sábado, 24 de abril de 2021

Portugal | 25 de Abril: a revolução que não foi assim tão branda

O novo livro do historiador António Araújo, Morte à PIDE!, regressa ao 25 de Abril de 1974 e à sede da polícia política para lançar a pergunta: foi mesmo uma revolução branda, sem sangue? E os cinco mortos daquele dia? E que destino tiveram os agentes daquela força?

ornou-se um lugar-comum descrever o 25 de Abril de 1974 como uma revolução sui generis, sem derramamentos de sangue nem violências. O carácter pacífico dos acontecimentos revolucionários teve mesmo expressão simbólica nas flores postas por soldados e populares nos canos das espingardas que se mantiveram silenciosas durante todo o golpe militar. A imagem da "revolução dos cravos" correu mundo. Dois jornalistas espanhóis diriam que Portugal passou de "um lugar de escravos a uma pátria de cravos". Tratou-se de uma "branda revolução", observará, dez anos mais tarde, Willy Brandt.

O historiador Kenneth Maxwell afirmava ter sido "uma revolução asseada"; mas, cauteloso, não deixou também de avisar que "as flores murcham depressa". Nas páginas do suíço Le Courrier escrevia-se que "o golpe de Estado que ontem se viveu em Portugal não tem igual nos anais da história". A Time, por seu turno, falou num golpe "quase sem derramamento de sangue" e a Newsweek num "cavalheiresco golpe de Estado em Portugal", sublinhando que "mal se disparou um tiro". Pese a diferença da forma, o que diziam estas prestigiadas publicações norte-americanas pouco diferia do que escreveu, por essa altura, uma criança portuguesa de 11 anos, Custódio Joaquim da Silva, numa redacção intitulada "Como eu vejo o 25 de Abril":

"O 25 de Abril tem cravos vermelhos nas espingardas.
Não ouvi tiros.
Toda a gente estava contente.
Eu não quero que se acabe o 25 de Abril."

Porém, como todos os lugares-comuns, a ideia de uma revolução sem sangue só parcialmente é verdadeira. Sem falar nas mortes ocorridas durante o chamado PREC, o dia 25 de Abril é marcado pelo desaparecimento de cinco pessoas. Um dos mortos tinha 17 anos de idade. Chamava-se Fernando Carvalho Giesteira, era natural de Montalegre, empregado de mesa da boîte Cova da Onça, e vivia na Pensão Flor, ao Areeiro. Outro era José James Harteley Barneto, de 38 anos, casado, pai de quatro filhos, natural de Vendas Novas, escriturário do Grémio Nacional dos Industriais de Confeitaria, morador na Avenida João Branco Núncio, n.º 7, 1.º andar, na Flamenga. Faleceram ainda João Guilherme Rego Arruda, de 20 anos, natural dos Açores, estudante do segundo ano de Filosofia, morador na Avenida Casal Ribeiro, n.º 21, 5.º andar, e Fernando Luís Barreiros dos Reis, de 23 anos, natural de Lisboa, casado, soldado da 1.ª Companhia Disciplinar, em Penamacor, que se encontrava de férias na capital e que seria o único militar a morrer durante a revolução. Na manhã seguinte, as televisões filmaram o sangue espalhado no chão e as marcas de balas nos automóveis e, dias mais tarde, exibiram imagens dos funerais das vítimas, a que compareceram muitos cidadãos anónimos.

Houve ainda um outro morto, esse menos falado: tratava-se de um elemento da DGS, o servente António Lage, de 32 anos, que não exercia funções policiais. Foi baleado às 21h25 quando saía da sede da corporação e, provavelmente aterrorizado pelos populares, tentou fugir a correr. O servente Lage, que se encontrava a ser revistado pelos militares e procurou escapar num momento de pânico, foi o único "pide" a morrer. Ocupava o escalão mais baixo na estrutura hierárquica da Direcção-Geral de Segurança. Diz-se que a multidão impediu que fosse retirado do local pelos bombeiros, aos gritos de "Os pides morrem na rua!".

