Vaticano para Relações com os Estados, Paul Gallagher, acusou um esvaziamento
do direito fundamental à liberdade religiosa na pandemia, numa participação em
vídeo à 46ª Assembleia do Conselho para os Direitos Humanos das Nações Unidas,
Com isso, o arcebispo britânico tocou um ponto doloroso que atualmente afeta praticamente todas as congregações de fé e religião do mundo. Infelizmente, restrições crescentes contra o direito fundamental à liberdade religiosa não são um fenômeno novo.
Essa tendência negativa já existia antes da eclosão no novo coronavírus. Sob a capa da pandemia, ela simplesmente está se reforçando ainda mais. O fato enche de apreensão a comunidade judaica da Europa, pois coloca em jogo sua existência futura.