Os jovens manifestantes foram mortos cerca das 20h10 do dia 25 de Abril por balas disparadas a partir da sede da Direcção-Geral de Segurança, na Rua António Maria Cardoso, n.º 20, cantada em versos de Zeca Afonso: "Na Rua António Maria / da primaz instituição / vive a maior confraria / desta válida nação." Aos microfones do Rádio Clube Português, Júlio Isidro noticia que se registaram "incidentes" na Rua António Maria Cardoso pelas 20h30, tendo sido feridas algumas pessoas. "Aguarda-se a todo o tempo a intervenção das Forças Armadas", comentou Isidro, aproveitando para acrescentar que "estes incidentes vêm mais uma vez confirmar a necessidade de a população civil cumprir o pedido formulado pelo Movimento das Forças Armadas".-Os jovens manifestantes foram mortos cerca das 20h10 do dia 25 de Abril por balas disparadas a partir da sede da Direcção-Geral de Segurança, na Rua António Maria Cardoso, n.º 20, cantada em versos de Zeca Afonso: "Na Rua António Maria / da primaz instituição / vive a maior confraria / desta válida nação." Aos microfones do Rádio Clube Português, Júlio Isidro noticia que se registaram "incidentes" na Rua António Maria Cardoso pelas 20h30, tendo sido feridas algumas pessoas. "Aguarda-se a todo o tempo a intervenção das Forças Armadas",

Corroborando o depoimento de Silva Pais à Comissão de Extinção da PIDE/DGS, em Maio de 1974, que também falara na ordem de disparar para o ar, Óscar Cardoso só não explica como é que os tiros da DGS, atirados para os céus de Lisboa, acabaram por matar dois civis que estavam na rua; não esconde, no entanto, que talvez "um ou outro agente, mais nervoso ou mais atemorizado com a situação, tenha atirado para baixo". O nervosismo desses agentes custaria a vida a quatro pessoas.

Às centenas, os populares iam acompanhando a queda do último bastião do regime, desrespeitando os repetidos apelos do Movimento das Forças Armadas para que permanecessem nas suas casas. Provavelmente, só um cidadão cumpriu as determinações do MFA e recolheu ao lar. Chamava-se Jorge Fernando Branco de Sampaio. Ao invés, Maria Filomena Mónica dirigiu-se de imediato ao local dos acontecimentos, na companhia de Vasco Pulido Valente. No Chiado encontrou rapazes envergando calças à boca de sino, com casacos de grandes abas, que abraçavam meninas de cabelos ao vento; uns e outros gritavam "Viva a liberdade". Junto à Paris em Lisboa, um soldado de arma em riste falava com um miúdo. Já perto de O Último Figurino, uma idosa, muito idosa, contemplava com espanto e surpresa um tanque estacionado na esquina da Rua Garrett. Ao princípio da tarde, Maria Filomena Mónica foi até à sede da PIDE mas, "ao contrário do que se passaria algumas horas depois, quando os polícias alvejaram a multidão, reinava a paz dos sepulcros". Recolheu então ao Gabinete de Investigações Sociais, onde foi informada pelo colega César Oliveira que a insurreição "era de esquerda". Antes de jantar, insistiu em passar por casa para, em homenagem aos capitães, calçar um par de botas.

Também Juvenal Esteves, famoso professor da Faculdade de Medicina que morava nas imediações do Chiado, foi no dia 25 ver as vistas da revolução. No Largo das Duas Igrejas deparou, estupefacto, com um casal de noivos e seus acompanhantes, à porta da Igreja da Encarnação, que se faziam fotografar a poucos metros de um blindado do Exército, como se nada fosse. Já em casa, ouviria as rajadas de tiros na António Maria Cardoso e, tempos depois, presenciou as actividades venatórias: "A "caça aos pides" durou alguns dias. Num princípio de anoitecer ao regressar a casa deparei com uma imensa multidão no Largo de Camões. Olhava fixamente para o telhado da Igreja do Loreto, profusamente iluminado por projectores. Constava que um pide se refugiara nos telhados. Encontrei um jovem colega a quem interroguei acerca da sua presença no momento. "Venho mostrar às minhas filhas o que será possivelmente um espectáculo único nas suas vidas!" Reobservei o panorama humano. Reinava intensa expectativa. Despedi-me pouco depois. Informaram-me posteriormente que, ao fim de longas horas de observação e pesquisa, a que a multidão assistiu firme, o pide não aparecera!"

Na manhã de 25, os clientes da Brasileira do Chiado estranharam a ausência de agentes da PIDE, habitualmente presentes no local em vigilância de oposicionistas. Cerca das 13 horas, vários manifestantes fizeram uma primeira e espontânea investida sobre a sede da DGS entoando o hino nacional e aos gritos de "Assa-ssi-nos! Assa-ssi-nos!", mas foram recebidos a tiros, que na altura provocaram cinco feridos. Na clandestinidade, Raimundo Narciso exorta a companheira, por telefone: "Assaltem a PIDE! Assaltem a PIDE! A PIDE é absolutamente essencial." Uma jovem comunista acerca-se do capitão Luz, que se mostrava preocupado com a existência de agentes da PIDE nos telhados, e declarou, decidida: "Somos quase duzentos, estamos armados e dispostos a ajudar-vos... disponha de nós." Luz pediu auxílio no controlo das coberturas dos edifícios, o que de imediato foi feito.

Por seu turno, os civis Pedro Coelho e João Barroso Soares avisaram Salgueiro Maia que era fundamental avançar sobre a António Maria Cardoso. Os relatos radiofónicos feitos na altura permitiam ouvir, entre tiros e a vozearia dos populares, gritos como "Há gajos da PIDE nos telhados!" O repórter que se encontrava no local confessaria, em dado momento, que tudo aparentava "um ar de opereta" e um militar do MFA, estacionado com as suas tropas no Largo da Misericórdia, teria o seguinte desabafo: "A nossa posição é um tanto ou quanto ridícula." Nos microfones da rádio, ouvem-se tiros e alguns civis dizem "a malta foi lá à PIDE", mas os agentes sitiados começaram por lançar um cão feroz sobre os assaltantes e acabaram a disparar sobre os bravos da António Maria Cardoso.

O temor da PIDE/DGS não era de todo injustificado. Sintomaticamente, já depois da rendição de Marcello Caetano, Spínola não assomou à janela do Quartel do Carmo, como reclamava a multidão, pois havia o receio de ser alvejado por um atirador furtivo da Direcção-Geral de Segurança. Não correra, às nove horas da manhã desse dia, o boato de que o general tinha sido preso? E não correria também o boato, de que a imprensa fez eco, de que no Chiado fora descoberta uma caixa armadilhada, ali deixada por agentes da DGS? Fora do domínio do boato e da ficção, um facto nem sempre referido: à saída do Quartel do Carmo, já depois da rendição de Caetano, o automóvel em que viajava Spínola foi apedrejado com violência e os estilhaços do vidro traseiro atingiram um dos passageiros, o tenente-coronel Dias de Lima, a crer no testemunho de outro dos passageiros dessa viatura, Carlos Alexandre de Morais, que atribuiu o incidente ao erro de alguns manifestantes, que julgaram que aí eram transportados, sob escolta, elementos da DGS.

Otelo Saraiva de Carvalho afirmou que a PIDE/DGS não era um alvo prioritário devido, em larga medida, ao facto de o MFA possuir poucas informações sobre ela. Num colóquio realizado por ocasião do 30.º aniversário do 25 de Abril confessou desconhecer sequer quais os meios de que a DGS dispunha: "Eu não sabia o que era a Legião, não sabia o que era a PIDE, a PSP ou a Guarda Nacional Republicana... O que valiam em termos de efectivos, de meios, de capacidade de intervenção, as forças que se oporiam às forças do Movimento." Os escassos elementos que Otelo possuía foram-lhe facultados pelo major Rosa Garoupa. Através de Silva Graça, recebeu ainda um tosco croquis do interior do Forte de Caxias desenhado por Jorge Sampaio, que lhe o fizera chegar "cheio de pânico e recomendações", na fase de preparação do golpe.

Além disso, a eliminação das missões às sedes da Legião Portuguesa, na Penha de França, e da PIDE/DGS, no Chiado, foi ditada, como relata Otelo, por imposição de Jaime Neves, que as considerava perigosas e só se dispunha a participar no golpe se tais acções não fossem incluídas na lista de prioridades. A explicação dada por Otelo Saraiva de Carvalho no seu livro Alvorada em Abril é, pois, substancialmente diferente da que apresentou logo a seguir ao 25 de Abril. Pura e simplesmente, o MFA não tinha os meios necessários para, além de derrubar o governo, atacar a António Maria Cardoso: "Não dispunha de forças capazes de se fraccionarem para o cumprimento da missão de Caxias, pelo que assumi o risco de não lançar o ataque quer ao Forte quer à sede da DGS na Rua António Maria Cardoso (...), pensando que, com a prisão dos elementos responsáveis do governo e do Presidente da República, à polícia política não restaria outro recurso senão a rendição total às forças do Movimento, não correndo os riscos desnecessários de uma eliminação física dos presos políticos. Ai deles se tal acontecesse!" Este erro de cálculo do estratega do 25 de Abril custaria a vida a quatro pessoas.

* António Araújo, jurista e historiador, é autor de Matar o Salazar, o Atentado de 1937, Consciência de Situação ou Da Direita à Esquerda, e colabora regularmente no Diário de Notícias. Escreve de acordo com a antiga ortografia.

Livro: Morte à PIDE! A Queda da Polícia Política do Estado Novo
António Araújo
Tinta da China, 208 páginas
15,21 euros

Diário de Notícias | António Araújo, 30 Junho 2019

7 programas a não perder no Especial 25 de Abril, na RTP

Nos 47 anos do 25 de Abril, a RTP dedica uma programação especial à Revolução dos Cravos, com filmes, concertos e documentários. Eis 7 programas a não perder neste sábado e domingo, dias 24 e 25

1. Concerto Cantando Abril, com Agir, RTP1

O concerto Cantando Abril de Agir, gravado no Capitólio, em Lisboa, abre a programação dedicada ao 25 de Abril, na RTP1. No palco, o músico fez-se acompanhar por Ana Bacalhau, Carolina Milhanas e Gaspar Varela, na guitarra portuguesa. Num alinhamento com canções originalmente gravadas entre 1968 e 1983, o principal homenageado é Zeca Afonso, havendo também lugar para novas interpretações de clássicos de Sérgio Godinho, Fausto, Manuel Freire e Paulo de Carvalho. Já no domingo, 25, às 19h, também na RTP1, passa o concerto de Sérgio Godinho ao vivo no Palácio de S. Bento, no qual o músico revisita alguns dos seus grandes temas, acompanhado ao piano por Filipe Raposo. RTP1 > 24 abr, sáb 22h30

2. Minissérie Mulheres na Resistência, de Edgar Feldman e Paulo Guerra, RTP2

Já se estreou a minissérie Mulheres na Resistência, de Edgar Feldman e Paulo Guerra, mas vale a pena (re)ver o relato da vida e luta de Stella Piteira Santos, contado pela própria. São vários os episódios de combate ao fascismo, desde a sua participação no golpe de Beja que a levaram à prisão, onde foi torturada, e depois ao exílio. Sempre interventiva e com preocupações políticas e sociais, Stella é a primeira mulher a contar o seu papel no movimento de resistência contra a ditadura, nesta minissérie de quatro episódios. Seguem-se os depoimentos na primeira pessoa de Aida Magro, Eugénia Varela Gomes e Glória Marreira. RTP2 > 22-23 abr, qui-sex, 26-27 abr, seg-ter 20h30

Portugal | Sem alarmismo, acionar alertas

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

As pessoas, de todas as gerações, vivem um dia a dia carregado de apreensões e medos que geram nos seus comportamentos amolecimento e acomodações. Estamos encurralados entre os perigos reais provocados pela pandemia, o alarmismo causado por notícias especulativas e até empolamento de riscos, e uma catadupa de informação cheia de contradições (com ou sem justificação) produzida por Governo, presidente da República, alguns políticos e especialistas.

Perante esta encruzilhada, evoquemos o 25 de Abril e a dinâmica transformadora que gerou, para nos interrogarmos. Como salvaguardar a democracia e os direitos e deveres individuais e coletivos consagrados na Constituição da República? As sucessivas renovações do estado de emergência têm considerado os problemas concretos que as pessoas estão a viver, ou têm-se estreitado no objetivo de "equilibrar economia e saúde", considerando esta apenas em algumas das suas expressões? Vamos deixar que as emergências e exceções se consolidem como futura normalidade?

Centenas de milhares de crianças e jovens estão há mais de um ano impedidos de fazer desporto e atividades culturais e os clubes e associações que os acolhiam vão deparar-se com enormes dificuldades para retomar a vida normal. A desabituação poderá levar parte desses jovens a não voltarem às atividades. Por outro lado, o confinamento induziu-lhes receios sobre práticas de socialização que os vão marcar. Isto é um drama face à importância do desporto, da atividade física e das relações sociais na preparação de uma sociedade saudável.

Portugal | Menos 42 internados num dia com mais de 600 recuperados da covid

Portugal registou nas últimas 24 horas mais duas vítimas mortais e 567 novos casos de covid-19. O boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) regista menos 42 doentes internados nos hospitais portugueses. Mais 626 pessoas recuperaram da doença.

Depois de, no passado sábado, 17 de abril, ter reportado ​​​​​​​649 casos de infeção por SARS-CoV-2, o país regista hoje 567 infetados. O número de vítimas mortais associadas à doença (duas) também caiu em relação ao passado sábado, altura em que foram contabilizadas cinco mortes.

Face ao boletim de ontem, que registou 506 novos casos e um óbito, verificou-se uma ligeira subida: mais 61 infetados e mais uma morte.

Desde o início da pandemia morreram 16.959 pessoas, 833.964 contraíram a doença e 792.377 recuperaram, 626 delas nas últimas 24 horas.

O boletim da DGS indica ainda que existem, neste momento, 24.628 casos ativos em território nacional, menos 61 do que ontem.

LVT com mais casos positivos. Uma morte no Norte e outra na região de Lisboa

Dos casos positivos, 220 são em Lisboa e Vale do Tejo, 215 no Norte, 59 no Centro, nove no Alentejo, 25 no Algarve, 25 na Madeira e 14 nos Açores.

As mortes foram registadas no Norte e na região de Lisboa, correspondendo a um homem e uma mulher na faixa etária dos 80 anos.

Pelo quinto dia consecutivo, o número de internamentos baixou para um total de 342 (menos 42 do que ontem).

Em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) permanecem os mesmos 98 pacientes, valor igual ao reportado a 28 de setembro.

Rita Neves Costa e Mariana Albuquerque | Jornal de Notícias

ULTIMATO DIPLOMÁTICO RUSSO AO “HEGEMON”

A FEDERAÇÃO RUSSA ASSUME-SE SEM FRONTEIRAS

Martinho Júnior, Luanda 

A emergência multipolar começou a responder com outra ênfase à desesperada tentativa do “hegemon” de considerar o resto do mundo um disponível “far west” na trilha de suas endógenas pretensões históricas e antropológicas, que advêm aliás das práticas nos tempos do genocídio das comunidades autóctones da América quando ocorreu a colonização-ocupação anglo-saxónica no continente!

Sobretudo as administrações democratas tentam ampliar a sua “inteligente” arrogância contra a Rússia e contra a China que, respondendo com seu poderio crescente e em muitos aspectos já inultrapassável, levarão decerto o “hegemon” a procurar tornar-se omnipresente nas ultraperiferias globais, colocando África como alvo maior de suas genéticas intenções de domínio, por que África jaz como um capim exposto aos ventos e às intempéries, um capim a pisar na savana da luta entre os elefantes!

01- Sem abandonar a sua postura diplomática, a Federação Russa acaba de apresentar um velado ultimato ao “hegemon” perante a gota de água que fez transbordar o copo da paciência e da sua modéstia tradicional: a tentativa de golpe de estado na Bielorrússia, que incluía o assassinato do Presidente Alexander Lukashenko e sua família.

O empertigamento russo foi tónico no discurso de Presidente Vladimir Putin em relação às provocações avulsas que têm infestado o relacionamento internacional contra a Federação, uma parte delas servindo como diversão procurando encobrir as iniciativas de inteligência que o hegemon”, sob a doutrina Biden, começou a produzir com profusão, reaproveitando em muitos casos as “heranças” do passado recente (desde o dealbar do século XXI), na esteira aliás da famigerada doutrina Rumsfeld/Cebrowski “promovendo” uma “guerra sem fim”!

Já antes a Rússia havia começado a emitir notícias sobre os seus acentuados avanços tecnológicos, e as capacidades militares de suas formidáveis Forças Armadas, que jamais fizeram eclipsar sua história e as suas tradições, notícias essas que começaram a complementar as diplomáticas razões russas em relação ao que estava a ser mobilizado contra si e seus interesses e conexões internacionais.

A diplomacia russa de forma inteligente fundia nas suas mensagens as ideias-força que lhe são implícitas, mas a relativa modéstia dos propósitos apassivantes que privilegiam as potencialidades de relacionamento com os outros, ao ser entendida como fraqueza, ou como “brecha” a aproveitar, faz a ousadia ganhar asas de renascida Fénix, a que agora, no momento escolhido, há que pôr cobro!

Se poucos fizeram a leitura adequada desses avisos, então esse confirmado alheamento levou ao empertigamento russo, inerente ao discurso do Presidente Vladimir Putin, subindo a fasquia da tonalidade do discurso, ainda que não abandonando a trilha diplomática e de necessário quão útil apaziguamento!

A Rússia no entanto não estava a dormir e, perante a relativa acalmia dos sinais internacionalmente sonoros da artificiosa oposição bielorrussa, fez a leitura adequada, escolhendo agir no momento exacto do climax diplomático contemporâneo (praticamente na véspera do discurso do Presidente Puntin, a 21 de Abril de 2021).

O que explica o último descalonamento no Donbass?

# Publicado em português do Brasil

AndrewKorybko * | OneWorld

A mais recente desaceleração em Donbass pode ser atribuída à determinação da Rússia em se recusar a cair na armadilha da Guerra Híbrida dos EUA de lançar uma intervenção militar total em apoio aos seus interesses legais enquanto, no entanto, flexiona seus músculos a esse respeito, enviando o sinal que se reserva o direito de desferir um ataque esmagador em defesa de sua fronteira e / ou cidadãos se eles estiverem seriamente ameaçados.

O mês de abril foi marcado por séria tensão na região de Donbass, no leste da Ucrânia, depois que Kiev parecia estar se preparando para um avanço genocida semelhante à Operação Tempestade contra os separatistas amigos da Rússia, que muitos previram que poderia desencadear uma grande resposta militar de Moscou. Claro, a Mainstream Media mostrou as vítimas e vilões para retratar erroneamente a Rússia como o agressor, embora tenha sido a Ucrânia que se recusou a implementar suas obrigações legais conforme acordado durante o processo de paz de Minsk e, assim, piorou a situação unilateralmente. Publiquei duas análises na época explicando a complicada dinâmica desses eventos tensos, que devem ser revisados ​​por leitores interessados ​​caso eles ainda não estejam familiarizados com eles:

* 6 de abril: “ As vacinas são a verdadeira força motriz por trás da última desestabilização do Donbass? 

* 8 de abril: “ Por que a Ucrânia quer guerra? 

Basicamente, Kiev estava sendo submetida a isso por seu patrono de Washington, que queria provocar um cenário que tornaria politicamente impossível para a maioria das nações da UE comprar o Sputnik V da Rússia, como supostamente planejavam fazer até aquele momento. Os EUA temiam o impacto estratégico de longo prazo da melhoria das relações entre a Rússia e a UE como resultado de sua futura cooperação epidemiológica. Esperava "atrair o urso" para lançar uma intervenção militar total em apoio à sua fronteira e / ou cidadãos , o que poderia, por sua vez, funcionar como uma guerra híbrida armadilha para criar um atoleiro semelhante ao afegão no pior cenário. A Rússia se recusou a cair nesse esquema, mas mesmo assim flexionou seus músculos enviando o sinal de que ainda se reserva o direito de desferir um golpe esmagador em defesa de seus interesses legais se eles forem ameaçados, o que fez o Ocidente recuar.

EUA | Por que o Império de Caos está paralisado?

# Publicado em português do Brasil

Pepe Escobar [*]

Apertem os cintos.

O que você está prestes a ler é parte de um relatório interno de uma das minhas principais fontes de negócios/inteligência em Beltway na última década e meia. Os leitores que o receberam incluem Jamie Dimon de JP Morgan, Evelyn de Rothschild e esposa Lynn, Larry Fink de Blackrock, Michael Bloomberg – que nunca me contrataria como colunista de Bloomberg… – Stephen Schwartzman de Blackstone, Jeff Bezos de Amazon e outros Mestres do Universo variados. Recebi uma cópia com todos os seus endereços – que por razões óbvias não posso divulgar.

Esta é uma bomba PRINCIPAL – no sentido de que os Mestres financeiros do Universo estão agora totalmente cientes de informações confidenciais não compartilhadas com jogadores não militares. A questão é o que eles farão a respeito.

A seção do relatório que reproduzirei começa AQUI :

"Enquanto Roma arde, que uso como uma metáfora estendida sobre as centenas de cidades americanas que queimaram no verão passado, e os Estados Unidos enfrentam desintegração interna, o Pentágono admite que os Estados Unidos não podem enfrentar uma guerra em duas frentes.

Os EUA não podem enfrentar uma guerra de uma só frente na Europa e seriam derrotados em cinco a dez minutos. Não é amplamente conhecido que o principal meio que os EUA escolheram convencionalmente para defender a Europa foi seu poder aéreo superior, que supera os russos em armas. No entanto, o que também não é amplamente conhecido é que os EUA serão derrotados na Europa pelos russos em cinco a dez minutos por mísseis hipersônicos russos, destruindo todos os aeródromos comerciais da OTAN e europeus, incluindo os da Inglaterra, enquanto envia alegremente seus navios de guerra para a Península de Kerch.

Covid-19: EUA com 962 mortos e 71.095 casos nas últimas 24 horas

Os Estados Unidos registaram 962 mortos e 71.095 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.

Desde o início da pandemia, o país acumulou 571.109 óbitos e 31.986.375 casos da doença.

Os EUA são o país com mais mortes e também com mais casos.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estimou que o país registe no total mais de 600 mil mortos devido à covid-19.

O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington, em cujos modelos de projeção da evolução da pandemia a Casa Branca se baseia com frequência, previu cerca de 610 mil mortes até 01 de julho.

ANA GOMES, A AMIGA DA ONÇA DE XANANA GUSMÃO

M. Azancot de Menezes* | Tornado | opinião 

Ao ler os comentários (emocionais) da ex-deputada Ana Gomes em relação ao líder histórico da Resistência Timorense, publicados há alguns dias em vários órgãos de comunicação social, fiquei perplexo e escandalizado pela significativa falta de discernimento e de desconhecimento que esta dirigente do Partido Socialista português tem sobre a realidade actual timorense.

O observador menos atento, é minha convicção, após ter lido os comentários da Senhora, percebe de imediato que houve um objectivo premeditado em tentar colocar a figura mítica de Timor-Leste numa situação constrangedora e humilhante, como fazem os “Amigos da Onça”, quiçá, ao serviço de terceiros interesses.

Em termos de significação de conceitos e para me posicionar sem equívocos, considero que a expressão “amigo da onça” foi criada há muitos anos e tem como significado “figura malandra, debochada e irónica que gosta de levar a melhor sobre os outros”.

As expressões utilizadas pela Senhora Ana Gomes ao referir-se ao ex-Comandante das “Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste” (FALINTIL), Kay Rala Xanana Gusmão, referidas em órgãos de comunicação social, tais como:

“ar maltrapilho e perturbado”;

“até por temperamento, ele era dado a algumas atitudes coléricas”;

“foi de boca aberta que se viu o antigo Presidente a dormir ao relento”;

“parece estar desequilibrado”;

“admito que seja por questões do foro neurológico”;

que o estado do Katuas Xanana “pode ser resultado da velhice ou frustração por perder o poder”;

entre outras,

São a principal razão de ser da minha indignação pelo requinte utilizado por Ana Gomes em tentar ridicularizar uma figura histórica de Timor-Leste, amada pelo povo maubere, mas, igualmente muito grave, por ausência de qualquer fundamentação de carácter político, científico ou social.

Relacionado em Página GlobalXanana Gusmão filmado a esbofetear pessoas na rua || VER VÍDEO EM TWITTER 

Recordar alguns desequilíbrios de Ana Gomes

Como todos sabemos a ex-candidata presidencial, formada em direito, chefiou a missão diplomática portuguesa na Indonésia durante a luta de libertação, reconheço, com alguns aspectos positivos. Contudo, o temperamento desta senhora que conheci há mais de 30 anos na residência do Embaixador Fernando Reino, em Sintra, onde também estava a Senhora Carla Grijó, entre outros (não refiro os nomes por razões de ordem estratégica pessoal e partidária), é extremamente autoritário e muito emocional, agindo com frequência sem racionalidade, quase sempre sem fundamentação, apenas por impulso, amiúde de forma espalhafatosa.

Apenas com dois exemplos ilustrativos, demonstro o grau de ostentação, vaidade e arrogância desta dirigente do Partido Socialista português.

Quem não se recorda, em 2020, desta mesma Ana Gomes, após ter visitado Cabo Verde, ter feito uma série de denúncias contra o antigo Embaixador da União Europeia (UE) em Cabo Verde, apenas porque este se decidiu reformar e com as suas economias ficar a viver neste país africano da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ao ponto de ter sido aberto um inquérito pela União Europeia?

No processo, em que a grande iluminada Ana Gomes foi a denunciante, o então Embaixador da UE, José Manuel Pinto Teixeira, agora Embaixador da Ordem de Malta em Cabo Verde, foi totalmente ilibado e o mesmo foi arquivado.

Ora, num processo iniciado por Ana Gomes junto da União Europeia, posteriormente arquivado (!) em que José Manuel Teixeira recebeu apoio solidário de todos os partidos e posições, pergunto eu, quem é que parece ser “desequilibrado”?

Um outro caso igualmente escandaloso passou-se no âmbito das eleições na Etiópia, em que Ana Gomes foi uma das observadoras. Os resultados ainda não tinham sido divulgados mas devido ao seu carácter “dispara primeiro”, sob a habitual emoção desmedida, produziu declarações não validadas, tendo provocado um incidente gravíssimo que provocou instabilidade no país e mereceu a crítica de vários países africanos. Pergunto eu, quem é que parece ser “desequilibrado”?

O desconhecimento da situação política e social de Timor-Leste

As “análises” superficiais e abusivas de Ana Gomes não passam de comentários parciais e subjectivos e denotam o total desconhecimento da mesma em relação ao desenvolvimento político-partidário e social em Timor-Leste.

A dirigente do PS português, para espanto meu, ainda não percebeu qual é a actual disparidade entre as cidades e os campos em Timor-Leste, aliada à desigualdade social que cresce de dia para dia, e muito menos qual é o grau de envolvimento de Kay Rala Xanana Gusmão neste processo da actual luta de libertação.

Será que Ana Gomes compreende que a paralisação do sector agrícola de Timor-Leste é de tal forma gritante que a produção nacional nem consegue competir nos mercados “tradicionais”? E a total destruição dos combatentes da Pátria e dos bens que o país produziu à custa do seu suor e sangue? Tem noção de qual é o ponto de situação? Os diplomados que são produzidos nas universidades timorenses são absorvidos pelo mercado e pela sociedade? Será que Ana Gomes se apercebe da pobreza quantitativa e qualitativa que assola os sectores mais marginalizados da sociedade? Será que a preocupa sentir que as crises sociais podem passar a ser ininterruptas?

Perante a grave situação social, económica e política que atravessa Timor-Leste, Ana Gomes está preocupada porque Kay Rala Xanana Gusmão tem um “ar maltrapilho”? O que é ser “maltrapilho”? Vestir T-shirt e calças? Mahatma Ghandi, especialista em ética política, pelas suas vestes, também era “maltrapilho”?  Está preocupada com a “velhice” de Kay Rala Xanana Gusmão, com 74 anos de idade, enquanto o Presidente do seu país tem 81 anos?

Afinal, quem “parece desiquilibrado”? Quem é a senhora, enquanto jurista, para produzir juízos de valor em relação ao estado de saúde do líder histórico da resistência timorense ao ponto de admitir que “haja questões de foro neurológico e que as mesmas se tenham agravado”?! Por acaso a Senhora é psicóloga clínica ou médica psiquiátrica? Elaborou algum exame médico à distância?

Senhora Ana Gomes, (grande) amiga da onça, não estrague a boa imagem de Portugal em Timor-Leste, penitencie-se, e ponha-se no seu lugar!

M. Azancot de Meneses -- PhD em Educação / Universidade de Lisboa

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Timor-Leste com 69 novos casos de infeção por SARS-CoV-2

Mais 69 casos de infeção por SARS-CoV-2 foram registados nas últimas 24 horas em Timor-Leste, que totaliza 1.808 casos e três mortos desde o início da pandemia, segundo os dados oficiais hoje divulgados.

O mais recente balanço do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) indica que as novas infeções foram registadas em Díli (64) e nos municípios de Baucau (2) e Lautem (3).

Nas últimas 24 horas não foram registados mortos por infeção pelo novo coronavírus, mantendo-se em três o número de mortos em Timor-Leste desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.073.969 mortos no mundo, resultantes de mais de 144,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

Encontrados objetos de submarino indonésio que indicam que afundou

A Marinha da Indonésia informou hoje que foram encontrados objetos do submarino que desapareceu esta semana ao largo de Bali, com 53 tripulantes a bordo, que indicam que afundou.

Segundo noticia a Associated Press (AP), o chefe da Marinha indonésia, Yudo Margono, disse hoje que as equipas de resgate encontraram vários objetos do submarino, incluindo peças de um alisador de torpedo, uma garrafa de graxa usada para olear o periscópio e tapetes de oração.

"Com as evidências que descobrimos serem do submarino, passamos agora da fase de submersão para afundado", afirmou Margono.

A Marinha declarou, assim, o submarino oficialmente afundado, sem esperança de encontrar sobreviventes.

Covid-19: China com 9 casos em 24 horas, todos importados

A China detetou 9 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, todos importados, anunciaram hoje as autoridades de saúde.

A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 305, quatro deles em estado grave.

Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 90.575 casos e 4.636 mortos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.073.969 mortos no mundo, resultantes de mais de 144,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Em Portugal, morreram 16.956 pessoas dos 832.891 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Reuters

Leia em Notícias ao Minuto: China vai apoiar segurança alimentar na Guiné com milhões dedólares

Índia bate novo recorde diário de mortes

A Índia bateu hoje um novo recorde diário de mortes atribuídas à covid-19, enquanto o Governo se esforça para tentar fornecer oxigénio aos hospitais, sobrecarregados por centenas de milhares de novos casos.

As filas de doentes com a covid-19 e os seus familiares preocupados estendem-se em frente aos hospitais das principais cidades do país, onde quase um milhão de novos casos foram identificados nos últimos três dias.

Nas últimas 24 horas foram registadas 2.624 mortes associadas à doença, um novo recorde que eleva o total de óbitos registados oficialmente desde o início da pandemia para cerca de 190 mil, neste país de 1,3 mil milhões de habitantes.

Mais de 340 mil novos casos também foram identificados nas últimas 24 horas, elevando o total de portadores do coronavírus para 16,5 milhões no país, colocando-o em segundo lugar atrás dos Estados Unidos, o país mais afetado do planeta.

Covid-19: África com mais 65 mortes e 2.612 novas infeções nas últimas 24 horas

África registou mais 65 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas e 2.612 novas infeções, segundo os dados oficiais hoje disponíveis, que não foram atualizados relativamente aos países com maior incidência da doença.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 4.478.733 e o de óbitos subiu para um total de 119.354 desde o início da pandemia.

Recuperaram da doença nas últimas 24 horas 2.188 pessoas, para um total de 4.019.022 desde o início da pandemia.

A África Austral continua a ser região mais afetada, registando 1.951.567 infetados e 61.617 mortos associados ao contágio com a doença.

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